Questões de Concurso Público SEDUC-GO 2022 para Professor - Filosofia
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Resta-nos um único e simples método para alcançar os nossos intentos; levar os homens aos próprios fatos particulares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas.
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BACON, F. Novum organum, I, afor. XXXVI, com adaptações.
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Em conformidade com a mencionada citação, assinale a alternativa que apresenta o projeto filosófico de Francis Bacon.
Em outros termos, o espírito humano, por sua natureza, emprega sucessivamente, e em cada uma das suas investigações, três métodos de filosofar, cujo caráter é essencialmente diferente e mesmo radicalmente oposto: primeiro, o método teológico; em seguida, o método metafísico; finalmente, o método positivo.
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COMTE. Curso de filosofia positiva. 1a lição, II.
São Paulo: Abril Cultural, 1978, com adaptações.
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Com relação às informações do texto, assinale a alternativa correta.
É preciso partir de dados indubitáveis para, com base neles, construir depois o edifício filosófico. Em suma, procuram-se evidências estáveis para colocar como fundamento da filosofia: “sem evidência não há ciência”, dirá Husserl nas Pesquisas lógicas. Os limites da evidência apodítica representam os limites de nosso saber. Assim, é preciso buscar coisas manifestas, fenômenos tão evidentes que não possam ser negados.
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REALE, G.; ANTISSIERI, D. História da filosofia, 6: de Nietzsche à Escola
de Frankfurt. São Paulo: Paulus, 2005, com adaptações.
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Com base nessas informações e na fenomenologia de Husserl, assinale a alternativa correta.
O existencialismo é um humanismo trata-se de um texto escrito por Jean-Paul Sartre, que visa a defender sua filosofia das críticas que havia recebido. Uma delas é o uso indevido do termo existencialismo para designar pessoas, ações, situações etc. Em busca, então, de restabelecer o significado terminológico, Sartre explica o sentido da frase “a existência precede a essência”.
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No que tange ao existencialismo sartreano, assinale a alternativa correta.
Maquiavel subverte a abordagem tradicional da teoria política feita pelos gregos e medievais, e, por isso, é considerado o fundador da ciência política ao enveredar por caminhos “ainda não trilhados”, como ele mesmo diz.
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ARANHA, M.; ARRUDA, M. Introdução à filosofia.
São Paulo: Moderna, 2009, com adaptações.
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Em relação à nova abordagem, exposta no texto, conclui-se que a política de Maquiavel é
Existem oito regras a que a inferência silogística deve obedecer, e uma delas afirma que o termo médio deve aparecer somente nas premissas, e nunca na conclusão. Acerca desse tema, assinale a alternativa em que a regra citada foi atendida corretamente.
O marxismo permitiu compreender que os fatos humanos são instituições sociais e históricas produzidas não pelo espírito e pela vontade livre dos indivíduos, mas pelas condições objetivas nas quais a ação e o pensamento humano devem realizar-se.
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CHAUÍ, M. Iniciação à filosofia. São Paulo: Ática, 2010.
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A respeito do marxismo, assinale a alternativa correta.
Maquiavel, filósofo que viu a fragmentação da Itália, dividida em reinos, repúblicas, ducados e Igreja, escreveu, em 1513, a obra O príncipe. O objetivo de resolver os problemas de seu tempo conduziu o filósofo a uma nova concepção de política e de sociedade. Tal concepção rompe com a política tradicional.
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ARANHA, M.; ARRUDA, M. Introdução à filosofia.
São Paulo: Moderna, 2009, com adaptações.
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Assinale a alternativa que expressa corretamente o pensamento político de Maquiavel.
Eis por que considerarei de novo o que acreditava ser, antes de me empenhar nestes últimos pensamentos; e de minhas antigas opiniões suprimirei tudo o que pode ser combatido pelas razões que aleguei há pouco, de sorte que permaneça apenas precisamente o que é de todo indubitável. O que, pois, acreditava eu ser até aqui? Sem dificuldade, pensei que era um homem. Mas que é um homem?
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DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
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Esse excerto decorre de um processo investigativo que visa a encontrar o que promoveria a certeza acerca do ser do sujeito. Por isso, na Segunda Meditação, Descartes afirma que, apesar de se ter certeza de que se é, ainda é necessário investigar o que se é, uma vez que essa determinação impedirá que o sujeito se tome imprudentemente como sendo outra coisa. De acordo com o pensamento de Descartes, assinale a alternativa em que a indagação “Que é o homem?” é respondida corretamente.
John Locke, em Ensaio acerca do entendimento humano, intenta descobrir os elementos constitutivos do conhecimento humano, sua origem e formação. Sob essa intenção, o filósofo faz uma crítica ao inatismo. Tal crítica o leva a conceber o ser humano como uma tabula rasa. Quanto a essa concepção, assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa que apresenta um dos argumentos com os quais Locke refuta o inatismo.
Deus é inteligível, e inteligíveis são também os princípios das ciências; todavia, há notável diferença entre as duas coisas. Com efeito, tanto a terra como a luz são visíveis, mas a terra não pode ser vista se a luz não brilhar. Deve-se, portanto, crer que também os conhecimentos que são transmitidos nas ciências, e que todo aquele que é capaz de entender admite sem nenhuma dúvida serem verossímeis, não podem ser compreendidos se não forem iluminados por outra coisa, como por um sol deles. Portanto, como no sol natural, podemos observar três coisas: que existe, que resplandece e que ilumina, assim, naquele Deus escondido que queres conhecer, existem três outras coisas: que existe, que é inteligível e que torna inteligíveis todas as outras coisas.
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Agostinho, Solilóquios, 1, 8, 15. In: REALE, G.; ANTISIERI, D. História
da filosofia: patrística e escolástica. Volume 2. Tradução de Ivo Storniolo.
São Paulo: Paulus, 2003, p. 107, com adaptações.
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Com base em seus conhecimentos a respeito de Santo Agostinho e no excerto apresentado, no que se refere ao pensamento agostiniano, assinale a alternativa correta.
[...] sempre que a repetição de algum ato ou operação particular produz uma propensão de renovar o mesmo ato ou
operação sem que sejamos impelidos por qualquer raciocínio ou processo do entendimento, dizemos que essa propensão é efeito de um hábito.
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HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano.
São Paulo: Abril Cultural, 1984.
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Assinale a alternativa correspondente ao que Hume entende por hábito.
Na obra Lógica da investigação científica, Karl Popper afirma que o problema da demarcação é o “de encontrar um critério que nos permitiria distinguir entre as ciências empíricas de um lado, e a matemática e a lógica assim como os sistemas ‘metafísicos’, de outro lado”.
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À luz do problema apontado por Popper, ele rejeita a lógica indutiva justamente porque ela não proporciona um marco discriminador apropriado. Considerando essas informações, assinale a alternativa que apresenta o critério demarcatório defendido por Popper.
Carnap é extremamente claro: fora das expressões lógicas e matemática, que são apenas transformações tautológicas, não há fonte de conhecimento além da experiência: não existe nenhum juízo sintético a priori, nenhuma intuição, nenhuma visão eidética. As palavras só têm significado quando indicam algo de factual, e as afirmações só têm sentido quando expressam um possível estado de coisas; do contrário, no primeiro caso, temos um scheinbegriff (pseudoconceito) e, no segundo, uma scheinsatz (pseudoproposição).
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REALE, G.; ANTISSIERI, D. História da filosofia, 7: de Freud à
atualidade. São Paulo: Paulus, 2006, com adaptações.
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Um dos temas e problemas que surgiram na filosofia da ciência e na teoria do significado foi a caracterização do sentido dos termos empregados em uma linguagem científica. Carnap, ocupado com esse problema, dirige duras críticas à linguagem de algumas áreas de investigação filosófica. Acerca desse tema, é correto afirmar que Carnap dirige duras críticas à(s)
Segundo Kuhn, os cientistas recebem um paradigma da “ciência normal” e tentam articulá-lo, refinando suas teorias e leis, resolvendo vários enigmas e estabelecendo medições mais exatas de constantes. Mas, por fim, seus esforços podem gerar anomalias. Estas emergem só com dificuldade contra um fundo de expectativas criadas pelo paradigma. A acumulação de anomalias desencadeia uma crise que, às vezes, se resolve por meio de uma revolução que substitui o paradigma antigo por um novo.
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AUDI, R. Dicionário de filosofia. São Paulo: Paulus, 2006, com adaptações.
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No que tange ao pensamento científico de Kuhn, assinale a alternativa correta.
Os regimes totalitários, de acordo com Hannah Arendt, não consideram nenhum país como estrangeiro, mas como um potencial território seu. “E da ‘questão judaica’ serviram-se os nazistas para o seu escopo: ‘obrigando-os [os judeus] a deixar o Reich sem passaporte e sem dinheiro, se traduzia na realidade a lenda do hebreu errante; e obrigandoos a assumir um comportamento de hostilidade intransigente contra o Terceiro Reich, os nazistas aproveitavam o pretexto para imiscuir-se nos assuntos internos de qualquer país estrangeiro’.”
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REALE, G.; ANTISSIERI, D. História da filosofia, 6: de Nietzsche à escola
de Frankfurt. São Paulo: Paulus, 2005, com adaptações.
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Em conformidade com o texto e com o pensamento de Arendt, quanto à conquista do mundo todo, é correto afirmar que os campos de concentração
Em relação à diferença entre ciência e senso comum, assinale a alternativa correta.
Hegel introduz uma noção nova, a de que a razão é histórica, ou seja, a verdade é construída no tempo. Partindo da noção kantiana de que a consciência (ou o sujeito) interfere ativamente na construção da realidade, propõe o que se chama filosofia do devir, do ser como processo, como movimento, como vir-a-ser. Desse ponto de vista, o ser está em constante transformação, donde surge a necessidade de fundar uma lógica que não parta do princípio de identidade, que é estática, mas do princípio de contradição, para dar conta da dinâmica do real.
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ARANHA, M.; ARRUDA, M. Introdução à filosofia.
São Paulo: Moderna, 2009.
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Tendo em vista essas informações, assinale a alternativa que apresenta a nova lógica proposta por Hegel.
Na Summa contra gentiles, falando a propósito das verdades relativas a Deus, Tomás escreve: “há algumas verdades que superam todo poder da razão humana, como, por exemplo, a verdade de que Deus é uno e trino. Outras verdades podem ser pensadas pela razão natural, como, por exemplo, as verdades de que Deus existe, de que Deus é uno, e outras mais”.
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REALE, G.; ANTISIERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica.
Volume 2. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus, 2003.
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Com base no texto e em seus conhecimentos a respeito de Tomás de Aquino, assinale a alternativa correta.