Questões de Concurso Público Prefeitura de Apodi - RN 2019 para Professor de Educação Física

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Q2033879 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
É propósito principal do texto tematizar
Alternativas
Q2033880 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
Em relação ao primeiro parágrafo, é correto afirmar: 
Alternativas
Q2033881 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
A vírgula está indicando trecho com função meramente explicativa em: 
Alternativas
Q2033882 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
Há elemento coesivo que pode ser substituído, sem prejuízo ao sentido da informação veiculada no texto, por mas em:
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Q2033883 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
Há um pronome que se refere ao leitor do texto em:
Alternativas
Q2033884 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a ocorrência do acento grave é justificada
Alternativas
Q2033885 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
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          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
O gênero discursivo que apresenta a mesma sequência textual dominante no primeiro parágrafo é:
Alternativas
Q2033886 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
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          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)

Considere o trecho:

    No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração considerada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.

A expressão que mantém uma relação de antonímia com a palavra em destaque é 

Alternativas
Q2033887 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)

Considere o período: 

Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende por todo nosso campo visual.


Nesse período, os trechos em destaque representam 

Alternativas
Q2033888 Português
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno deacidentes
Luciano Melo

          O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu carro e atravessar o cruzamento. Olhapara os lados que atravessará e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela viatransversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a outro a vigiar a pista quase livre. Finalmentenão avista mais nenhum veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de dirigir, mas, nomeio da travessia, ele é surpreendido por uma grave colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo.
          Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproximar. Presumo que vários dos leitores jápassaram por situação semelhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria a motocicleta, euo convido a assistir a um vídeo que existe sobre isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que derepente somem ou aparecem em uma cena.
          Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de perceber certas mudanças. Claro quenotamos muitas alterações à nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modificação nomomento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixamente para uma janela cheia de vasos de flores,poderemos assistir à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos da janela, justamenteno momento do tombo, é possível que nem notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira paramudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente entre uma olhada e outra.           No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por uma série de movimentos. Se essesmovimentos superam um limiar atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consideradadominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam o limiar não provocarão divergência da atençãoe serão ignoradas.
          Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de termos visão nítida, rica e bem detalhadado mundo que se estende por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não é limitada,mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo são. Não somos capazes de memorizar tudoinstantaneamente à nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa introspecção dagrandiosidade de nossa experiência visual confronta com nossas limitações perceptivas práticas e cria umavivência rica, porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um gradiente entre o que é reale o que se presume, algo que favorece os acidentes de trânsito.
           Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do texto se deu porque o motorista convergiusua atenção às partes centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam sob velocidade maisou menos previsível. Assim que o último carro passou, ficou fácil pressupor que o centro da pistapermaneceria vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As laterais da pista, locais em quemotocicletas geralmente trafegam, não tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava nopadrão esperado.
           O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e nossos cérebros têm que coletar e reteralguns deles para que possamos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobrevivência. Masessas informações são salpicadas, incompletas e mutáveis. Traçar uma linha que contextualize todos essesdados não é simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria armadilha para nós mesmos,pois por vezes um ponto que deveria ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. Eoutro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menosprezado, pois à primeira vista não atendeu a umpressuposto.
          Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de acidentes de carro.

Disponível em:. Acesso em: . Acesso em: 20 abr. 2019. (texto adaptado)
Há um a empregado com função de preposição em: 
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: D
4: B
5: C
6: D
7: C
8: D
9: A
10: B