Questões de Concurso Público MPE-MG 2023 para Analista do Ministério Público - Fisioterapia

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Q2080056 Fisioterapia
A amputação de membros inferiores é um evento que muda a vida, desde a locomoção básica até aspectos sociais e psicológicos. Aproximadamente, 40-80% das amputações de membros inferiores se deve a vasculopatia e diabetes. No entanto, em indivíduos mais jovens, a perda de membros inferiores ocorre principalmente devido a eventos traumáticos, como trânsito ou ferimentos por arma de fogo. Apesar das limitações impostas ao paciente, a amputação transtibial (TT), pelo menos quando realizada no terço distal da perna, permite ao paciente ter um estilo de vida fisicamente ativo após adaptação protética adequada e reabilitação. Sobre como a amputação transtibial (TT) afeta a distribuição do peso corporal, o senso voluntário de posição da articulação do joelho (JPS) e a força do quadríceps (QUA) e isquiotibiais (HAM) em pacientes com próteses, analise as afirmativas a seguir.
I. O peso corporal é suportado pelo membro não amputado (NAMP) na posição ortostática, não apenas em repouso mas também durante a marcha, aumentando a carga mecânica em suas articulações. Nos estágios iniciais da reabilitação, o membro NAMP suporta até 60% do peso corporal. Essa distribuição de peso assimétrica também produz alterações de equilíbrio, que aumentam o risco de queda, enquanto a maior demanda mecânica imposta ao membro saudável é sugerida como o principal fator para o desenvolvimento de osteoartrite e os sintomas de uso excessivo observados em pacientes com TT.
II. A amputação do membro foi previamente associada à atrofia muscular da coxa e permeação de gordura no coto em comparação com o membro sadio e indivíduos fisicamente aptos, cinemática da articulação do joelho modificada durante a marcha e subida de escadas e um músculo aumentado ativação voluntária do bíceps femoral – medida como o sinal de eletromiografia de superfície integrado – durante a marcha.
III. Uma melhor compreensão das alterações neuromusculares devido ao TT traumático é fundamental para o desenvolvimento de intervenções clínicas abrangentes e significativas. Embora as mudanças na distribuição do peso corporal após o TT estejam bem documentadas, a propriocepção consciente envolve cinesia, senso de força e senso de posição articular (JPS).
IV. Espera-se que o TT resulte na perda de populações inteiras de mecanorreceptores durante o evento traumático e a cirurgia. Teoricamente, apenas uma diminuição no número de mecanorreceptores é suficiente para o comprometimento da propriocepção. Além disso, os mecanorreceptores da cápsula articular são considerados as principais estruturas responsáveis por medir o movimento articular, e a contração muscular voluntária permite a avaliação de informações sensoriais provenientes dos fusos musculares e órgãos tendinosos de Golgi. Sugere-se que a falta de deficits de propriocepção pode ser explicada pela ausência das estruturas articulares do joelho (ou seja, cápsula articular, ligamentos e tendões) e pelas ações musculares voluntárias usadas durante o teste JPS.
V. Vários estudos têm investigado a força muscular de pacientes com TT. Além das diferenças metodológicas – avaliação isocinética vs. isométrica, diferentes velocidades e aparelhos – em geral, os estudos sugerem uma força reduzida tanto dos extensores quanto dos flexores do joelho em comparação com o membro hígido. Este é um achado clinicamente relevante, uma vez que a fraqueza muscular da coxa pode levar a um desempenho ruim durante a postura em pé e na marcha, comprometendo a execução de tarefas funcionais diárias.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2080057 Fisioterapia
Em 2010, o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) publicou uma definição de sarcopenia que visa promover avanços na identificação e cuidado de pessoas com sarcopenia. No início de 2018, o grupo de trabalho se reuniu novamente (EWGSOP2) para atualizar a definição original, a fim de refletir as evidências científicas e clínicas construídas ao longo da última década. Entre as principais atualizações estão:
Alternativas
Q2080058 Fisioterapia
A fragilidade é um exemplo de resultado adverso geriátrico grave, pois aumenta substancialmente após a idade de 75- 80 anos, identifica um subgrupo com baixa resistência e alto risco de dependência, quedas e mortalidade. Esta condição tem sido reconhecida como uma síndrome geriátrica, por apresentar sintomas complexos, possuir alta prevalência em idosos, ser resultante de várias doenças e múltiplos fatores de risco, representando, portanto, uma prioridade para a saúde pública. Os aspectos funcionais afetados pela condição de fragilidade são aqueles dependentes de energia e velocidade de desempenho, acometendo tarefas que demandam mobilidade. A partir dessa perspectiva, um dos marcadores do fenótipo de fragilidade é a velocidade da marcha (VM). A redução da VM é o principal indicador de fragilidade física em idosos. Ao analisar as alternativas propostas, uma está em DESACORDO com as informações vigentes e atuais acerca sobre essa importante análise, que fundamenta adoção de práticas clínicas com base científica e que proporciona resultado a essa população; assinale-a.
Alternativas
Q2080059 Fisioterapia
É consensual a definição de que um bom sono é essencial para a boa saúde. Ainda assim, foram poucas as tentativas de se definir exatamente o que constitui a saúde do sono. A saúde do sono é definida como “um padrão multidimensional de ciclo sono-vigília, adaptado às demandas individuais, sociais e ambientais, que promove o bem-estar físico e mental”. Isso se dá de acordo com a definição de saúde em geral produzida pela OMS, que se baseia em outros atributos positivos, e não simplesmente na ausência de doença. A saúde do sono tem relação com fatores individuais, sociais e contextuais. Crescentes evidências demonstram a associação dos distúrbios de sono a outras comorbidades e indicam o papel crucial da privação e/ou disfunção de sono no desenvolvimento de doenças.
Alternativas
Q2080065 Fisioterapia
Comumente, o medo do movimento é chamado de cinesiofobia, sendo um dos mais importantes fatores psicossociais que contribuem para a incapacidade funcional e o prognóstico desfavorável da evolução clínica de pacientes com queixa de dor musculoesquelética crônica. A cinesiofobia ganhou popularidade entre os profissionais de saúde que avaliam e utilizam o movimento do corpo como forma de tratamento para a dor. A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável para a maioria das pessoas. Sentir dor depende de lesão real ou potencial ou da forma como uma pessoa descreve a sua dor (por exemplo, como sinônimo de lesão). Muitas vezes aversiva, a experiência dolorosa tem componentes físicos, emocionais, cognitivos, comportamentais e sociais envolvidos. Dessa forma, quando uma pessoa tem medo de sentir dor ou de se machucar, passa a evitar atividades específicas ou do seu cotidiano. A sensação de estar vulnerável à dor e/ou à lesão contribui, de forma significativa, para limitações na funcionalidade geral de um indivíduo (por exemplo, atividade física, alimentação, sono, higiene pessoal), provocando os efeitos deletérios do imobilismo e da inatividade física. Se um paciente aprende a ter medo de se movimentar, deve-se, então, reinserir o movimento ou a atividade com segurança, de forma viável e educativa, para que ele possa aprender e entender que mover seu corpo é algo natural e importante para a sua saúde. Sobre a definição dos termos empregados em estudos da cinesiofobia, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Medo. 2. Ansiedade. 3. Fobia. 4. Catastrofização. 5. Evitação. 6. Condicionamento clássico. 7. Estímulo não condicionado.
( ) Medo exagerado, excessivo e persistente, irracional, desproporcional e incontrolável.
( ) Aprendizado associativo quando um estímulo (não condicionado) se torna capaz de provocar as respostas que antes eram de um outro estímulo (condicionado).
( ) Estímulo que incondicionalmente provoca respostas fisiológicas, naturais e automáticas.
( ) Emoção, geralmente desagradável, que surge em resposta a algo ameaçador.
( ) Traço de personalidade que envolve o pessimismo sobre os acontecimentos passados e futuros, sempre com resultados negativos.
( ) Emoção que antecede momentos de perigo real ou potencial, com múltiplos sintomas, sem o conhecimento da fonte da ameaça.
( ) Comportamento de esquiva para não se expor a atividades e/ou situações ameaçadoras.
A sequência está correta em
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: B
4: A
5: D