Questões de Concurso Público FIOCRUZ 2016 para Assistente Técnico de Gestão em Saúde
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2016
Banca:
FIOCRUZ
Órgão:
FIOCRUZ
Prova:
FIOCRUZ - 2016 - FIOCRUZ - Assistente Técnico de Gestão em Saúde |
Q698445
Português
Texto associado
O FUTURO NO PASSADO
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado
se realizaram. O mundo se mudava do campo para as
cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse
o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o
automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar
carros que andam sobre faixas magnéticas nas
ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o
amor no banco de trás. As cidades não se transformaram
em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e
sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de
desiguais.
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides
de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica
que não poupam civis, mas não trouxe a democratização
da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram,
mas para o território da banalidade espetaculosa.
A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução
da informática não foi nem sonhada. As revoluções
na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do
câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a
do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do
espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”,
está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir
que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade
universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido
pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o
aquecimento global.
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam,
talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles
certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje
falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda
nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia
magnética e por fusão nuclear fria.
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá
a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a
ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais
as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio
no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos
nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao
irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle
cuisine chegou perto.” (2º §)
Das alterações feitas na redação do período acima, aquela
em que se modificou o sentido concessivo da oração
subordinada é
Ano: 2016
Banca:
FIOCRUZ
Órgão:
FIOCRUZ
Prova:
FIOCRUZ - 2016 - FIOCRUZ - Assistente Técnico de Gestão em Saúde |
Q698446
Português
Texto associado
O FUTURO NO PASSADO
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado
se realizaram. O mundo se mudava do campo para as
cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse
o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o
automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar
carros que andam sobre faixas magnéticas nas
ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o
amor no banco de trás. As cidades não se transformaram
em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e
sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de
desiguais.
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides
de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica
que não poupam civis, mas não trouxe a democratização
da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema
prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram,
mas para o território da banalidade espetaculosa.
A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução
da informática não foi nem sonhada. As revoluções
na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do
câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a
do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do
espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”,
está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir
que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade
universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido
pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o
aquecimento global.
3 Mas assim como os videntes otimistas falharam,
talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles
certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje
falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda
nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia
magnética e por fusão nuclear fria.
4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá
a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a
ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais
as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio
no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos
nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao
irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca
antes sonhados, mais leigo fica o leigo.” (4º §)
No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se
numa correlação sintática “quanto mais ... mais” de sentido:
Ano: 2016
Banca:
FIOCRUZ
Órgão:
FIOCRUZ
Prova:
FIOCRUZ - 2016 - FIOCRUZ - Assistente Técnico de Gestão em Saúde |
Q698452
Português
Texto associado
A FEBRE ZIKA
1 A febre Zika é uma doença viral transmitida por
mosquitos do gênero Aedes. Ela apresenta sintomas
parecidos com os da dengue, porém mais brandos.
2 Mosquitos são insetos relacionados com a transmissão
de várias doenças. Os do gênero Aedes, por
exemplo, são responsáveis, no Brasil, pela transmissão
da dengue, febre amarela, febre Chikungunya e, mais
recentemente, pela febre Zika.
3 A febre Zika é causada pelo vírus Zika (ZIKAV),
que possui como vetor o mosquito do gênero Aedes,
tais como o A. Aegypti e o A. Albopicuts. Alguns estudos
também sugerem a transmissão por relação sexual e de maneira perinatal (da mãe para o bebê). O ZIKAV é um
tipo de flavivírus da família Flaviviridae que foi isolado pela
primeira vez em 1947, em Uganda, por pesquisadores que
estudavam macacos da floresta de Zika (daí o nome da
doença).
4 Os primeiros casos do vírus em humanos foram
registrados em 1960, e o primeiro grande surto ocorreu em
2007, na Micronésia. No Brasil, o primeiro registro ocorreu
em 2015, na Bahia, e foi identificado por pesquisadores da
Universidade Federal da Bahia após um grande surto de
uma “doença misteriosa”. Segundo esses pesquisadores, o
vírus da febre Zika chegou ao país, provavelmente, durante
a Copa do Mundo de Futebol em 2014, uma vez que não
havia registros da doença na América Latina.
5 A doença desencadeia sintomas semelhantes aos
da dengue, porém mais brandos. Normalmente a pessoa
com a febre Zika apresenta febre moderada, dores no
corpo, na cabeça e nas articulações; diarreia, conjuntivite
não purulenta, manchas e erupções pelo corpo e prurido.
Esses últimos sintomas fazem com que a doença
seja confundida com outros problemas de saúde, como
alergias. Alguns estudos recentes demonstraram ainda a
relação da doença com o desenvolvimento da Síndrome
Guillain-Barré, um problema neurológico que pode causar
paralisia. Além disso, o vírus Zika apresenta relação direta
com casos de microcefalia.
6 Não existe tratamento específico para a doença,
mas os sintomas podem ser amenizados com alguns tipos
de medicamentos. Até o momento, os remédios mais recomendados
para tratar os sintomas são o paracetamol,
para febres e dores, e anti-histamínicos, para diminuir as
coceiras. Não existem vacinas para evitar a febre Zika.
7 De uma maneira geral, a doença dura em média
12 dias e não apresenta complicações. O nosso sistema
imunológico é o único responsável por derrotar o vírus.
Apesar de ser uma doença leve, é importante procurar
um médico para confirmação do diagnóstico, uma vez
que seus sintomas são semelhantes aos da dengue e da
Chikungunya.
8 Em virtude das semelhanças dos sintomas com os
de outras enfermidades, o diagnóstico clínico da febre Zika
é um desafio. Até o momento, o método mais recomendado
para identificar o vírus é o RT-PCR (Reverse Transcriptase
Chain Reaction), uma técnica muito útil para estudar a
expressão gênica.
9 Assim como as outras doenças transmitidas pelo
mosquito do gênero Aedes, a melhor forma de proteger-se
é evitar a proliferação desses vetores. Assim sendo, não
deixe expostos recipientes que podem acumular água e
faça a limpeza frequente de locais que reservam água,
como as caixas d’água.
(http://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-zika.htm)
“Os primeiros casos do vírus em humanos foram
registrados em 1960, e o primeiro grande surto ocorreu
em 2007, na Micronésia.” (4º §)
No trecho acima, a ocorrência da vírgula antes da conjunção “e” se justifica pelo fato de a oração coordenada aditiva: