Questões de Concurso Público IF-MT 2018 para Português/Inglês
Foram encontradas 10 questões
Q2055034
Português
Texto associado
Com base no texto abaixo, responda às questões 11 e 12:
“As línguas mudam todos os dias, evoluem, mas a essa mudança diacrônica se acrescenta uma outra,
sincrônica: pode-se perceber numa língua, continuamente, a coexistência de formas diferentes de um
mesmo significado.”
(CALVET, Louis-Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica, p. 89-90. São Paulo: Parábola, 2002).
A respeito do excerto em destaque, julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta:
I - As mudanças destacadas podem ser classificadas como variáveis geográficas, que são aquelas que podem ter pronúncias e léxicos iguais em diferentes pontos de território. II - Essas variáveis podem ter um sentido social, quando, em um mesmo ponto do território, uma diferença linguística é mais ou menos isomorfa de uma diferença social. III - Podemos entender por variável, o conjunto constituído pelos diferentes modos de realizar a mesma coisa (como um fonema, um signo); e por variante, cada uma das formas de realizar a mesma coisa.
I - As mudanças destacadas podem ser classificadas como variáveis geográficas, que são aquelas que podem ter pronúncias e léxicos iguais em diferentes pontos de território. II - Essas variáveis podem ter um sentido social, quando, em um mesmo ponto do território, uma diferença linguística é mais ou menos isomorfa de uma diferença social. III - Podemos entender por variável, o conjunto constituído pelos diferentes modos de realizar a mesma coisa (como um fonema, um signo); e por variante, cada uma das formas de realizar a mesma coisa.
Q2055037
Português
Texto associado
“[...] o gramático e historiador português João de Barros escreveu, no século XVI, que o modelo de língua a
ser seguido deveria ser a língua dos ‘barões doutos’, isto é, dos homens da nobreza. Também o francês
Vaugelas, no século XVII, dizia que a língua-padrão tinha que se basear no uso ‘da parte mais sadia da Corte’.
E até hoje, na Inglaterra, a língua que deve servir de modelo se chama ‘Queen’s English’, o inglês da Rainha.
E ao findar o século XX, o gramático e filólogo brasileiro Evanildo Bechara dizia que devemos levar o aluno ‘a
falar melhor com os melhores’”. (BAGNO, Marcos et all. Língua materna: letramento, variação e ensino, p. 29. São Paulo: Parábola, 2002).
Marcos Bagno, no texto em destaque, discute a concepção tradicional do ensino da língua. A respeito disso,
julgue as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta.
I - O ensino da língua opera com uma sucessão de reduções: língua, norma e gramática. II - A gramática é entendida como uma série de regras de funcionamento mecânico que devem ser seguidas à risca para dar um resultado perfeito e admissível. III - Por causa da concepção reducionista do ensino em língua, norma e gramática, como uma abstração arrancada de sua realidade social, histórica e cultural, é que podemos afirmar que existe uma distância muito grande entre as regras gramaticais descritas e prescritas pela norma-padrão tradicional.
I - O ensino da língua opera com uma sucessão de reduções: língua, norma e gramática. II - A gramática é entendida como uma série de regras de funcionamento mecânico que devem ser seguidas à risca para dar um resultado perfeito e admissível. III - Por causa da concepção reducionista do ensino em língua, norma e gramática, como uma abstração arrancada de sua realidade social, histórica e cultural, é que podemos afirmar que existe uma distância muito grande entre as regras gramaticais descritas e prescritas pela norma-padrão tradicional.
Q2055038
Português
“Frequentemente ouvimos falar – e também falamos – sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a
necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação
de leitores competentes [...] Mas, no bojo dessa discussão, destacam-se questões como: o que é ler? Para
que ler? Como ler? Evidentemente, as perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais
revelarão uma concepção de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido
que se adote.
Sobre essa questão [...] a concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual, dono de suas vontades e ações. Trata-se de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que esta seja ‘captada’ pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada.”
(KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. p. 09-10)
Com base na leitura do texto e no que se refere à concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, só NÃO podemos afirmar que:
Sobre essa questão [...] a concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual, dono de suas vontades e ações. Trata-se de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que esta seja ‘captada’ pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada.”
(KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. p. 09-10)
Com base na leitura do texto e no que se refere à concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, só NÃO podemos afirmar que:
Q2055039
Português
Texto associado
I. “Uma das dificuldades para a educação linguística no ensino brasileiro é a tentativa de desenvolver a
competência em leitura e a forma como esse tratamento pode ser abordado em sala de aula. O gênero
tirinha (ou tiras) apresenta-se como um evento comunicativo bastante pertinente para um estudo
qualitativo e interpretativo sobre as diferentes opções que os usuários da língua dispõem para construir seu
texto.” (MARINHO, Ciro Filgueira et all. Construção e produção de sentidos em tirinhas: entre o dito e o não
dito).
(Disponível em http://www.gelne.com.br/arquivos/anais/gelne-2014/anexos/185.pdf, acessado em 01/09/2018).
II. “Dizer que pressuponho X, é dizer que pretendo obrigar o destinatário, por minha fala, a admitir X, sem
por isso dar-lhe o direito de prosseguir o diálogo a propósito de X. O subentendido, ao contrário, diz
respeito à maneira pela qual esse sentido é manifestado, o processo, ao término do qual deve-se descobrir
a imagem que pretendo lhe dar de minha fala".
(O dizer e o dito. Campinas: Pontes, 1987, p. 42).
A título de exemplificação do que se acabou de afirmar em (I) e (II), e ao explorarmos a aplicação e utilização
da teoria dos pressupostos e subentendidos, na perspectiva de Ducrot, pode-se afirmar que na tirinha em
destaque (III):
Q2055040
Português
Texto associado
I. “Uma das dificuldades para a educação linguística no ensino brasileiro é a tentativa de desenvolver a
competência em leitura e a forma como esse tratamento pode ser abordado em sala de aula. O gênero
tirinha (ou tiras) apresenta-se como um evento comunicativo bastante pertinente para um estudo
qualitativo e interpretativo sobre as diferentes opções que os usuários da língua dispõem para construir seu
texto.” (MARINHO, Ciro Filgueira et all. Construção e produção de sentidos em tirinhas: entre o dito e o não
dito).
(Disponível em http://www.gelne.com.br/arquivos/anais/gelne-2014/anexos/185.pdf, acessado em 01/09/2018).
II. “Dizer que pressuponho X, é dizer que pretendo obrigar o destinatário, por minha fala, a admitir X, sem
por isso dar-lhe o direito de prosseguir o diálogo a propósito de X. O subentendido, ao contrário, diz
respeito à maneira pela qual esse sentido é manifestado, o processo, ao término do qual deve-se descobrir
a imagem que pretendo lhe dar de minha fala".
(O dizer e o dito. Campinas: Pontes, 1987, p. 42).
Com base na leitura dos textos, só NÃO podemos afirmar que: