Questões de Concurso Público IF-MT 2018 para Português/Inglês
Foram encontradas 37 questões
Q2055047
Linguística
Texto associado
I. AULA DE PORTUGUÊS
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
(Carlos Drummond de Andrade)
II. Um Professor de “agramática”
II. Um Professor de “agramática”
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.
(Manoel de Barros)
Para Koch & Travaglia, a coerência textual “[...] tem a ver com a boa formação em termos de interlocução
comunicativa, que determina não só a possibilidade de estabelecer o sentido do texto, mas também, com
frequência, qual sentido se estabelece.” (Coerência textual. 12ª ed. São Paulo: Contexto, 2001, p. 32).
Ampliando esse conceito, Van Dijk e Kintsch (Strategies in Discourse Comprehension. New York: Academics
Press, 1983) afirmam a existência de diversos tipos de coerência. A partir desses princípios, ao se analisar o
texto de Manoel de Barros (texto II), podemos afirmar que nele, preponderantemente, as relações
macroestruturais se dão através da:
Q2055048
Linguística
Texto associado
I. AULA DE PORTUGUÊS
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
(Carlos Drummond de Andrade)
II. Um Professor de “agramática”
II. Um Professor de “agramática”
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável,
o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da vida
um certo gosto por nadas…
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas
e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.
(Manoel de Barros)
Segundo o narrador do texto de Manoel de Barros (texto II), o Pe. Ezequiel foi o seu “primeiro professor de
agramática.” Partindo desse pressuposto, de acordo com os seus conhecimentos linguísticos, podemos
afirmar que aquele docente talvez estivesse vinculado a uma determinada corrente linguística, podendo ser
associado ao ensino da língua de forma:
Q2055049
Inglês
Many people learn English because they have moved into a target-language community and they need to be
able to operate successfully within that community. A target-language community is a place where English is
the national language - e.g. Britain, Canada, New Zealand, etc - or where it is one of the main languages of
culture and commerce - e.g. India, Pakistan, Nigeria.
Some students need English for a Specific Purpose (ESP). Such students of ESP (sometimes also called English for Special Purposes) may need to learn legal language, or the language of tourism, banking or nursing, for example. An extremely popular strand of ESP is the teaching of business English, where students learn about how to operate in English in the business world. Many students need English for Academic Purposes (EAP) in order to study at an English-speaking university or college, or because they need to access English-language academic texts.
Many people learn English because they think it will be useful in some way for international communication and travel. Such students of general English often do not have a particular reason for going to English classes, but simply wish to learn to speak (and read and write) the language effectively for wherever and whenever this might be useful for them.
(Harmer, Jeremy. How to teach English. (2010, p. 11))
A frase que melhor resume o fragmento acima é:
Some students need English for a Specific Purpose (ESP). Such students of ESP (sometimes also called English for Special Purposes) may need to learn legal language, or the language of tourism, banking or nursing, for example. An extremely popular strand of ESP is the teaching of business English, where students learn about how to operate in English in the business world. Many students need English for Academic Purposes (EAP) in order to study at an English-speaking university or college, or because they need to access English-language academic texts.
Many people learn English because they think it will be useful in some way for international communication and travel. Such students of general English often do not have a particular reason for going to English classes, but simply wish to learn to speak (and read and write) the language effectively for wherever and whenever this might be useful for them.
(Harmer, Jeremy. How to teach English. (2010, p. 11))
A frase que melhor resume o fragmento acima é:
Q2055050
Inglês
Em 2015, o British Council publicou um estudo intitulado “O Ensino de Inglês na Educação Pública
Brasileira”, que visava a entender as principais características do ensino da língua inglesa na Educação
Básica da rede pública brasileira considerando desde as políticas públicas para o ensino do idioma até as
práticas cotidianas em sala de aula. De acordo com este estudo, qual dos problemas abaixo não figura
como principal para o ensino da língua inglesa na educação pública básica brasileira?
Q2055051
Inglês
“[…] is an overall plan for the ordely presentation of language material, no part of which contradicts, and all
of which is based upon, the selected approach.” (Anthony 1993, p. 63-7 apud Richards and Rogers 1999, p. 15).
Na frase acima, temos a definição proposta por Anthony apud Richard and Rogers para...