Questões de Concurso Público FIOCRUZ 2016 para Assistente Técnico de Gestão em Saúde

Foram encontradas 7 questões

Q698443 Português
O FUTURO NO PASSADO
1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas” (1º §). Na concordância verbal da 1ª oração acima, o autor optou por uma norma mais comum à modalidade informal da língua: indeterminou o sujeito da oração, em vez de concordar o verbo com o sujeito “carros”. Das frases abaixo, todas com estrutura semelhante à transcrita acima, aquela em que a concordância verbal está INCORRETA, de acordo com a norma culta da língua, é:
Alternativas
Q698445 Português
O FUTURO NO PASSADO
1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto.” (2º §) Das alterações feitas na redação do período acima, aquela em que se modificou o sentido concessivo da oração subordinada é
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Q698446 Português
O FUTURO NO PASSADO
1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo.” (4º §) No período transcrito acima, as duas orações estruturam-se numa correlação sintática “quanto mais ... mais” de sentido:
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Q698447 Português
O FUTURO NO PASSADO
1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.
(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis” (2º §). Abaixo foram feitas alterações na redação da oração adjetiva do período transcrito acima. Das alterações, aquela em que o emprego do pronome relativo está INCORRETO, pelas normas da língua culta, é:
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Q698452 Português
A FEBRE ZIKA
1   A febre Zika é uma doença viral transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Ela apresenta sintomas parecidos com os da dengue, porém mais brandos.
2  Mosquitos são insetos relacionados com a transmissão de várias doenças. Os do gênero Aedes, por exemplo, são responsáveis, no Brasil, pela transmissão da dengue, febre amarela, febre Chikungunya e, mais recentemente, pela febre Zika.
3  A febre Zika é causada pelo vírus Zika (ZIKAV), que possui como vetor o mosquito do gênero Aedes, tais como o A. Aegypti e o A. Albopicuts. Alguns estudos também sugerem a transmissão por relação sexual e de maneira perinatal (da mãe para o bebê). O ZIKAV é um tipo de flavivírus da família Flaviviridae que foi isolado pela primeira vez em 1947, em Uganda, por pesquisadores que estudavam macacos da floresta de Zika (daí o nome da doença).
4  Os primeiros casos do vírus em humanos foram registrados em 1960, e o primeiro grande surto ocorreu em 2007, na Micronésia. No Brasil, o primeiro registro ocorreu em 2015, na Bahia, e foi identificado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia após um grande surto de uma “doença misteriosa”. Segundo esses pesquisadores, o vírus da febre Zika chegou ao país, provavelmente, durante a Copa do Mundo de Futebol em 2014, uma vez que não havia registros da doença na América Latina.
5  A doença desencadeia sintomas semelhantes aos da dengue, porém mais brandos. Normalmente a pessoa com a febre Zika apresenta febre moderada, dores no corpo, na cabeça e nas articulações; diarreia, conjuntivite não purulenta, manchas e erupções pelo corpo e prurido. Esses últimos sintomas fazem com que a doença seja confundida com outros problemas de saúde, como alergias. Alguns estudos recentes demonstraram ainda a relação da doença com o desenvolvimento da Síndrome Guillain-Barré, um problema neurológico que pode causar paralisia. Além disso, o vírus Zika apresenta relação direta com casos de microcefalia.
6  Não existe tratamento específico para a doença, mas os sintomas podem ser amenizados com alguns tipos de medicamentos. Até o momento, os remédios mais recomendados para tratar os sintomas são o paracetamol, para febres e dores, e anti-histamínicos, para diminuir as coceiras. Não existem vacinas para evitar a febre Zika.
7  De uma maneira geral, a doença dura em média 12 dias e não apresenta complicações. O nosso sistema imunológico é o único responsável por derrotar o vírus. Apesar de ser uma doença leve, é importante procurar um médico para confirmação do diagnóstico, uma vez que seus sintomas são semelhantes aos da dengue e da Chikungunya.
8  Em virtude das semelhanças dos sintomas com os de outras enfermidades, o diagnóstico clínico da febre Zika é um desafio. Até o momento, o método mais recomendado para identificar o vírus é o RT-PCR (Reverse Transcriptase Chain Reaction), uma técnica muito útil para estudar a expressão gênica.
9  Assim como as outras doenças transmitidas pelo mosquito do gênero Aedes, a melhor forma de proteger-se é evitar a proliferação desses vetores. Assim sendo, não deixe expostos recipientes que podem acumular água e faça a limpeza frequente de locais que reservam água, como as caixas d’água.
(http://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-zika.htm)
“Os primeiros casos do vírus em humanos foram registrados em 1960, e o primeiro grande surto ocorreu em 2007, na Micronésia.” (4º §) No trecho acima, a ocorrência da vírgula antes da conjunção “e” se justifica pelo fato de a oração coordenada aditiva:
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: B
4: A
5: C