Questões de Concurso Público Secretaria da Criança - DF 2015 para Especialista Socioeducativo - Serviço Social

Esse projeto foi construído a partir de uma visão meramente corporativa, buscando a defesa dos propósitos particulares dessa categoria profissional.

O Projeto Ético-Político do Serviço Social se sedimenta em fundamentos ontológicos marxistas, o que pressupõe a primazia da teoria sobre a prática.

Os elementos constitutivos do Projeto Ético-Político do Serviço Social são os princípios e os valores ético-políticos, a matriz teórica marxista, a luta de classes e a questão social.

No exercício profissional, as dificuldades para a materialização das diretrizes do Projeto Ético-Político são relativas ao próprio projeto, em função de ele contemplar princípios e valores humanísticos ideais.

O movimento latino-americano de oposição e resistência contra a dominação norte-americana, o combate à ditadura por parcela significativa de assistentes sociais e o Congresso da Virada de 1979 foram alguns dos acontecimentos históricos que contribuíram para a gestação do Projeto Ético-Político do Serviço Social.

A influência da igreja católica na gênese do serviço social brasileiro imprimiu a característica de apostolado à profissão e direcionou o tratamento da questão social como problema de cunho moral e religioso.

O serviço social, no Brasil, foi concebido para colaborar com o projeto de sociedade burguesa, em contexto histórico no qual havia cooperação entre as classes sociais e no qual o capitalismo mercantil estava consolidado.

As primeiras práticas profissionais dos assistentes sociais, no Brasil, eram caracterizadas por ações coercitivas e repressivas em relação aos valores e às condutas das classes trabalhadoras. Esses profissionais mantinham posicionamentos conservadores e de cunho humanístico, em uma perspectiva crítica de restauração e de integração desses sujeitos ao projeto burguês.

O serviço social surgiu e se legitimou, no Brasil, na década de 1920, para atender às demandas do Estado e do empresariado, com o apoio da igreja católica.

As diretrizes filosóficas que orientaram o emergente serviço social, no Brasil, foram fundamentadas na teoria neoliberal positivista, no tomismo e no neotomismo.

No exercício profissional, a função pedagógica realizada pelo assistente social caracteriza a sua atividade profissional como ação educativa, informativa e condicionante do modo de ser na sociabilidade burguesa.

No que se refere à gênese do serviço social, as práticas educativas realizadas pelos assistentes sociais tinham, predominantemente, o objetivo de garantir o controle das classes subalternas, para que elas se conformassem com o atendimento dos interesses da classe hegemônica e dos imperativos de produção e de reprodução da sociedade do capital.

Estudos a respeito das práticas educativas do assistente social apontam a existência de três eixos que as orientam: a ajuda, a solidariedade e a participação.

A prática pedagógica do assistente social, fundamentada na solidariedade indiferenciada, contribui para o fortalecimento dos processos decisórios e emancipatórios das classes subalternas.

A organização e a mobilização social constituem atividades privativas do assistente social e são expressões da dimensão pedagógica da profissão.