Questões de Concurso Público IF Sul Rio-Grandense 2021 para Professor - Português/Literatura

Foram encontradas 3 questões

Q2006241 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

À semelhança do exemplo utilizado por Marcos Bagno para ilustrar o fenômeno da mudança linguística, a regência verbal também se altera com o tempo, haja vista os falantes passarem a empregar os verbos de maneira nova, seja por atribuir a eles outros sentidos, seja por estabelecer paralelismos com verbos de significado semelhante. Na contramão do que defende o linguista, as gramáticas continuam apresentando listas que prescrevem o uso convencionado como correto, contemplando algumas variantes apenas quando incorporadas por produções literárias, conforme ocorre na Gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e de Lindley Cintra (2016).
Das sentenças apresentadas abaixo, a que contém um caso de mudança atinente à regência verbal registrado por Cunha e Cintra é:
Alternativas
Q2006242 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Dentre os fenômenos linguísticos que têm servido como instrumento sociocultural de separação entre usos corretos e errôneos, a concordância é certamente um dos que mais se presta a essa distinção estigmatizante, pois parece suscitar uma postura indulgente com formas inovadoras presentes na fala urbana de pessoas mais letradas, mas desqualificadora quando as inovações provêm de extratos sociais menos favorecidos econômica e culturalmente. O grande quantitativo de casos particulares ou de exceções à regra geral, presentes em manuais de ensino da língua portuguesa, evidencia a gramaticalização de variantes que passaram, com o tempo, a ser acolhidas pela tradição normativa. 
Levando em consideração os fatos linguísticos inventariados por Cunha e Cintra (2016), em relação ao fenômeno da concordância verbal, leia as afirmações abaixo e marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas. 
( ) O emprego do pronome relativo quem como sujeito faz com que o verbo se flexione normalmente na terceira pessoa do singular. Porém, não é incomum, de acordo com Cunha e Cintra, escritores consagrados, em consonância com o uso preferencial da linguagem popular, concordarem o verbo com o pronome pessoal que antecede o relativo, pondo em relevo o sujeito efetivo da ação expressa. ( ) O verbo ser, em alguns casos, concorda com o predicativo expresso por substantivo no plural quando pronomes como isto, isso, aquilo ou tudo desempenham a função de sujeito da oração. Não obstante tal convenção, Cunha e Cintra reconhecem não ser raro aparecer o verbo no singular, em conformidade com o pronome demonstrativo ou com o indefinido, realçando-se o conjunto, e não os elementos que o compõem. ( ) Se o sintagma nominal do sujeito é quantificado com expressão de porcentagem, o verbo flexiona-se, em regra, na terceira pessoa do plural caso esse percentual seja maior do que 1%. Contudo, Cunha e Cintra observam que, em registros menos monitorados, o verbo pode ficar na terceira pessoa do singular caso o número percentual venha acompanhado por adjunto adnominal cujo núcleo esteja no singular. ( ) Quando o sujeito composto encontra-se após o verbo, admite-se flexão no singular, concordando com o substantivo mais próximo. Em simetria a essa possibilidade, Cunha e Cintra constatam que, na linguagem coloquial, o verbo também tem se flexionado no singular ao anteceder sujeito simples com núcleo no plural, uma vez que o sintagma nominal deixa de ser percebido como sujeito por ocupar a posição sintática de objeto. ( ) Prescreve-se, como regra geral, uma flexão hierarquizada quando o sujeito composto é constituído por diferentes pessoas verbais: a primeira prepondera sobre a segunda e a terceira; a segunda pessoa prepondera sobre a terceira. Todavia, Cunha e Cintra admitem que, na linguagem corrente do Brasil, pode-se encontrar o verbo conjugado na terceira pessoa do plural, apesar da presença de termo indicador de segunda pessoa.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Alternativas
Q2006243 Português
Erro de português – de onde vem essa ideia?

Marcos Bagno 

texto_2 1 .png (712×467)
texto_2 2.png (714×456)

texto_2 3.png (712×354)
texto_2 4.png (713×588)

Disponível em: <https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/erro-de-portugues-de-onde-vemessa-ideia> Acesso em: 26 dez. 2020. Grifos do autor.

Observe o excerto a seguir:
“Num país classificado entre os mais desiguais do planeta, com indicadores sociais estarrecedores, a fala das pessoas mais pobres e sem acesso à escolaridade plena (por meio da qual se tem acesso aos modos de falar prestigiados e às regras da norma-padrão) é incontornavelmente considerada repleta de ‘erros’.” (linhas 62-66).
Na sentença entre parênteses, Marcos Bagno faz uso de uma oração adjetiva em que o emprego de preposição antes do pronome relativo está em conformidade com papel desempenhado pelo termo retomado no processo de encaixamento próprio desse tipo de subordinação.
Em qual sentença (frase) abaixo, o uso da preposição também se adequa ao contexto, seguindo a prescrição normativa? 
Alternativas
Respostas
1: A
2: B
3: C