Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio Branco - AC 2023 para Auditor Municipal de Controle Interno
Foram encontradas 94 questões
Ano: 2023
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Provas:
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Auditor Municipal de Controle Interno
|
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Contador |
Q2212218
Português
Texto associado
TEXTO PARA A QUESTÃO.
Boas maneiras no bar
Paulo Pestana
Crônica
O ambiente dos botequins pode assustar aos
incautos, principalmente a quem torce o nariz para aquela
descontração toda. Mas é preciso compreender que ali –
incluindo a classe dos pés-sujos – também há uma
etiqueta, o que, conforme os franceses ensinaram, é
aquele conjunto de normas cerimoniais que controlam o
comportamento adequado a cada situação social. Coisa de
gente fina.
Não obedece aos mesmos parâmetros que as
moças de boa família encontravam no Socila, o mais
badalado curso de boas maneiras e elegância do país, que
hoje oferece até aulas via computador, prometendo 12
segredos infalíveis para causar boa impressão. Também
não chega ao nível de detalhamento do Jornal das Moças,
antiga publicação com artigos e dicas para as casadoiras.
A etiqueta do botequim é um conjunto de normas
que garante a boa convivência entre os frequentadores,
um povo eclético, difícil, cuja beligerância aumenta de
acordo com o esvaziamento dos copos. São, na prática,
regras de armistício.
Uma delas é o tratamento dispensado ao
atendente. Se for o proprietário, é preciso cuidado porque
normalmente são pessoas calejadas pelos chatos que são
atraídos como moscas na vitrine de petiscos. Esses calos
não engrossam apenas a pele, mas o caráter, o que muitas
vezes é confundido com grossura, mas outras é ignorância
pura mesmo.
Regra número um: não chame o atendente de
psiu. É ofensa grave. Faça como o pessoal do Skank: chame
de chefia, amigão, tio, brother, camarada – mas nunca de
“ô”, “pist”, ou qualquer outra onomatopeia. O mais
educado é perguntar o nome e tratá-lo por ele; é garantia
de bom atendimento, copo limpo e petisco intacto.
Outra norma importante vai na contramão da
etiqueta formal: o palito. O ato de esgaravatar os dentes
fez com que dentistas e dândis se unissem e formassem
uma liga contrária. E palitos, nem aqueles que vêm
embrulhadinhos, são permitidos em mesas de gente bem.
No boteco é o contrário. O palito é o que mantém aquele
bife a rolê do mostruário firme, enrolado na cenoura, e
ainda serve para retirar o fiapo que ficou entre os dentes.
O palito é também usado para passar o tempo no
jogo de porrinha, para tirar caraca de baixo da unha, riscar
a toalha de papel vegetal na mesa, até para segurar
guardanapo sobre o petisco, antes da mosca pousar. Se
nos restaurantes não se usa palito nem no banheiro com a
luz apagada, como ensinava Danuza Leão, nos bares eles
são insubstituíveis.
Outro elemento importante, que exige uma
técnica especial, é a cordinha da descarga do banheiro.
Boteco raiz não tem urinol preso na parede. As
necessidades são feitas num único lugar: a privada. Mas é
preciso dar descarga; e aí vem a dúvida: a cordinha para
liberar a água deve ser pega por onde? Na pontinha? Lá
em cima? No meio? Tudo encardido. Melhor usar papel
higiênico e puxar.
Por fim, uma regra básica: não reclame da
comida. Não se devolve prato por causa de um bife com
nervo ou fora do ponto, como em restaurante. O
substituto pode vir com sabor de vingança; ácido, amargo
e, às vezes, pegajoso.
PESTANA, Paulo. Boas maneiras no bar. Correio Braziliense, 31 de maio de
2023. Disponível em:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/boas-maneiras-nobar/. Acesso em: 18 jun. 2023.
Para o cronista, as regras de etiqueta nos bares servem
como “regras de armistício” porque:
Ano: 2023
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Provas:
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Auditor Municipal de Controle Interno
|
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Contador |
Q2212219
Português
Texto associado
TEXTO PARA A QUESTÃO.
Boas maneiras no bar
Paulo Pestana
Crônica
O ambiente dos botequins pode assustar aos
incautos, principalmente a quem torce o nariz para aquela
descontração toda. Mas é preciso compreender que ali –
incluindo a classe dos pés-sujos – também há uma
etiqueta, o que, conforme os franceses ensinaram, é
aquele conjunto de normas cerimoniais que controlam o
comportamento adequado a cada situação social. Coisa de
gente fina.
Não obedece aos mesmos parâmetros que as
moças de boa família encontravam no Socila, o mais
badalado curso de boas maneiras e elegância do país, que
hoje oferece até aulas via computador, prometendo 12
segredos infalíveis para causar boa impressão. Também
não chega ao nível de detalhamento do Jornal das Moças,
antiga publicação com artigos e dicas para as casadoiras.
A etiqueta do botequim é um conjunto de normas
que garante a boa convivência entre os frequentadores,
um povo eclético, difícil, cuja beligerância aumenta de
acordo com o esvaziamento dos copos. São, na prática,
regras de armistício.
Uma delas é o tratamento dispensado ao
atendente. Se for o proprietário, é preciso cuidado porque
normalmente são pessoas calejadas pelos chatos que são
atraídos como moscas na vitrine de petiscos. Esses calos
não engrossam apenas a pele, mas o caráter, o que muitas
vezes é confundido com grossura, mas outras é ignorância
pura mesmo.
Regra número um: não chame o atendente de
psiu. É ofensa grave. Faça como o pessoal do Skank: chame
de chefia, amigão, tio, brother, camarada – mas nunca de
“ô”, “pist”, ou qualquer outra onomatopeia. O mais
educado é perguntar o nome e tratá-lo por ele; é garantia
de bom atendimento, copo limpo e petisco intacto.
Outra norma importante vai na contramão da
etiqueta formal: o palito. O ato de esgaravatar os dentes
fez com que dentistas e dândis se unissem e formassem
uma liga contrária. E palitos, nem aqueles que vêm
embrulhadinhos, são permitidos em mesas de gente bem.
No boteco é o contrário. O palito é o que mantém aquele
bife a rolê do mostruário firme, enrolado na cenoura, e
ainda serve para retirar o fiapo que ficou entre os dentes.
O palito é também usado para passar o tempo no
jogo de porrinha, para tirar caraca de baixo da unha, riscar
a toalha de papel vegetal na mesa, até para segurar
guardanapo sobre o petisco, antes da mosca pousar. Se
nos restaurantes não se usa palito nem no banheiro com a
luz apagada, como ensinava Danuza Leão, nos bares eles
são insubstituíveis.
Outro elemento importante, que exige uma
técnica especial, é a cordinha da descarga do banheiro.
Boteco raiz não tem urinol preso na parede. As
necessidades são feitas num único lugar: a privada. Mas é
preciso dar descarga; e aí vem a dúvida: a cordinha para
liberar a água deve ser pega por onde? Na pontinha? Lá
em cima? No meio? Tudo encardido. Melhor usar papel
higiênico e puxar.
Por fim, uma regra básica: não reclame da
comida. Não se devolve prato por causa de um bife com
nervo ou fora do ponto, como em restaurante. O
substituto pode vir com sabor de vingança; ácido, amargo
e, às vezes, pegajoso.
PESTANA, Paulo. Boas maneiras no bar. Correio Braziliense, 31 de maio de
2023. Disponível em:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/boas-maneiras-nobar/. Acesso em: 18 jun. 2023.
No trecho “Não se devolve prato por causa de um bife com
nervo ou fora do ponto, como em restaurante. O
substituto pode vir com sabor de vingança [...]” (último
parágrafo), os períodos podem ser reunidos em somente
um por meio da inserção da seguinte conjunção:
Ano: 2023
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Provas:
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Auditor Municipal de Controle Interno
|
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Contador |
Q2212220
Português
Texto associado
TEXTO PARA A QUESTÃO.
Boas maneiras no bar
Paulo Pestana
Crônica
O ambiente dos botequins pode assustar aos
incautos, principalmente a quem torce o nariz para aquela
descontração toda. Mas é preciso compreender que ali –
incluindo a classe dos pés-sujos – também há uma
etiqueta, o que, conforme os franceses ensinaram, é
aquele conjunto de normas cerimoniais que controlam o
comportamento adequado a cada situação social. Coisa de
gente fina.
Não obedece aos mesmos parâmetros que as
moças de boa família encontravam no Socila, o mais
badalado curso de boas maneiras e elegância do país, que
hoje oferece até aulas via computador, prometendo 12
segredos infalíveis para causar boa impressão. Também
não chega ao nível de detalhamento do Jornal das Moças,
antiga publicação com artigos e dicas para as casadoiras.
A etiqueta do botequim é um conjunto de normas
que garante a boa convivência entre os frequentadores,
um povo eclético, difícil, cuja beligerância aumenta de
acordo com o esvaziamento dos copos. São, na prática,
regras de armistício.
Uma delas é o tratamento dispensado ao
atendente. Se for o proprietário, é preciso cuidado porque
normalmente são pessoas calejadas pelos chatos que são
atraídos como moscas na vitrine de petiscos. Esses calos
não engrossam apenas a pele, mas o caráter, o que muitas
vezes é confundido com grossura, mas outras é ignorância
pura mesmo.
Regra número um: não chame o atendente de
psiu. É ofensa grave. Faça como o pessoal do Skank: chame
de chefia, amigão, tio, brother, camarada – mas nunca de
“ô”, “pist”, ou qualquer outra onomatopeia. O mais
educado é perguntar o nome e tratá-lo por ele; é garantia
de bom atendimento, copo limpo e petisco intacto.
Outra norma importante vai na contramão da
etiqueta formal: o palito. O ato de esgaravatar os dentes
fez com que dentistas e dândis se unissem e formassem
uma liga contrária. E palitos, nem aqueles que vêm
embrulhadinhos, são permitidos em mesas de gente bem.
No boteco é o contrário. O palito é o que mantém aquele
bife a rolê do mostruário firme, enrolado na cenoura, e
ainda serve para retirar o fiapo que ficou entre os dentes.
O palito é também usado para passar o tempo no
jogo de porrinha, para tirar caraca de baixo da unha, riscar
a toalha de papel vegetal na mesa, até para segurar
guardanapo sobre o petisco, antes da mosca pousar. Se
nos restaurantes não se usa palito nem no banheiro com a
luz apagada, como ensinava Danuza Leão, nos bares eles
são insubstituíveis.
Outro elemento importante, que exige uma
técnica especial, é a cordinha da descarga do banheiro.
Boteco raiz não tem urinol preso na parede. As
necessidades são feitas num único lugar: a privada. Mas é
preciso dar descarga; e aí vem a dúvida: a cordinha para
liberar a água deve ser pega por onde? Na pontinha? Lá
em cima? No meio? Tudo encardido. Melhor usar papel
higiênico e puxar.
Por fim, uma regra básica: não reclame da
comida. Não se devolve prato por causa de um bife com
nervo ou fora do ponto, como em restaurante. O
substituto pode vir com sabor de vingança; ácido, amargo
e, às vezes, pegajoso.
PESTANA, Paulo. Boas maneiras no bar. Correio Braziliense, 31 de maio de
2023. Disponível em:
https://blogs.correiobraziliense.com.br/paulopestana/boas-maneiras-nobar/. Acesso em: 18 jun. 2023.
Analisando-se o contexto geral da crônica, percebe-se que
o autor:
Ano: 2023
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Provas:
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Auditor Municipal de Controle Interno
|
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Contador |
Q2212223
Português
Leia o texto a seguir.
“O que a inteligência artificial gera de fascínio, gera também de medo. Para Daniela Rus, que trabalha com essa tecnologia, o veredito depende de nós, humanos. [...] Rus reconhece que a comunidade que pesquisa a inteligência artificial ‘não entende todos os aspectos da tecnologia, mas está trabalhando muito para obter uma compreensão mais profunda e aprender sobre seus possíveis usos e obstáculos’. E afirma que há muitos que se dedicam ao desenvolvimento de ferramentas contra a desinformação e contra outras coisas que ‘podem dar errado com a inteligência artificial’.”
Quais são, respectivamente, as classes gramaticais a que pertencem as palavras grifadas no excerto acima, considerando o contexto em que foram empregadas?
3 áreas em que a inteligência artificial já está melhorando nossas vidas. BBC Brasil, 18 de junho de 2023. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/crgl4mx5nvno. Acesso em: 18 jun. 2023.
“O que a inteligência artificial gera de fascínio, gera também de medo. Para Daniela Rus, que trabalha com essa tecnologia, o veredito depende de nós, humanos. [...] Rus reconhece que a comunidade que pesquisa a inteligência artificial ‘não entende todos os aspectos da tecnologia, mas está trabalhando muito para obter uma compreensão mais profunda e aprender sobre seus possíveis usos e obstáculos’. E afirma que há muitos que se dedicam ao desenvolvimento de ferramentas contra a desinformação e contra outras coisas que ‘podem dar errado com a inteligência artificial’.”
Quais são, respectivamente, as classes gramaticais a que pertencem as palavras grifadas no excerto acima, considerando o contexto em que foram empregadas?
3 áreas em que a inteligência artificial já está melhorando nossas vidas. BBC Brasil, 18 de junho de 2023. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/crgl4mx5nvno. Acesso em: 18 jun. 2023.
Ano: 2023
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Rio Branco - AC
Provas:
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Auditor Municipal de Controle Interno
|
IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Contador |
Q2212226
Português
No texto a seguir, observe os conectivos grifados.
Em média, 30 motociclistas morrem em acidentes no trânsito no Brasil por dia. O número de mortes manteve-se estável entre 2011 (11.485 mortes em todo o país) e 2021 (11.115); a taxa de mortalidade também, próxima a 5,7 por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, nesse período aumentou em 55% a taxa de internação de motociclistas que sofreram acidentes no trânsito em hospitais da rede pública de saúde: de 3,9 por 10 mil habitantes em 2011 para 6,1 por 10 mil em 2021. Nesses 10 anos, o custo de serviços médicos e dias de trabalho perdidos passou de R$ 85 milhões para R$ 167 milhões. As principais causas dos acidentes são, da parte dos motociclistas, não usar capacete e dirigir alcoolizado ou em velocidade acima do recomendado, além de pavimentação defeituosa (buracos nas ruas), fiscalização deficiente e falta de planejamento urbano. Em compensação, segundo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), a taxa de mortalidade de ciclistas no Brasil caiu – de 7,91 por milhão de habitantes em 2006 para 1,8 por milhão em 2017 –, como resultado da instalação de mais ciclovias (Boletim Epidemiológico, 27 de abril; Ciência &Saúde Coletiva, 7 de abril).
MAIS motociclistas em hospitais. Pesquisa Fapesp, junho de 2023. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/mais-motociclistas-emhospitais/. Acesso em: 18 jun. 2023.
Esses conectivos em destaque conferem ao texto apresentado, respectivamente, as ideias:
Em média, 30 motociclistas morrem em acidentes no trânsito no Brasil por dia. O número de mortes manteve-se estável entre 2011 (11.485 mortes em todo o país) e 2021 (11.115); a taxa de mortalidade também, próxima a 5,7 por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, nesse período aumentou em 55% a taxa de internação de motociclistas que sofreram acidentes no trânsito em hospitais da rede pública de saúde: de 3,9 por 10 mil habitantes em 2011 para 6,1 por 10 mil em 2021. Nesses 10 anos, o custo de serviços médicos e dias de trabalho perdidos passou de R$ 85 milhões para R$ 167 milhões. As principais causas dos acidentes são, da parte dos motociclistas, não usar capacete e dirigir alcoolizado ou em velocidade acima do recomendado, além de pavimentação defeituosa (buracos nas ruas), fiscalização deficiente e falta de planejamento urbano. Em compensação, segundo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), a taxa de mortalidade de ciclistas no Brasil caiu – de 7,91 por milhão de habitantes em 2006 para 1,8 por milhão em 2017 –, como resultado da instalação de mais ciclovias (Boletim Epidemiológico, 27 de abril; Ciência &Saúde Coletiva, 7 de abril).
MAIS motociclistas em hospitais. Pesquisa Fapesp, junho de 2023. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/mais-motociclistas-emhospitais/. Acesso em: 18 jun. 2023.
Esses conectivos em destaque conferem ao texto apresentado, respectivamente, as ideias: