Questões de Concurso Público IF-PA 2015 para Professor - História
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“A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal às das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes do que nunca no fim do segundo milênio.” (HOBSBAWM, E. A Era dos extremos.O breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.13).
Com base nas questões suscitadas pelo texto acima é correto afirmar que:
“Lembrar o passado e escrever sobre ele não mais parecem as atividades inocentes que outrora se julgava que fossem. Nem as memórias nem as histórias parecem ser mais objetivas. Nos dois casos, os historiadores aprendem a levar em conta a seleção consciente ou inconsciente, a interpretação e a distorção.” (BURKE, Peter. História como memória social. IN: Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 70)
Com base no texto e os debates historiográficos sobre a relação entre História e Memória destaca-se INCORRETO afirmar que:
“A propaganda do Estado Novo, no entanto, elaborava um discurso em que o migrante estaria protegido pela ação governamental. Mais do que migrantes, seriam soldados na batalha da produção. E além de soldados, teriam a chance de refazer suas vidas numa região para a qual se antevia um futuro promissor” (GUILLEN, Isabel C. Martins “A batalha da Borracha: política e migração nordestina para a Amazônia durante o Estado Novo” IN: Revista de Sociologia e Política. N.9, 1997, p. 98)
Sobre a temática é correto afirmar que:
“Os negros escravizados procuraram sempre que puderam resistir à opressão a eles imposta no interior dos complexos mundos da escravidão. Buscavam nas diversas formas de enfrentamento (...) conquistar aquilo que concebiam como liberdade” (GOMES, Flávio dos Santos. “Em torno dos bumerangues: outras histórias de mocambos na Amazônia colonial” IN: Revista USP: São Paulo (28), Dez-Fev. 1995, p. 41).
Com base nos debates historiográficos sobre os mundos da escravidão e a resistência escrava é possível assinalar que: