Questões de Concurso Público Câmara de Areal - RJ 2024 para Agente Legislativo
Foram encontradas 40 questões
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078971
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No texto, a autora menciona que "Para manter a sanidade, não me afasto de onde
estou". Qual é a estratégia que ela utiliza para alcançar esse objetivo?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078972
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No texto, o que a autora sugere sobre a relação das pessoas com a tecnologia?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078973
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
O que a autora entende por "um sul em mim que adoece e um norte em mim que se
expande"?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078974
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
Qual é a principal crítica que a autora faz à vida moderna no trecho "Temos sido
sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde viramos números, algoritmos,
seguidores sem rostos"?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078975
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
Na oração "Com tanta presença, a solidão não entra", a palavra "presença" é
classificada, gramaticalmente, como ____________. Por sua vez, “tanta” é classificada como
_____________.
Qual alternativa preenche, CORRETA e respectivamente, as lacunas acima?
Qual alternativa preenche, CORRETA e respectivamente, as lacunas acima?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078976
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No trecho "Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas
comuns", a expressão "ralos tecnológicos" sugere:
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078977
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No trecho "A vida acontece a cada cena", a palavra "acontece" pode ser substituída,
sem alterar o sentido expresso no texto, por:
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078978
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No período "O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado", os termos "ao
Oscar" exercem a função sintática de:
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078979
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
Em termos morfológicos, assinale a alternativa que apresenta o processo de formação
da palavra "silencioso", presente no texto.
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078980
Português
Texto associado
Atenção: Leia atentamente o texto a seguir e responda a questão:
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou
Um dos filmes mais tocantes dos últimos tempos, Dias Perfeitos, de Wim Wenders, é de
uma simplicidade repleta de sentidos. Quem achou o filme um tédio não percebeu o quanto a vida
acontece a cada cena. Todo dia, o personagem Hirayama faz tudo sempre igual: escova os dentes, coloca
o uniforme, pega um café na máquina automática e sai com o carro a fim de realizar seu trabalho como
limpador de banheiros de parques públicos em Tóquio. No trajeto, escuta música em fitas K-7. À noite,
lê um pouco, dorme e no dia seguinte retoma a mesma rotina, aparentemente idêntica.
O filme concorreu ao Oscar e já foi mais que comentado. Assisti em janeiro, mas só agora,
revendo a antológica cena final, em que o ator Koji Yakusho dirige escutando Feeling Good, de Nina
Simone, permiti que o choro e o riso do personagem, ambos simultâneos naquele close poderoso, se
misturassem aos meus.
Janeiro parece que foi em outra vida. Em minha rotina, nada se mantém igual: há um sul em
mim que adoece e um norte em mim que se expande – dentro do mesmo corpo. Caio, levanto, me deito,
danço, alternando reações, conforme sou atingida pelas notícias do mundo ou pelos silêncios que
encontro ao abrir minhas gavetas internas. Tudo é muito – e muito intenso. Alguém chamou de “tempo
de desorientação”. Não tenho o nome do autor para dar o crédito, mas o parabenizo: que definição
precisa.
Para manter a sanidade, não me afasto de onde estou. Nada de me socorrer no passado ou
projetar um futuro que desconheço, este balé escapista que tonteia. Grudo no livro que estou lendo,
absorvo a música que está tocando e fico atenta ao que me acontece agora, e do jeito que me atinge, de
frente e por dentro. A vida mirou em mim e me acertou.
Com tanta presença, a solidão não entra. É o que Hirayama nos transmite no filme. Ele não
passa os olhos: ele enxerga. Ele não finge que ouve: ele escuta. Ele sabe onde estão suas chaves, ele
desce e sobe com cuidado os seus degraus, ele torna nobre o seu ofício desprezado, ele até disputa um
jogo da velha contra um adversário invisível. Pertence ao mundo com inteireza, não aos pedaços. Quanto
à questão digital, o filme é claro: não precisamos de mil, 10 mil, um milhão. Precisamos de um. De uma.
A cada vez. Calmamente. É o que nos torna um planeta habitado.
Temos sido sugados por ralos tecnológicos que nos despejam em valas comuns, onde
viramos números, algoritmos, seguidores sem rostos. Que essa bagunça virtual não corrompa nossa
casa e nossa mente, os dois espaços sagrados da existência. E que a alma da gente não seja pulverizada
pelos gigabytes. É uma luta diária não se deixar desorientar. A gente chora porque é difícil. E, ao mesmo
tempo, ri porque consegue.
Autora: Martha Medeiros – GZH (adaptado).
No período "A gente chora porque é difícil", a oração sublinhada é classificada como:
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078981
Raciocínio Lógico
A imagem a seguir mostra 4 figuras criadas utilizando hexágonos, seguindo um determinado padrão.
Seguindo esse mesmo padrão, quantos hexágonos são necessários para formar a Figura 20?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078982
Matemática
Carlos escreveu uma P.A. decrescente com 4 termos, apenas com números inteiros.
Em seguida, ele somou esses termos e o resultado deu 32. Depois multiplicou esses números e o
resultado deu 3465. Podemos afirmar que:
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078983
Raciocínio Lógico
A Recepcionista Carla precisa resolver um problema lógico para organizar a ordem de
atendimento dos visitantes na Câmara Municipal. Carla recebeu três visitantes: João, Maria e Pedro. Ela
sabe que:
1. João chegou antes de Pedro.
2. Maria chegou depois de Pedro.
3. Pedro não foi o primeiro a chegar.
Qual é a ordem correta de chegada dos visitantes?
1. João chegou antes de Pedro.
2. Maria chegou depois de Pedro.
3. Pedro não foi o primeiro a chegar.
Qual é a ordem correta de chegada dos visitantes?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078984
Matemática
O Motorista está calculando o tempo necessário para uma viagem oficial. Se ele sabe
que leva 2 horas para percorrer 120 km, quanto tempo levará para percorrer 300 km na mesma
velocidade?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078985
Matemática
Ana e Bruna possuem duas caixas. A caixa da Ana contém 4 bolas numeradas de 1 a 4
e a caixa da Bruna contém 3 bolas numeradas de 7 a 9. Primeiramente, duas bolas são retiradas da caixa
da Ana, uma após a outra, sem reposição. Em seguida, duas bolas são retiradas da caixa da Bruna, uma
após a outra, também sem reposição. Quantos números de 4 dígitos podem ser formados com esses
números sorteados?
Ano: 2024
Banca:
IDESG
Órgão:
Câmara de Areal - RJ
Prova:
IDESG - 2024 - Câmara de Areal - RJ - Agente Legislativo |
Q3078986
Matemática
Considerando que a expressão
seja independente na variável
x, então podemos afirmar que:
