Questões de Concurso Público TJM-MG 2021 para Oficial Judiciário - Assistente Técnico de Sistemas
Foram encontradas 8 questões
Ano: 2021
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJM-MG
Provas:
Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Oficial Judiciário - Oficial de Justiça
|
Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Oficial Judiciário - Assistente Técnico de Sistemas |
Q1859561
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
As camadas
Quando você nasceu, havia um nome e um sobrenome
esperando-o. O que eram? Uma decisão aleatória que fala
muito dos desejos e projeções dos pais sobre cada um de nós.
Nosso nome nos antecede e não aguardou nenhum traço de
personalidade para ser colocado. Por mais fraco que seja, o
menino Gabriel recebe o indicativo de que é “o homem forte
de Deus” pela raiz hebraica. Por mais limitada que seja no
futuro, a menina assinará Sofia, o nome que aponta sua densa
sabedoria. Nem toda Letícia é feliz. Conheci um Adamastor que
pouca similitude guardava com o gigante de Camões. Eu sou
Leandro, homem-leão, como se nota pela juba vistosa. O nome
é, como todo signo, arbitrário. Primeira camada sobre nós.
A segunda camada constará nos documentos: brasileiro
nato. O que é ser brasileiro? Fronteiras traçadas ao longo da
história com linhas imaginárias, respeitando ou não o terreno
que as recebe. Uma entidade nacional que, supostamente, será
sua pátria, sua identidade, sua marca quase sempre permanente. “Meu coração é brasileiro” eu já o declarei; todavia, um
exame do meu cadáver pouco revelará ao anatomista quaisquer
distinções dos meus ventrículos em relação a um vizinho argentino ou a um longínquo japonês. As metáforas são bonitas, poéticas até: meu coração é apátrida, biologicamente. Pátria é uma
convenção celebrada diariamente, já foi dito. Sem dúvida, é a
segunda camada que nos foi dada, quase sempre, ao ver a luz
do mundo.
(Leandro Karnal. O Estado de São Paulo. Acesso em: 01/09/2021. Fragmento.)
Em relação ao texto, analise as afirmativas a seguir.
I. A estrutura do texto é apenas descritiva, tendo em vista que o autor apresenta um conceito e se limita a defini-lo.
II. Como recurso de produção textual, o autor explicita dois questionamentos que guiam o encadeamento lógico das ideias apresentadas por ele.
III. Nos dois parágrafos, são utilizados exemplos para fundamentar o raciocínio desenvolvido e provar o que está sendo dito no texto.
Está correto o que se afirma apenas em
I. A estrutura do texto é apenas descritiva, tendo em vista que o autor apresenta um conceito e se limita a defini-lo.
II. Como recurso de produção textual, o autor explicita dois questionamentos que guiam o encadeamento lógico das ideias apresentadas por ele.
III. Nos dois parágrafos, são utilizados exemplos para fundamentar o raciocínio desenvolvido e provar o que está sendo dito no texto.
Está correto o que se afirma apenas em
Ano: 2021
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJM-MG
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Q1859564
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
As camadas
Quando você nasceu, havia um nome e um sobrenome
esperando-o. O que eram? Uma decisão aleatória que fala
muito dos desejos e projeções dos pais sobre cada um de nós.
Nosso nome nos antecede e não aguardou nenhum traço de
personalidade para ser colocado. Por mais fraco que seja, o
menino Gabriel recebe o indicativo de que é “o homem forte
de Deus” pela raiz hebraica. Por mais limitada que seja no
futuro, a menina assinará Sofia, o nome que aponta sua densa
sabedoria. Nem toda Letícia é feliz. Conheci um Adamastor que
pouca similitude guardava com o gigante de Camões. Eu sou
Leandro, homem-leão, como se nota pela juba vistosa. O nome
é, como todo signo, arbitrário. Primeira camada sobre nós.
A segunda camada constará nos documentos: brasileiro
nato. O que é ser brasileiro? Fronteiras traçadas ao longo da
história com linhas imaginárias, respeitando ou não o terreno
que as recebe. Uma entidade nacional que, supostamente, será
sua pátria, sua identidade, sua marca quase sempre permanente. “Meu coração é brasileiro” eu já o declarei; todavia, um
exame do meu cadáver pouco revelará ao anatomista quaisquer
distinções dos meus ventrículos em relação a um vizinho argentino ou a um longínquo japonês. As metáforas são bonitas, poéticas até: meu coração é apátrida, biologicamente. Pátria é uma
convenção celebrada diariamente, já foi dito. Sem dúvida, é a
segunda camada que nos foi dada, quase sempre, ao ver a luz
do mundo.
(Leandro Karnal. O Estado de São Paulo. Acesso em: 01/09/2021. Fragmento.)
O referente, indicado entre parênteses para o pronome destacado, está INCORRETO em:
Ano: 2021
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJM-MG
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Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Oficial Judiciário - Assistente Técnico de Sistemas |
Q1859567
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
Desculpe, morri
Atendo ao telefone e:
“Boa noite, é Marcelo?”
“Quem é?”
“É você?”
“Quem está falando?”
“Poxa, que bom, eu precisava tanto falar com você, não
imagina o trabalho que deu pra descolar o seu...”
“Quer falar com quem?”
“Com você mesmo, Cariri.”
“Cariri?”
“Não era o seu apelido em Santos?”
“Como você sabe?”
“Pesquisei. Apelido louco. Por que te deram esse
apelido?”
“Olha, o que você quer?”
“Sou estudante e estou fazendo o meu trabalho.”
“Como você descolou o meu telefone?”
“Desculpe, Cariri. A pessoa que me deu pediu para não
ser identificada. Você é uma figurinha difícil de achar,
hein? Marcelão, Marcelão... Como vão as coisas?”
“Indo.”
“O seu Corinthians, hein?”
“Meu e de muita gente.”
“E a Ana?”
“Ana?”
“A do livro.”
“Que livro?”
“Como que livro, o seu livro!”
“Qual deles?”
“Tem mais de um?”
“Tem alguns.”
“Caramba! Estou falando do primeiro [...].”
“Pô, você é doidão, mesmo. Quando tempo você levou
pra escrever?”
“O quê?”
“Como o quê? O ‘Feliz Ano Passado’?”
“Ah... Levei um ano.”
“Pô, e você ficou uma fera com aquela enfermeira. Meu,
rolei de rir naquela parte. Marcelão, que figura. A gente
tem que se conhecer, cara, temos muitas coisas em
comum.”
“Sério?”
“Com certeza, pô, posso falar? Este livro marcou uma
época, tá ligado? Tipo assim, marcou uma geração,
certo?”
“Ouvi dizer.”
“Então, como vão as coisas?”
“Indo.”
“Pô, conta mais.”
“É que estou jantando.”
“Ah... Olha só. Eu preciso te entrevistar, cara. Pro meu
trabalho de TCC, tá ligado? Trabalho de Conclusão de
Curso.”
“Tô ligado.”
“Aí, vamos marcar?”
“Cara, não fica chateado, mas é a quinta pessoa que liga
nessa semana pedindo, e não vai dar. Fim de ano, é sempre
assim, um monte de estudantes liga, e tenho minha rotina,
eu trabalho muito, não é pessoal, vê se me entende.”
“Ah, não vai dizer que vai regular?”
“Cara, é muita gente, não dá para atender todos...”
“São só 25 perguntinhas.”
“Só?”
[...]
(PAIVA, Marcelo Rubens [seleção: Regina Zilberman]. Crônicas para ler
na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, pp. 15-17. Adaptado.)
Considerando o texto, analise as afirmativas a seguir.
I. As aspas foram usadas para sinalizar as falas dos personagens.
II. A história do texto começa quando Marcelo atende à chamada telefônica de um amigo.
III. O texto é narrado em 1ª pessoa e se desenvolve na estrutura de diálogo entre dois personagens.
Está correto o que se afirma apenas em
I. As aspas foram usadas para sinalizar as falas dos personagens.
II. A história do texto começa quando Marcelo atende à chamada telefônica de um amigo.
III. O texto é narrado em 1ª pessoa e se desenvolve na estrutura de diálogo entre dois personagens.
Está correto o que se afirma apenas em
Ano: 2021
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJM-MG
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Q1859568
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
Desculpe, morri
Atendo ao telefone e:
“Boa noite, é Marcelo?”
“Quem é?”
“É você?”
“Quem está falando?”
“Poxa, que bom, eu precisava tanto falar com você, não
imagina o trabalho que deu pra descolar o seu...”
“Quer falar com quem?”
“Com você mesmo, Cariri.”
“Cariri?”
“Não era o seu apelido em Santos?”
“Como você sabe?”
“Pesquisei. Apelido louco. Por que te deram esse
apelido?”
“Olha, o que você quer?”
“Sou estudante e estou fazendo o meu trabalho.”
“Como você descolou o meu telefone?”
“Desculpe, Cariri. A pessoa que me deu pediu para não
ser identificada. Você é uma figurinha difícil de achar,
hein? Marcelão, Marcelão... Como vão as coisas?”
“Indo.”
“O seu Corinthians, hein?”
“Meu e de muita gente.”
“E a Ana?”
“Ana?”
“A do livro.”
“Que livro?”
“Como que livro, o seu livro!”
“Qual deles?”
“Tem mais de um?”
“Tem alguns.”
“Caramba! Estou falando do primeiro [...].”
“Pô, você é doidão, mesmo. Quando tempo você levou
pra escrever?”
“O quê?”
“Como o quê? O ‘Feliz Ano Passado’?”
“Ah... Levei um ano.”
“Pô, e você ficou uma fera com aquela enfermeira. Meu,
rolei de rir naquela parte. Marcelão, que figura. A gente
tem que se conhecer, cara, temos muitas coisas em
comum.”
“Sério?”
“Com certeza, pô, posso falar? Este livro marcou uma
época, tá ligado? Tipo assim, marcou uma geração,
certo?”
“Ouvi dizer.”
“Então, como vão as coisas?”
“Indo.”
“Pô, conta mais.”
“É que estou jantando.”
“Ah... Olha só. Eu preciso te entrevistar, cara. Pro meu
trabalho de TCC, tá ligado? Trabalho de Conclusão de
Curso.”
“Tô ligado.”
“Aí, vamos marcar?”
“Cara, não fica chateado, mas é a quinta pessoa que liga
nessa semana pedindo, e não vai dar. Fim de ano, é sempre
assim, um monte de estudantes liga, e tenho minha rotina,
eu trabalho muito, não é pessoal, vê se me entende.”
“Ah, não vai dizer que vai regular?”
“Cara, é muita gente, não dá para atender todos...”
“São só 25 perguntinhas.”
“Só?”
[...]
(PAIVA, Marcelo Rubens [seleção: Regina Zilberman]. Crônicas para ler
na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, pp. 15-17. Adaptado.)
De acordo com o texto, Marcelo:
Ano: 2021
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJM-MG
Provas:
Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Oficial Judiciário - Oficial de Justiça
|
Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Oficial Judiciário - Assistente Técnico de Sistemas |
Q1859571
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
Desculpe, morri
Atendo ao telefone e:
“Boa noite, é Marcelo?”
“Quem é?”
“É você?”
“Quem está falando?”
“Poxa, que bom, eu precisava tanto falar com você, não
imagina o trabalho que deu pra descolar o seu...”
“Quer falar com quem?”
“Com você mesmo, Cariri.”
“Cariri?”
“Não era o seu apelido em Santos?”
“Como você sabe?”
“Pesquisei. Apelido louco. Por que te deram esse
apelido?”
“Olha, o que você quer?”
“Sou estudante e estou fazendo o meu trabalho.”
“Como você descolou o meu telefone?”
“Desculpe, Cariri. A pessoa que me deu pediu para não
ser identificada. Você é uma figurinha difícil de achar,
hein? Marcelão, Marcelão... Como vão as coisas?”
“Indo.”
“O seu Corinthians, hein?”
“Meu e de muita gente.”
“E a Ana?”
“Ana?”
“A do livro.”
“Que livro?”
“Como que livro, o seu livro!”
“Qual deles?”
“Tem mais de um?”
“Tem alguns.”
“Caramba! Estou falando do primeiro [...].”
“Pô, você é doidão, mesmo. Quando tempo você levou
pra escrever?”
“O quê?”
“Como o quê? O ‘Feliz Ano Passado’?”
“Ah... Levei um ano.”
“Pô, e você ficou uma fera com aquela enfermeira. Meu,
rolei de rir naquela parte. Marcelão, que figura. A gente
tem que se conhecer, cara, temos muitas coisas em
comum.”
“Sério?”
“Com certeza, pô, posso falar? Este livro marcou uma
época, tá ligado? Tipo assim, marcou uma geração,
certo?”
“Ouvi dizer.”
“Então, como vão as coisas?”
“Indo.”
“Pô, conta mais.”
“É que estou jantando.”
“Ah... Olha só. Eu preciso te entrevistar, cara. Pro meu
trabalho de TCC, tá ligado? Trabalho de Conclusão de
Curso.”
“Tô ligado.”
“Aí, vamos marcar?”
“Cara, não fica chateado, mas é a quinta pessoa que liga
nessa semana pedindo, e não vai dar. Fim de ano, é sempre
assim, um monte de estudantes liga, e tenho minha rotina,
eu trabalho muito, não é pessoal, vê se me entende.”
“Ah, não vai dizer que vai regular?”
“Cara, é muita gente, não dá para atender todos...”
“São só 25 perguntinhas.”
“Só?”
[...]
(PAIVA, Marcelo Rubens [seleção: Regina Zilberman]. Crônicas para ler
na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, pp. 15-17. Adaptado.)
“Cara, não fica chateado, mas é a quinta pessoa que me
liga nessa semana me pedindo, [...]” O termo destacado
explicita uma relação de sentido de: