Questões de Concurso Público ADAF - AM 2018 para Motorista Fluvial

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Q1150797 Português

BEM PERTO DE LEO


Christophe Honoré

Capítulo I


            Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

          Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

        Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó. 

         Três irmãos.

        Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

      Tristão: 21.

      Leo: 19.

     Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:


     cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

     Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

     É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]


Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de

Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

Na visão de Marcelinho, seus pais o chamam dessa maneira porque
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Q1150798 Português

BEM PERTO DE LEO


Christophe Honoré

Capítulo I


            Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

          Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

        Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó. 

         Três irmãos.

        Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

      Tristão: 21.

      Leo: 19.

     Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:


     cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

     Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

     É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]


Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de

Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

Sobre os irmãos de Marcelinho, é possível afirmar que
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Q1150799 Português

BEM PERTO DE LEO


Christophe Honoré

Capítulo I


            Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

          Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

        Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó. 

         Três irmãos.

        Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

      Tristão: 21.

      Leo: 19.

     Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:


     cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

     Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

     É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]


Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de

Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

Quando Marcelinho pergunta a sua mãe o motivo pelo qual ele nasceu com “cinco anos de atraso”, ela
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Q1150800 Português

BEM PERTO DE LEO


Christophe Honoré

Capítulo I


            Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

          Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

        Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó. 

         Três irmãos.

        Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

      Tristão: 21.

      Leo: 19.

     Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:


     cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

     Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

     É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]


Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de

Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

No trecho “ Marcelinho. Era assim que eles me chamavam. Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania [...]”, a palavra em destaque significa
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Q1150804 Português

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Christophe Honoré

Capítulo I


            Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

          Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

        Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó. 

         Três irmãos.

        Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

      Tristão: 21.

      Leo: 19.

     Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho!

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:


     cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

     Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

     É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]


Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de

Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

Em “Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado [...]”, o termo em destaque poderia ser substituído, mantendo-se o sentido, por
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Respostas
1: C
2: E
3: B
4: A
5: C