Questões de Concurso Público Prefeitura de São José dos Campos - SP 2023 para Professor II - História
Foram encontradas 5 questões
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Prova:
FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História |
Q2344295
História
“No decorrer dos séculos, tanto na literatura quanto em registos
históricos, as narrativas generalizam a participação do originário
como “índio”, colaborando para afirmar a sua nãocontemporaneidade, como se fossem um todo homogêneo, iguais
entre si e fazendo parte apenas do passado. As abordagens, feitas
a partir desses materiais, levaram a concluir que os Povos
Originários não fazem parte da sociedade e que essas relações só
se efetivaram na época da chegada dos colonizadores ao Brasil.
Diante dessas realidades, atualmente, a voz originária ecoa forte e
lúcida. E sua escrita torna-se a possibilidade de legitimação de sua
narrativa ancestral.”
(Boacé Uchô: a História está na trilha. Narrativas e memórias do povo Puri da Serra da Mantiqueira. Rio de Janeiro: Pachamama, 2020, p. 23)
Tendo como referência o texto acima, é correto afirmar que a escrita sobre os povos originários foi pautada por uma narrativa de
(Boacé Uchô: a História está na trilha. Narrativas e memórias do povo Puri da Serra da Mantiqueira. Rio de Janeiro: Pachamama, 2020, p. 23)
Tendo como referência o texto acima, é correto afirmar que a escrita sobre os povos originários foi pautada por uma narrativa de
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Prova:
FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História |
Q2344299
História
“O grande passo dado nos últimos anos para o conhecimento da
América lusa dos séculos XVII e XVIII foi o de reconhecer a nossa
ignorância sobre os mesmos séculos. Afinal, foi com muito custo e
depois de bastante tempo que percebemos que a América não era
um simples canavial, habitado por prepostos do capital mercantil
e semoventes (escravos), conectado à humanidade apenas por
rotas comerciais.”
(FRAGOSO, João; GUEDES, Roberto; KRAUSE, Thiago. América portuguesa e os sistemas atlânticos na Época moderna: monarquia pluricontinental e Antigo Regime. Rio de Janeiro: FGV, 2013).
O autor faz um balanço da produção historiográfica sobre a História colonial da América portuguesa. A hipótese central da antiga produção historiográfica sobre a América lusa, contestada pelas investigações mais recentes, é explicitada na ideia de
(FRAGOSO, João; GUEDES, Roberto; KRAUSE, Thiago. América portuguesa e os sistemas atlânticos na Época moderna: monarquia pluricontinental e Antigo Regime. Rio de Janeiro: FGV, 2013).
O autor faz um balanço da produção historiográfica sobre a História colonial da América portuguesa. A hipótese central da antiga produção historiográfica sobre a América lusa, contestada pelas investigações mais recentes, é explicitada na ideia de
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Prova:
FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História |
Q2344300
História
“Ora, não há dúvida de que os índios foram atores políticos
importantes de sua própria história e de que, nos interstícios da
política indigenista, se vislumbra algo do que foi a política
indígena. Sabe-se que as potências metropolitanas perceberam
desde cedo as potencialidades estratégicas das inimizades entre
grupos indígenas: no século XVI, os franceses e os portugueses em
guerra aliaram-se respectivamente aos Tamoios e aos Tupiniquins
(Fausto in Carneiro da Cunha [org.] 1992); e no século XVII os
holandeses pela primeira vez se aliaram a grupos ‘tapuias” contra
os portugueses (Dantas, Sampaio, e Carvalho in Carneiro da Cunha
[org] 1992). No século XIX, os Munduruku foram usados para
‘desinfestar’ o Madeira de grupos hostis e os Krahô, no Tocantis,
para combater outras etnias Jê.”
(CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: História, direitos e cidadania. São Paulo: Claroenigma, 2012. p. 23)
Entre o impacto da política indígena metropolitana e as iniciativas dos povos originários, há ainda amplo campo de estudos sobre o protagonismo indígena em sua relação com o colonizador.
Nesse sentido, a abordagem historiográfica que pode melhor contribuir para esses estudos é a história
(CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: História, direitos e cidadania. São Paulo: Claroenigma, 2012. p. 23)
Entre o impacto da política indígena metropolitana e as iniciativas dos povos originários, há ainda amplo campo de estudos sobre o protagonismo indígena em sua relação com o colonizador.
Nesse sentido, a abordagem historiográfica que pode melhor contribuir para esses estudos é a história
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Prova:
FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História |
Q2344301
História
“A princesa Isabel, diziam as narrativas, era abolicionista,
inteligente, caridosa, humana, gentil e muito generosa. No
entanto, identifiquei, anos depois, por meio de múltiplas leituras,
que ela não “acolheu” dignamente os negros livres. Não havia
tanto transbordamento de bondade em seu ato. Foi antes de tudo
um ato político, a favor de uma situação que já havia se tornado
insustentável. Ela não ofereceu, junto com a assinatura da Lei
Áurea, um plano de futuro para a população liberta naquele
momento. Ela era o poder e, caso desejasse, poderia ter feito
diferente. Este fato evidencia a falta de empatia dela em relação
aos seres humanos negros. Depois dessas múltiplas leituras,
entendi o contexto histórico do período pós-abolição e percebi o
quanto o caminho dos negros libertos poderia ter sido diferente.
Toda ode à princesa Isabel, construída pela escola em que estudei,
e que morava dentro do meu peito, desabou como um castelo de
cartas.”
(ROSA, Sonia. Reflexão antirracista de bolso: conversa preta: diálogos sobre racismo nas convivências por meio da educação e da literatura. São Paulo: Arco 43, 2022. p. 49)
Com base no texto, podemos dizer que a concepção de História que marcou o ensino da disciplina é a
(ROSA, Sonia. Reflexão antirracista de bolso: conversa preta: diálogos sobre racismo nas convivências por meio da educação e da literatura. São Paulo: Arco 43, 2022. p. 49)
Com base no texto, podemos dizer que a concepção de História que marcou o ensino da disciplina é a
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de São José dos Campos - SP
Prova:
FGV - 2023 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História |
Q2344321
História
“A influência da expansão das ideias fascistas europeias faz da
década de 30 no Brasil um período de ascensão de ideias radicais
de direita. Este fato se constata pela presença nas livrarias de uma
abundante literatura sobre o fascismo italiano e o novo Estado
português. A publicação, neste período, de uma série de livros
analisando a situação política brasileira numa perspectiva
antiliberal, bem como o aparecimento de várias revistas e
movimentos ideológicos de orientação política fascista,
monarquista ou corporativista, comprovam a receptividade das
ideias autoritárias na década de 1930.”
(TRINDADE, Helgio. Integralismo: o fascismo brasileiro na década de 1930. São Paul, Rio de Janeiro: DIFEL, 1979. p. 97).
Para analisar o fenômeno político da ascensão do fascismo no Brasil dos anos 1930, deve-se considerar as mutações intelectuais na Primeira República que se explicitam a partir
(TRINDADE, Helgio. Integralismo: o fascismo brasileiro na década de 1930. São Paul, Rio de Janeiro: DIFEL, 1979. p. 97).
Para analisar o fenômeno político da ascensão do fascismo no Brasil dos anos 1930, deve-se considerar as mutações intelectuais na Primeira República que se explicitam a partir