Questões de Concurso Público Prefeitura de Vitória - ES 2019 para Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa
Foram encontradas 9 questões
Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Provas:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Física
|
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica I – PEB I |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Ciências |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III - PEB III - Dinamizador de Educação Física |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Artística |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Geografia |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – História |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Inglesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III - Dinamizador de Artes |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Matemática |
Q1622570
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
ESTÁ GRIPADO
Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na
garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o
mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras
as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia
escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de
aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com
febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria
incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena
chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de
uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia
sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um
século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que
registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes;
conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto
tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe
conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e
todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois
de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a
nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá
embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a
bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse
porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem
peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de
apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não
passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a
gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula,
uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional
de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira
de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria,
abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no
coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo
tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus
gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que
encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a
batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado,
todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro:
Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.)
Para um adequado entendimento do texto, é importante que se observe o
ponto de vista ou foco narrativo. Em relação ao texto “Está gripado”, quanto
ao foco narrativo observa-se que:
Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Provas:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Física
|
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica I – PEB I |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Ciências |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III - PEB III - Dinamizador de Educação Física |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Artística |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Geografia |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – História |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Inglesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III - Dinamizador de Artes |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Matemática |
Q1622571
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
ESTÁ GRIPADO
Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na
garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o
mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras
as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia
escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de
aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com
febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria
incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena
chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de
uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia
sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um
século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que
registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes;
conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto
tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe
conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e
todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois
de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a
nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá
embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a
bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse
porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem
peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de
apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não
passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a
gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula,
uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional
de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira
de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria,
abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no
coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo
tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus
gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que
encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a
batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado,
todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro:
Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.)
“Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na
garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o
mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar.” (1º §) Analisando-se com atenção a estrutura sintática e semântica do período
transcrito acima, podem-se depreender, na ordem em que ocorrem, os
seguintes sentidos:
Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Provas:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Física
|
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica I – PEB I |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Ciências |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III - PEB III - Dinamizador de Educação Física |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Artística |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Geografia |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – História |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Inglesa |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III - Dinamizador de Artes |
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Matemática |
Q1622574
Português
Texto associado
Leia o texto abaixo e responda à questão proposta.
ESTÁ GRIPADO
Salta o primeiro espirro, mais outro, outro mais, com a picada leve na
garganta, e você corre à farmácia para tomar a injeção antigripal que o
mantenha de pé, pois você, como São Paulo, não pode parar. São inúmeras
as injeções cem por cento, você acaba deixando que o rapaz da farmácia
escolha em seu lugar a ampola mágica. Dói um pouco? Não é nada, tem de
aplicar mais duas, no fim de três dias você está é em posição horizontal, com
febrão, carece chamar o doutor. O seu caro doutor, que você não queria
incomodar, reservando-o para as trágicas ocasiões. E é realmente uma pena
chamá-lo, coitado: o bairro inteiro caiu doente, ele próprio convalesce de
uma rebordosa; e quem tratará do nosso velho clínico particular, essa joia
sem preço, que com paciência nos escuta, ausculta e perscruta há bem um
século, e sabe a nosso respeito muito mais do que nós mesmos, ele que
registrou na ficha: "Em outubro de 48 você teve uma micose danada...”?
Vem o doutor, com ele a vil prostração da gripe se recolhe por instantes;
conversa descansado, à cabeceira, lembra o pai que você perdeu há tanto
tempo; ninguém mais tem esse carinho ponderado com você, e dá-lhe
conselhos de vera ciência da vida:
— Olhe, procure se poupar. Faça como eu, que arranjei sítio em Petrópolis e
todo fim-de-semana ia para lá com livros de Medicina e de Literatura. Depois
de algum tempo, passei a levar só de Literatura. Afinal, nem isso. Estendiame na rede e ficava espiando o passarinho bicar uma fruta, a folha a cair, a
nuvem se desfazendo.
(O que ele não conta é que acabou deixando mesmo de ir ao sítio, e cá
embaixo assume a doença de todos, que não lhe dispensam a sabedoria e a
bondade).
Sai o doutor, volta o onímodo mal-estar, você fica meditando no vírus, esse
porcariinha tão mais sutil que o micróbio; o ambíguo vírus, nem carne nem
peixe, que chega a cristalizar no organismo, como os inquilinos de
apartamentos vendidos; o que se sabe de positivo a seu respeito é que não
passa de um refinado calhorda.
Entregue ao antibiótico de largo espectro, você deixa a gripe correr. Mas a
gripe não corre. Escorre, em fenômenos rinofaríngeos, como lá diz a bula,
uma das bulas, em seu estilo de discurso de recepção na Academia Nacional
de Medicina. Os calafrios até que dão prazer, passeando no corpo à maneira
de rajadas de brisa elétrica em excursão sideral, mas o resto é miséria,
abatimento, dores errantes, zoeira, pesos e pensamentos confusos, no
coração da noite que não passa nunca. E nem sequer você tem o consolo
tétrico de uma doença grave. Os familiares não levam muito a sério seus
gemidos e queixas. Você adquiriu um ar de grande bebê manhoso, que
encomprida o dodói para nunca mais voltar à escola. E quando, após a
batalha anti-histamínica, você sai à rua, ainda fantomático e desconjuntado,
todos os amigos se gabam de terem tido uma febre muito maior do que a sua
— ah, sem comparação.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro:
Livraria José Olympio Editora, 1978, p. 30-31.)
Observando-se o vocábulo “onímodo” (5º §) e comparando-o com os
vocábulos onipresente, onisciente, onívoro, onipotente, ônibus, etc., pode-se
depreender que o elemento inicial “oni-“ significa:
Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
Q1650344
Português
De acordo com o texto, estudar a sintaxe consiste não só
em analisar as relações entre os termos da oração ou do
período, como também no ter um bom conhecimento das
classes de palavras, e, ainda, em observar as implicações
semânticas e estilísticas do texto. Nesse sentido, das
afirmativas abaixo, aquela que NÃO se pode depreender
das orientações e informações contidas no texto é:
Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
Q1650346
Português
Texto associado
Leia o TEXTO 1 para responder à questão.
Estrutura da oração
O estudo da análise sintática é um dos pontos
fundamentais na formação de quem se pretende um
usuário competente de sua língua. Duas das habilidades
principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e
de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas
carreiras profissionais, mas também nossa vida como
cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas
compreender ou organizar palavras em frases e
parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a
partir do qual o pensamento e as pretensões
comunicativas do autor se apresentam para reflexão e
avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com
palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que
mantêm entre si um relacionamento interno de
concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da
oração, estudamos as relações que as palavras mantêm
entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito &
verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A
tradicional prática de exercícios voltados para o
reconhecimento da função sintática de um termo nem
sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se
pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se
encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou
seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto
sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não
se pode afirmar que determinado termo é o agente da
passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o
verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos
os termos da oração, pois cada um deles só tem a
classificação que tem porque possui uma relação com
outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por
isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com
o vocativo).
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica,
a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma
frase depende da sua estrutura e das sutilezas que
envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a
ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase
fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir
do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um
pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos
interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes
de palavras é fundamental para entender a estrutura de
uma oração e de um período. Lembremo-nos, por
exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e
advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões,
significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos
o verbo como elemento central da oração; o substantivo
como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento
periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um
determinante sobretudo dos verbos.
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido
nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para
o que se coloca diante do estudante de sintaxe.
Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência
discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de
que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível
com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim
julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência
da linguagem padrão praticada por escrito pela
comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para
o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.)
“A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a
semântica, a ciência do significado. (4º §)
As relações semânticas entre os constituintes da oração e
as orações do período exprimem variados sentidos e se
expressam por mecanismos que formam grande repertório
na língua. Uma das relações mais comuns, principalmente
em textos narrativos, é a relação entre causa e
consequência. Outra relação importante, principalmente
em textos argumentativos, é entre tese e argumento, ou
ainda, entre a conclusão e a explicação. Essas duas
relações se exprimem por mecanismos semelhantes, o que
pode levar a certa dificuldade de interpretação.
Dos períodos abaixo, aquele em que a 2ª oração tem valor
semântico de explicação, e não de causa, é: