Questões de Concurso Público Prefeitura de Presidente Kennedy - ES 2018 para Professor - Matemática
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2018
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Presidente Kennedy - ES
Prova:
IBADE - 2018 - Prefeitura de Presidente Kennedy - ES - Professor - Matemática |
Q1079442
Português
Texto associado
Texto 01
Na semana passada, um telejornal exibiu uma
matéria sobre a “ morte ” das lâmpadas
incandescentes. O (ótimo) texto do repórter
começava assim: “A velha e boa lâmpada
incandescente, mais velha do que boa...”. Hábil com
as palavras, o repórter desfez a igualdade que a
conjunção aditiva “e” estabelece entre “velha" e “boa”
e instituiu entre esses dois adjetivos uma relação de
comparação de superioridade, que não se dá da
forma costumeira, isto é, entre dois elementos (“A rua
X é mais velha do que a Y”, por exemplo), mas entre
duas qualidades (“velha" e “boa”) de um mesmo
elemento (a lâmpada incandescente). Ao dizer “mais
velha do que boa”, o repórter quis dizer que a tal
lâmpada já não é tão boa assim. Agora suponhamos
que a relação entre “velha” e “boa” se invertesse.
Como diria o repórter: “A velha e boa lâmpada
incandescente, mais boa do que velha...” ou “A velha
lâmpada incandescente, melhor do que velha...”?
Quem gosta de seguir os burros “corretores”
ortográficos dos computadores pode se dar mal. O
meu “corretor”, por exemplo, condena a forma “mais
boa do que velha” (o “mestre” grifa o par “mais boa”).
Quando escrevo “melhor do que boa”, o iluminado me
deixa em paz. E porque ele age assim? Por que, para
ele, não existe “mais bom”, “mais boa"; só existe
“melhor”.
NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo, 11 jul. 2013
Ao elaborar sua crítica, o autor do texto destacou a
relação de sentido entre os adjetivos femininos: velha
e boa, os quais projetam uma apreciação positiva à
palavra lâmpada. Nesse fluxo de adjetivações, ao
finalizar seu texto, faz referência à palavra “melhor”,
um adjetivo em seu grau de comparação de
superioridade. Sendo assim, dentre as alternativas a
seguir, assinale a opção em que a palavra em
destaque recebe a mesma classificação:
Ano: 2018
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Presidente Kennedy - ES
Provas:
IBADE - 2018 - Prefeitura de Presidente Kennedy - ES - Professor - Matemática
|
IBADE - 2018 - Prefeitura de Presidente Kennedy - ES - Professor - Ciências |
Q1079445
Português
Texto associado
Texto 02
Palavras, palavras, palavras
Criadas pelos humanos, as palavras são
suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas
mudam de significado, outras vão desbotando aos
poucos, e há as que morrem na inanição do silêncio.
Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante
de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar
na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata
e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as
que lá descansavam em paz. Em seus lugares
brotam novas, frescas e saltitantes, com significado
igual - ou quase. A língua é a mais genuína criação
coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das
palavras traduz as mudanças do mundo - na ciência
e tecnologia, na economia e política, nas leis e
religiões, no comércio e publicidade, no esporte e
comunicação, nos costumes e valores.
[...]
Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo.
Parece que a igualdade de direitos das mulheres
botou fora o bebê, a água do banho e a bacia. Lá se
foram também delicadeza e cordialidade: louvadas
no passado, antes de sumir viraram sinônimo de
perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata,
cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia
não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde,
boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas é
rara a cumplicidade entre casais.
[...]
Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os
gestos, intenções e atitudes que designam também
morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que
sociedade é essa que sepulta o cavalheirismo, a
delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente
é essa que enterra a honra? Que país é esse que
esvazia valores como educação e ética e faz da
cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito
e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o
dever e o sacrifício?
Criadas pelos homens, palavras são do humano.
Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou
morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer
da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras...
ARAÚJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de
Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010. Caderno Cultura, p. 8.
Adaptado.
A classe gramatical a que pertence a palavra
destacada em “Criadas pelos homens, palavras são
do humano. Intriga sejam justamente as que dizem o
mais humano do humano a perderem o sentido ou
morrerem. OU será que estamos perdendo o prazer
da convivência? [...]" é:
Ano: 2018
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Presidente Kennedy - ES
Provas:
IBADE - 2018 - Prefeitura de Presidente Kennedy - ES - Professor - Geografia
|
IBADE - 2018 - Prefeitura de Presidente Kennedy - ES - Professor - Matemática |
Q1079446
Português
Texto associado
Texto 02
Palavras, palavras, palavras
Criadas pelos humanos, as palavras são
suscetíveis ao tempo, como os humanos. Algumas
mudam de significado, outras vão desbotando aos
poucos, e há as que morrem na inanição do silêncio.
Ninguém mais chama o libertino de bilontra, a amante
de traviata ou o inocente de cândido. Depois de soar
na boca do povo e iluminar a escrita, bilontra, traviata
e cândido foram sepultadas nos dicionários junto as
que lá descansavam em paz. Em seus lugares
brotam novas, frescas e saltitantes, com significado
igual - ou quase. A língua é a mais genuína criação
coletiva, feita da contribuição anônima. O agito das
palavras traduz as mudanças do mundo - na ciência
e tecnologia, na economia e política, nas leis e
religiões, no comércio e publicidade, no esporte e
comunicação, nos costumes e valores.
[...]
Faz tempo não ouço a palavra cavalheirismo.
Parece que a igualdade de direitos das mulheres
botou fora o bebê, a água do banho e a bacia. Lá se
foram também delicadeza e cordialidade: louvadas
no passado, antes de sumir viraram sinônimo de
perda de tempo. Pessoa cordial passou a ser chata,
cheia de frescura, pé-no-saco, puxa-saco. Cortesia
não morreu, mas mudou: agora quer dizer brinde,
boca-livre, promoção! Crimes tem cúmplices, mas é
rara a cumplicidade entre casais.
[...]
Se as palavras morrem ou mudam de sentido, os
gestos, intenções e atitudes que designam também
morrem ou mudam de sentido. Cabe indagar: que
sociedade é essa que sepulta o cavalheirismo, a
delicadeza, a cordialidade e a compaixão? Que gente
é essa que enterra a honra? Que país é esse que
esvazia valores como educação e ética e faz da
cortesia um gesto interesseiro? Que confere respeito
e perdão aos poderosos e impõe aos destituídos o
dever e o sacrifício?
Criadas pelos homens, palavras são do humano.
Intriga sejam justamente as que dizem o mais humano do humano a perderem o sentido ou
morrerem. Ou será que estamos perdendo o prazer
da convivência? Ah, palavras, palavras, palavras...
ARAÚJO, Alcione. Palavras, palavras, palavras. Estado de
Minas, Belo Horizonte, 05 jul. 2010. Caderno Cultura, p. 8.
Adaptado.
O texto convida-nos a refletir acerca do sentido das
palavras, sobretudo, no contexto social. Explora-se
constantemente o sentido da palavra, a figuração de
linguagem, a relação semântica dos vocábulos.
Entretanto, fenômenos de base morfológica, como os
processos de formação das palavras, não são
apontados pela autora. Para isso, tomemos como
objeto as palavras “PUXA-SACO” e “PÉ-NO-SACO”,
utilizadas no texto. Nesse sentido, marque a
alternativa que corresponde, respectivamente, ao
processo de formação das palavras destacadas: