Questões de Concurso Público Prefeitura de Formiga - MG 2020 para Arquiteto
Foram encontradas 7 questões
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Arquiteto |
Q1819563
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
O poder da juventude
Em janeiro de 1942, o escritor Mário de Andrade (1893-
1945) respondeu a uma carta que recebera de Fernando
Tavares Sabino (1923-2004), a quem de chofre sugeriu que
assinasse apenas Fernando Sabino. “Antes de mais nada: eu
achava que os estreantes deviam pôr nos seus livros a idade
que têm. Que idade tem você? Isso importa extraordinariamente nesse caso como o seu, por causa justamente das
possibilidades fartas. Se você está rodeando os vinte anos,
de vinte a vinte e cinco como imagino, lhe garanto que o seu
caso é bem interessante, que você promete muito. E o livro,
neste caso, é bom. Mas se você já tem trinta ou trinta e cinco
anos, já estudou muito (você parece de fato se preocupar
com a expressão linguística) e está homem-feito, não lhe
posso dar aplauso que valha.” Sabino tinha 18 anos e era
mais conhecido em Belo Horizonte pelas vitórias nos
campeonatos de natação do que por sua disposição de
mergulhar fundo na literatura. O resto é história, um encontro
marcado com a boa ficção e a crônica de excelência. Que
idade boa de ter, 20 anos — embora Paul Nizan, em Áden,
Arábia (1931), um clássico das letras francesas do século XX,
tenha alertado, um tanto derrotista: “Não me venham dizer
que é a mais bela idade da vida. Tudo ameaça um jovem de
destruição: o amor, as ideias, o afastamento da família, o
ingresso no meio dos adultos. Custa-lhe aprender o seu lugar
no mundo”.
Ter 20 anos é poder sonhar, poder errar e intuir que
haverá muito tempo ainda para correções e aprendizado —
é saber que o mundo, de um jeito ou de outro, conseguirá,
sim, um lugarzinho para a juventude e sua inesgotável força
transformadora. [...]
(Por “Da Redação”. Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020. Edição
nº 2668. Adaptado.)
Considerando-se o contexto em que está inserida, identifique a afirmativa correta sobre a citação: “Não me venham dizer que é a mais bela idade da vida. Tudo ameaça um jovem de destruição: o amor, as ideias, o afastamento da família, o ingresso no meio dos adultos. Custa-lhe aprender o seu lugar no mundo” (1º§).
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Arquiteto |
Q1819564
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
O poder da juventude
Em janeiro de 1942, o escritor Mário de Andrade (1893-
1945) respondeu a uma carta que recebera de Fernando
Tavares Sabino (1923-2004), a quem de chofre sugeriu que
assinasse apenas Fernando Sabino. “Antes de mais nada: eu
achava que os estreantes deviam pôr nos seus livros a idade
que têm. Que idade tem você? Isso importa extraordinariamente nesse caso como o seu, por causa justamente das
possibilidades fartas. Se você está rodeando os vinte anos,
de vinte a vinte e cinco como imagino, lhe garanto que o seu
caso é bem interessante, que você promete muito. E o livro,
neste caso, é bom. Mas se você já tem trinta ou trinta e cinco
anos, já estudou muito (você parece de fato se preocupar
com a expressão linguística) e está homem-feito, não lhe
posso dar aplauso que valha.” Sabino tinha 18 anos e era
mais conhecido em Belo Horizonte pelas vitórias nos
campeonatos de natação do que por sua disposição de
mergulhar fundo na literatura. O resto é história, um encontro
marcado com a boa ficção e a crônica de excelência. Que
idade boa de ter, 20 anos — embora Paul Nizan, em Áden,
Arábia (1931), um clássico das letras francesas do século XX,
tenha alertado, um tanto derrotista: “Não me venham dizer
que é a mais bela idade da vida. Tudo ameaça um jovem de
destruição: o amor, as ideias, o afastamento da família, o
ingresso no meio dos adultos. Custa-lhe aprender o seu lugar
no mundo”.
Ter 20 anos é poder sonhar, poder errar e intuir que
haverá muito tempo ainda para correções e aprendizado —
é saber que o mundo, de um jeito ou de outro, conseguirá,
sim, um lugarzinho para a juventude e sua inesgotável força
transformadora. [...]
(Por “Da Redação”. Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020. Edição
nº 2668. Adaptado.)
De acordo com o texto, a resposta dada pelo escritor Mário
de Andrade revela, principalmente:
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Arquiteto |
Q1819566
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
O poder da juventude
Em janeiro de 1942, o escritor Mário de Andrade (1893-
1945) respondeu a uma carta que recebera de Fernando
Tavares Sabino (1923-2004), a quem de chofre sugeriu que
assinasse apenas Fernando Sabino. “Antes de mais nada: eu
achava que os estreantes deviam pôr nos seus livros a idade
que têm. Que idade tem você? Isso importa extraordinariamente nesse caso como o seu, por causa justamente das
possibilidades fartas. Se você está rodeando os vinte anos,
de vinte a vinte e cinco como imagino, lhe garanto que o seu
caso é bem interessante, que você promete muito. E o livro,
neste caso, é bom. Mas se você já tem trinta ou trinta e cinco
anos, já estudou muito (você parece de fato se preocupar
com a expressão linguística) e está homem-feito, não lhe
posso dar aplauso que valha.” Sabino tinha 18 anos e era
mais conhecido em Belo Horizonte pelas vitórias nos
campeonatos de natação do que por sua disposição de
mergulhar fundo na literatura. O resto é história, um encontro
marcado com a boa ficção e a crônica de excelência. Que
idade boa de ter, 20 anos — embora Paul Nizan, em Áden,
Arábia (1931), um clássico das letras francesas do século XX,
tenha alertado, um tanto derrotista: “Não me venham dizer
que é a mais bela idade da vida. Tudo ameaça um jovem de
destruição: o amor, as ideias, o afastamento da família, o
ingresso no meio dos adultos. Custa-lhe aprender o seu lugar
no mundo”.
Ter 20 anos é poder sonhar, poder errar e intuir que
haverá muito tempo ainda para correções e aprendizado —
é saber que o mundo, de um jeito ou de outro, conseguirá,
sim, um lugarzinho para a juventude e sua inesgotável força
transformadora. [...]
(Por “Da Redação”. Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020. Edição
nº 2668. Adaptado.)
Considerando-se os aspectos linguísticos e semânticos do
texto, analise as afirmativas a seguir.
I. A correção seria mantida caso a expressão “a uma carta”
fosse substituída por “por uma carta”.
II. Os dois trechos no texto delimitados pelas aspas
demonstram diferentes funções para este sinal de
pontuação.
III. A forma verbal “recebera” promove uma localização
temporal anterior à ação igualmente concluída indicada
por “respondeu”.
IV. A expressão “Custa-lhe” teria sua correspondência, de
acordo com a adequação da norma padrão da língua, em
“Custa a ele”.
Estão corretas apenas as afirmativas
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Arquiteto |
Q1819567
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
Agudo decifrador das calamidades do presente, Byung-Chul Han é também, ele próprio, um fenômeno de nossa
época. O autor dos dois livros aqui resenhados não se parece
com o clássico intelectual europeu, tampouco com o acadêmico que profere seus saberes desde o púlpito de uma
renomada universidade estadunidense. A sua peculiaridade,
contudo, não se restringe ao exotismo de ser asiático e ter
um nome impronunciável para boa parte dos ocidentais,
mas se concentra sobretudo no seu estilo inconfundível e –
em vários sentidos – absolutamente contemporâneo.
[...]
“Vivemos numa época pobre de negatividade”, eis um
dos principais argumentos de “A sociedade do cansaço”. Isso
não teria impedido, porém, o desenvolvimento de formas
peculiares de violência, mais sutis e invisíveis, próprias de
“uma sociedade permissiva e pacificada”. Assim, contrariamente ao que ocorria algum tempo atrás, essa violência da
positividade que hoje impera “não é privativa, mas saturante;
não excludente, mas exaustiva”. Sob lemas como o famoso
“Yes, we can”, ao qual poderíamos acrescentar outros como
“just do it” ou “porque eu mereço”, Byung-Chul Han parece
acertar em cheio: “No lugar de proibição, mandamento ou lei,
entram projeto, iniciativa e motivação”.
Todo esse estímulo positivo, porém, cansa: “A sociedade
do desempenho produz depressivos e fracassados”. O paradoxo é complicado, pois, ao acreditarmos que nos libertamos
de todas as opressões que vinham de fora, vemo-nos
enredados em coações autodestrutivas que são altamente
eficientes, entre outros motivos “porque a vítima dessa
violência imagina ser alguém livre”.
Já em “A sociedade da transparência”, o autor arremete
contra a mania de exposição que hoje também abunda, e
que estaria igualmente afiliada a essa tola positividade sem
sombras nem relevos. “Tudo deve tornar-se visível; o imperativo da transparência coloca em suspeita tudo o que não se submete à visibilidade”, constata. Quando a informação
e a comunicação penetram por toda parte, sem deixar
margem alguma ao mistério, destrói-se algo primordial para
os relacionamentos humanos: a confiança. “A intensa exigência por transparência aponta precisamente para o fato de
que o fundamento moral da sociedade se tornou frágil”,
após o declínio de valores outrora bastante prezados como
a honestidade e a sinceridade. Assim, vivemos numa “sociedade da desconfiança e ela suspeita que, em virtude do
desaparecimento da confiança, agarra-se ao controle”.
(Paula Sibilia, publicado por Revista Quatro Cinco Um, nº 10, abril de 2018.
Fragmento.)
Considerando o estudo que envolve as relações sintáticas
estabelecidas no interior das orações, analise os comentários a seguir.
I. “[...] que profere seus saberes desde o púlpito [...]” O
termo destacado anteriormente exerce a função de
sujeito da oração em que está inserido.
II. O predicado de “O autor dos dois livros aqui resenhados
não se parece com o clássico intelectual europeu, […]”
tem como principal expressão a ação realizada pelo
sujeito da oração.
III. Em “A sua peculiaridade, contudo, não se restringe ao
exotismo [...]”, o sujeito da oração está indeterminado em
virtude do emprego da partícula “se”, índice de indeterminação do sujeito. Está(ão) correto(s) o(s) comentário(s)
Ano: 2020
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Formiga - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2020 - Prefeitura de Formiga - MG - Arquiteto |
Q1819568
Português
Texto associado
Texto para responder à questão.
Agudo decifrador das calamidades do presente, Byung-Chul Han é também, ele próprio, um fenômeno de nossa
época. O autor dos dois livros aqui resenhados não se parece
com o clássico intelectual europeu, tampouco com o acadêmico que profere seus saberes desde o púlpito de uma
renomada universidade estadunidense. A sua peculiaridade,
contudo, não se restringe ao exotismo de ser asiático e ter
um nome impronunciável para boa parte dos ocidentais,
mas se concentra sobretudo no seu estilo inconfundível e –
em vários sentidos – absolutamente contemporâneo.
[...]
“Vivemos numa época pobre de negatividade”, eis um
dos principais argumentos de “A sociedade do cansaço”. Isso
não teria impedido, porém, o desenvolvimento de formas
peculiares de violência, mais sutis e invisíveis, próprias de
“uma sociedade permissiva e pacificada”. Assim, contrariamente ao que ocorria algum tempo atrás, essa violência da
positividade que hoje impera “não é privativa, mas saturante;
não excludente, mas exaustiva”. Sob lemas como o famoso
“Yes, we can”, ao qual poderíamos acrescentar outros como
“just do it” ou “porque eu mereço”, Byung-Chul Han parece
acertar em cheio: “No lugar de proibição, mandamento ou lei,
entram projeto, iniciativa e motivação”.
Todo esse estímulo positivo, porém, cansa: “A sociedade
do desempenho produz depressivos e fracassados”. O paradoxo é complicado, pois, ao acreditarmos que nos libertamos
de todas as opressões que vinham de fora, vemo-nos
enredados em coações autodestrutivas que são altamente
eficientes, entre outros motivos “porque a vítima dessa
violência imagina ser alguém livre”.
Já em “A sociedade da transparência”, o autor arremete
contra a mania de exposição que hoje também abunda, e
que estaria igualmente afiliada a essa tola positividade sem
sombras nem relevos. “Tudo deve tornar-se visível; o imperativo da transparência coloca em suspeita tudo o que não se submete à visibilidade”, constata. Quando a informação
e a comunicação penetram por toda parte, sem deixar
margem alguma ao mistério, destrói-se algo primordial para
os relacionamentos humanos: a confiança. “A intensa exigência por transparência aponta precisamente para o fato de
que o fundamento moral da sociedade se tornou frágil”,
após o declínio de valores outrora bastante prezados como
a honestidade e a sinceridade. Assim, vivemos numa “sociedade da desconfiança e ela suspeita que, em virtude do
desaparecimento da confiança, agarra-se ao controle”.
(Paula Sibilia, publicado por Revista Quatro Cinco Um, nº 10, abril de 2018.
Fragmento.)
Em “‘A sociedade do desempenho produz depressivos e fracassados’. O paradoxo é complicado, pois, ao acreditarmos
que nos libertamos de todas as opressões que vinham de
fora, vemo-nos enredados em coações autodestrutivas que
são altamente eficientes, entre outros motivos ‘porque a
vítima dessa violência imagina ser alguém livre’.” (3º§),
pode-se afirmar em relação à expressão destacada que: