Questões de Concurso Público SME - SP 2016 para Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Sociologia
Foram encontradas 4 questões
Ano: 2016
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2016 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Sociologia |
Q744889
Sociologia
“Onde acaba a natureza? Onde começa a cultura? Nenhuma
análise real permite apreender o ponto de passagem entre os
fatos da natureza e os fatos da cultura, e reconhecer o
mecanismo da articulação entre eles. Mas, com a presença ou a
ausência da regra nos comportamentos não sujeitos às
determinações instintivas, a análise nos forneceu o critério mais
válido para reconhecer as atitudes sociais.
Em toda parte onde se manifesta uma regra, nós sabemos com
certeza de estar no plano da cultura. Simetricamente, é fácil
reconhecer no universal o critério da natureza: de fato, tudo o que
é constante em todos os homens escapa necessariamente ao
domínio dos costumes, das técnicas e das instituições que
diferenciam e opõem os grupos. Estabeleçamos, pois, que tudo
quanto é universal no homem pertence à ordem da natureza e é
caracterizado pela espontaneidade, e que tudo quanto está
assujeitado a uma norma pertence à cultura e apresenta os
atributos do relativo e do particular.”
(Adaptado de Claude Lévi-Strauss.
As estruturas elementares de parentesco, 1949.)
A passagem do “estado de natureza” para o “estado de
sociedade” é
Ano: 2016
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2016 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Sociologia |
Q744890
Sociologia
Analise os fragmentos a seguir.
“Amigos, aí é que está: - o sujeito que quiser conhecer o Brasil terá que olhar o escrete. Não há nada mais Brasil do que Pelé. E repito: - todo o Brasil estava no goal que Pelé marcou, de cacetada, contra o País de Gales. Também a desgraça venta no futebol. Pior do que Canudos foi a vergonha épica de 50. No Maracanã inaugurado, o uruguaio Obdulio Varela venceu, no palavrão, o escrete e toda a nação.” (Nelson Rodrigues. O Brasil em campo. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2012, p. 14.) “Evidentemente, existe “verdade” na literatura, mas é a verdade da literatura – da mesma forma que existe uma verdade da ciência, embora ela só possa ser a verdade da ciência. Em ambos os casos, as verdades de que estamos falando afirmam seu valor de verdade porque seguiram fielmente o código de procedimento prescrito. Não é uma questão de marcar pontos na mesma liga dos que se dedicam à busca da verdade, mas de competir em diferentes ligas para ganhar diferentes troféus. Em última instância, é a compreensão que cada um tem da vocação sociológica que determina sua escolha, e não a superioridade intrínseca de rivais e competidores na mesma corrida e na mesma pista.” (Zygmunt Bauman. Para que serve a sociologia? Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 30-31) Com base nos trechos citados, sobre o uso sociológico da metáfora literária do Brasil como país do futebol, analise as afirmativas a seguir.
I. Tanto a sociologia quanto a literatura interpretam o futebol como fenômeno social, capaz de gerar identidade e mobilizar sentimentos e ações coletivas. II. Para a literatura e a sociologia, na sociedade brasileira o futebol extrapola a dimensão esportiva e está associado ao imaginário coletivo. III. Literatura e sociologia se aproximam na tentativa de explicar a realidade social captando aspectos materiais e simbólicos do cotidiano.
Está correto o que se afirma em
“Amigos, aí é que está: - o sujeito que quiser conhecer o Brasil terá que olhar o escrete. Não há nada mais Brasil do que Pelé. E repito: - todo o Brasil estava no goal que Pelé marcou, de cacetada, contra o País de Gales. Também a desgraça venta no futebol. Pior do que Canudos foi a vergonha épica de 50. No Maracanã inaugurado, o uruguaio Obdulio Varela venceu, no palavrão, o escrete e toda a nação.” (Nelson Rodrigues. O Brasil em campo. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2012, p. 14.) “Evidentemente, existe “verdade” na literatura, mas é a verdade da literatura – da mesma forma que existe uma verdade da ciência, embora ela só possa ser a verdade da ciência. Em ambos os casos, as verdades de que estamos falando afirmam seu valor de verdade porque seguiram fielmente o código de procedimento prescrito. Não é uma questão de marcar pontos na mesma liga dos que se dedicam à busca da verdade, mas de competir em diferentes ligas para ganhar diferentes troféus. Em última instância, é a compreensão que cada um tem da vocação sociológica que determina sua escolha, e não a superioridade intrínseca de rivais e competidores na mesma corrida e na mesma pista.” (Zygmunt Bauman. Para que serve a sociologia? Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 30-31) Com base nos trechos citados, sobre o uso sociológico da metáfora literária do Brasil como país do futebol, analise as afirmativas a seguir.
I. Tanto a sociologia quanto a literatura interpretam o futebol como fenômeno social, capaz de gerar identidade e mobilizar sentimentos e ações coletivas. II. Para a literatura e a sociologia, na sociedade brasileira o futebol extrapola a dimensão esportiva e está associado ao imaginário coletivo. III. Literatura e sociologia se aproximam na tentativa de explicar a realidade social captando aspectos materiais e simbólicos do cotidiano.
Está correto o que se afirma em
Ano: 2016
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2016 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Sociologia |
Q744893
Sociologia
“Um sistema de disposições duráveis e transponíveis que,
integrando todas as experiências passadas, funciona a cada
momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de
ações – e torna possível a realização de tarefas infinitamente
diferenciadas, graças às transferências analógicas de esquemas”.
A definição acima se refere ao conceito sociológico de
A definição acima se refere ao conceito sociológico de
Ano: 2016
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2016 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Sociologia |
Q744894
Sociologia
“Na sociedade aristocrática de corte, a vida sexual era por certo
muito mais escondida do que na sociedade medieval. O que o
observador de uma sociedade industrializada-burguesa amiúde
interpreta como ‘frivolidade’ da sociedade de corte nada mais é
do que essa orientação rumo à privacidade. Não obstante,
medidos pelo padrão de controle dos impulsos na própria
sociedade burguesa, o ocultamento e a segregação da
sexualidade na vida social, tanto quanto na consciência, foram
relativamente sem importância nessa fase. Aqui, também, o
julgamento de fases posteriores é com frequência induzido em
erro porque os padrões, da pessoa que julga e da aristocracia de
corte, são considerados como absolutos e não como opostos
inseparáveis, e também porque o padrão próprio é utilizado como
medida de todos os demais.”
(ELIAS, N. O Processo Civilizador: Uma história dos costumes.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994, v. 1, p. 178.)
Em O Processo Civilizador, Norbert Elias analisa a história dos
costumes, buscando compreender o curso das transformações
gerais da sociedade ocidental que, na longa duração,
contribuíram para um processo civilizatório.
A esse respeito, com base no fragmento acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O autor examina a dinâmica civilizadora, entendida como as reações dos indivíduos às condições materiais de vida. ( ) O autor estuda os processos de naturalização de hábitos e costumes, como os processos de controle das emoções individuais. ( ) O autor identifica representações sociais e hábitos analisando o processo cognitivo pelo qual lhe são atribuídos significados.
As afirmativas são, respectivamente,
A esse respeito, com base no fragmento acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) O autor examina a dinâmica civilizadora, entendida como as reações dos indivíduos às condições materiais de vida. ( ) O autor estuda os processos de naturalização de hábitos e costumes, como os processos de controle das emoções individuais. ( ) O autor identifica representações sociais e hábitos analisando o processo cognitivo pelo qual lhe são atribuídos significados.
As afirmativas são, respectivamente,