Questões de Concurso Público Copergás - PE 2023 para Engenheiro Eletricista
Foram encontradas 5 questões
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
Copergás - PE
Provas:
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Administrador
|
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Contador |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Economista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Eletricista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Mecânico |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Civil |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Petróleo e Gás |
Q2155133
Português
Texto associado
Para responder à questão, leia o texto abaixo.
O escritor Joseph Conrad morreu em 3 de agosto de 1924, em sua casa de campo de Bishopsbourne, próximo a Canterbury.
Tinha 66 anos, vinte dos quais passou navegando e outros trinta escrevendo.
Conrad viveu num período de transição do capitalismo e do colonialismo britânico: a passagem da navegação a vela para a
era do vapor. O seu mundo heroico é a civilização dos veleiros dos pequenos armadores, um mundo de clareza racional, de disciplina
no trabalho, de coragem e dever contrapostos ao mesquinho espírito de lucro. A nova linguagem do mar, dos navios a vapor das
grandes companhias, lhe parece sórdida e vil. Assim, quem ainda sonha com as antigas virtudes torna-se quixotesco ou se rende,
arrastado para o outro polo da humanidade: os dejetos humanos, os agentes comerciais sem escrúpulos, os burocratas coloniais”,
que Conrad contrapõe aos velhos comerciantes-aventureiros, românticos, como o seu personagem Tom Lingard. Naquele ambiente
que frequentemente perpassa as páginas conradianas, a confiança nas forças do homem jamais desaparece.
Mesmo distante de qualquer rigor filosófico, Conrad intuiu o momento crucial do pensamento burguês em que o otimismo
racional perdia as últimas ilusões e uma erupção de irracionalismos e misticismos ganhava terreno. Conrad via o universo como algo
obscuro e inimigo, mas a ele contrapunha as forças do homem, sua ordem moral e coragem. Perante uma avalanche caótica que lhe
vinha em cima, uma concepção do mundo repleta de mistérios e desesperos, o humanismo ateu de Conrad resiste e finca os pés. Foi
um reacionário irredutível, mas hoje a sua lição só pode ser captada plenamente por quem reconhece a própria nobreza no trabalho,
por quem sabe que aquele princípio de fidelidade que Conrad prezava sobremaneira não pode estar dirigido só para o passado.
(Adaptado de: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, edição eletrônica)
Segundo Ítalo Calvino, para Joseph Conrad o progresso técnico
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
Copergás - PE
Provas:
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Administrador
|
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Contador |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Economista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Eletricista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Mecânico |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Civil |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Petróleo e Gás |
Q2155137
Português
Texto associado
Para responder à questão, leia o texto abaixo.
O escritor Joseph Conrad morreu em 3 de agosto de 1924, em sua casa de campo de Bishopsbourne, próximo a Canterbury.
Tinha 66 anos, vinte dos quais passou navegando e outros trinta escrevendo.
Conrad viveu num período de transição do capitalismo e do colonialismo britânico: a passagem da navegação a vela para a
era do vapor. O seu mundo heroico é a civilização dos veleiros dos pequenos armadores, um mundo de clareza racional, de disciplina
no trabalho, de coragem e dever contrapostos ao mesquinho espírito de lucro. A nova linguagem do mar, dos navios a vapor das
grandes companhias, lhe parece sórdida e vil. Assim, quem ainda sonha com as antigas virtudes torna-se quixotesco ou se rende,
arrastado para o outro polo da humanidade: os dejetos humanos, os agentes comerciais sem escrúpulos, os burocratas coloniais”,
que Conrad contrapõe aos velhos comerciantes-aventureiros, românticos, como o seu personagem Tom Lingard. Naquele ambiente
que frequentemente perpassa as páginas conradianas, a confiança nas forças do homem jamais desaparece.
Mesmo distante de qualquer rigor filosófico, Conrad intuiu o momento crucial do pensamento burguês em que o otimismo
racional perdia as últimas ilusões e uma erupção de irracionalismos e misticismos ganhava terreno. Conrad via o universo como algo
obscuro e inimigo, mas a ele contrapunha as forças do homem, sua ordem moral e coragem. Perante uma avalanche caótica que lhe
vinha em cima, uma concepção do mundo repleta de mistérios e desesperos, o humanismo ateu de Conrad resiste e finca os pés. Foi
um reacionário irredutível, mas hoje a sua lição só pode ser captada plenamente por quem reconhece a própria nobreza no trabalho,
por quem sabe que aquele princípio de fidelidade que Conrad prezava sobremaneira não pode estar dirigido só para o passado.
(Adaptado de: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, edição eletrônica)
Aproximam-se pelo sentido estabelecido no contexto os seguintes elementos:
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
Copergás - PE
Provas:
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Administrador
|
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Contador |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Economista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Eletricista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Mecânico |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Civil |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Petróleo e Gás |
Q2155138
Português
Texto associado
Para responder à questão, leia a crônica “O amigo de infância”, de Antônio Maria.
O tom era mais que o de uma queixa.
De acusação:
− Você não se lembra mais de mim!
Eu não me lembrava daquele homem, no todo. Não lhe recordava o nome, nem tinha a menor ideia de quando o vi pela
primeira ou pela última vez. Seus olhos eram, porém, meus conhecidos. Seu olhar e sua voz, ambos amargos.
Continuava a acusar-me de tê-lo esquecido. A ele, que relembrava dos nomes dos meus irmãos, da rua e da casa onde
morávamos.
Eu gostaria de saber explicar-lhe que, na vida, basta haver duas pessoas para que uma esqueça a outra. E, na vida, há tanta
gente. Uma explicação tão difícil que só um bêbado seria capaz de entendê-la. Aquele homem, porém, estava lúcido. E sua lucidez
era, convencionalmente, a certa. Contra mim, a razão de alguém que pretendia saber por que eu o esqueci, se ele não me esqueceu?
Quando eu é que devia perguntar-lhe, se possível segurando-o pelas lapelas, por que não me esqueceu, se eu o esqueci? Se ele
fosse um bêbado, compreenderia. A humanidade apegou-se tanto aos convencionalismos que, hoje em dia, é muito difícil falar aos
homens que não estão bêbados.
No entanto, o homem é livre e pode optar por ser autêntico. Mas não. Prefere aprisionar-se, acomodar-se cada vez mais, à
significação exata e formal das palavras e dos gestos.
Afinal, deu-se a conhecer. Chamava-se Francisco e era um amigo de infância. Pedi-lhe desculpas. Abracei-o. Fui-me embora.
Mas, se fosse possível convencê-lo, teria ficado para dizer-lhe que a falha não é, jamais, de quem esquece o amigo de infância. E,
sim, de quem dele ainda se lembra. O natural é que o gato seja manhoso; a águia, nobre; e o homem, esquecido. Não me entenderia.
Para ele, tanto quanto a águia devesse ser nobre, o homem teria obrigação de ser perfeito. Então, de nada adiantaria eu lhe ensinar
que os amigos de infância, desde que se separam, serão irreconciliáveis depois quando, da infância, outra coisa não existir além do
homem envelhecido. Seria possível, sim, preservar o amigo de infância se possível fosse preservar e manter a infância. O ar e a luz
de suas manhãs. As cores do casario. Os cânticos e o incenso das novenas. A beleza, a coragem e as esperanças do menino.
(Adaptado de: Antônio Maria. Vento vadio. Todavia, 2001, edição digital)
Estabelece noção de causa e consequência, respectivamente, o que se encontra no seguinte trecho:
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
Copergás - PE
Provas:
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Administrador
|
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Contador |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Economista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Eletricista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Mecânico |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Civil |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Petróleo e Gás |
Q2155139
Português
Texto associado
Para responder à questão, leia a crônica “O amigo de infância”, de Antônio Maria.
O tom era mais que o de uma queixa.
De acusação:
− Você não se lembra mais de mim!
Eu não me lembrava daquele homem, no todo. Não lhe recordava o nome, nem tinha a menor ideia de quando o vi pela
primeira ou pela última vez. Seus olhos eram, porém, meus conhecidos. Seu olhar e sua voz, ambos amargos.
Continuava a acusar-me de tê-lo esquecido. A ele, que relembrava dos nomes dos meus irmãos, da rua e da casa onde
morávamos.
Eu gostaria de saber explicar-lhe que, na vida, basta haver duas pessoas para que uma esqueça a outra. E, na vida, há tanta
gente. Uma explicação tão difícil que só um bêbado seria capaz de entendê-la. Aquele homem, porém, estava lúcido. E sua lucidez
era, convencionalmente, a certa. Contra mim, a razão de alguém que pretendia saber por que eu o esqueci, se ele não me esqueceu?
Quando eu é que devia perguntar-lhe, se possível segurando-o pelas lapelas, por que não me esqueceu, se eu o esqueci? Se ele
fosse um bêbado, compreenderia. A humanidade apegou-se tanto aos convencionalismos que, hoje em dia, é muito difícil falar aos
homens que não estão bêbados.
No entanto, o homem é livre e pode optar por ser autêntico. Mas não. Prefere aprisionar-se, acomodar-se cada vez mais, à
significação exata e formal das palavras e dos gestos.
Afinal, deu-se a conhecer. Chamava-se Francisco e era um amigo de infância. Pedi-lhe desculpas. Abracei-o. Fui-me embora.
Mas, se fosse possível convencê-lo, teria ficado para dizer-lhe que a falha não é, jamais, de quem esquece o amigo de infância. E,
sim, de quem dele ainda se lembra. O natural é que o gato seja manhoso; a águia, nobre; e o homem, esquecido. Não me entenderia.
Para ele, tanto quanto a águia devesse ser nobre, o homem teria obrigação de ser perfeito. Então, de nada adiantaria eu lhe ensinar
que os amigos de infância, desde que se separam, serão irreconciliáveis depois quando, da infância, outra coisa não existir além do
homem envelhecido. Seria possível, sim, preservar o amigo de infância se possível fosse preservar e manter a infância. O ar e a luz
de suas manhãs. As cores do casario. Os cânticos e o incenso das novenas. A beleza, a coragem e as esperanças do menino.
(Adaptado de: Antônio Maria. Vento vadio. Todavia, 2001, edição digital)
O narrador confessa que o encontro inusitado com o amigo de infância, de quem não se recorda, provoca
Ano: 2023
Banca:
FCC
Órgão:
Copergás - PE
Provas:
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Administrador
|
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Contador |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Economista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Analista Sistemas |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Eletricista |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Mecânico |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Civil |
FCC - 2023 - Copergás - PE - Engenheiro Petróleo e Gás |
Q2155142
Português
Texto associado
Para responder à questão, leia a crônica “O amigo de infância”, de Antônio Maria.
O tom era mais que o de uma queixa.
De acusação:
− Você não se lembra mais de mim!
Eu não me lembrava daquele homem, no todo. Não lhe recordava o nome, nem tinha a menor ideia de quando o vi pela
primeira ou pela última vez. Seus olhos eram, porém, meus conhecidos. Seu olhar e sua voz, ambos amargos.
Continuava a acusar-me de tê-lo esquecido. A ele, que relembrava dos nomes dos meus irmãos, da rua e da casa onde
morávamos.
Eu gostaria de saber explicar-lhe que, na vida, basta haver duas pessoas para que uma esqueça a outra. E, na vida, há tanta
gente. Uma explicação tão difícil que só um bêbado seria capaz de entendê-la. Aquele homem, porém, estava lúcido. E sua lucidez
era, convencionalmente, a certa. Contra mim, a razão de alguém que pretendia saber por que eu o esqueci, se ele não me esqueceu?
Quando eu é que devia perguntar-lhe, se possível segurando-o pelas lapelas, por que não me esqueceu, se eu o esqueci? Se ele
fosse um bêbado, compreenderia. A humanidade apegou-se tanto aos convencionalismos que, hoje em dia, é muito difícil falar aos
homens que não estão bêbados.
No entanto, o homem é livre e pode optar por ser autêntico. Mas não. Prefere aprisionar-se, acomodar-se cada vez mais, à
significação exata e formal das palavras e dos gestos.
Afinal, deu-se a conhecer. Chamava-se Francisco e era um amigo de infância. Pedi-lhe desculpas. Abracei-o. Fui-me embora.
Mas, se fosse possível convencê-lo, teria ficado para dizer-lhe que a falha não é, jamais, de quem esquece o amigo de infância. E,
sim, de quem dele ainda se lembra. O natural é que o gato seja manhoso; a águia, nobre; e o homem, esquecido. Não me entenderia.
Para ele, tanto quanto a águia devesse ser nobre, o homem teria obrigação de ser perfeito. Então, de nada adiantaria eu lhe ensinar
que os amigos de infância, desde que se separam, serão irreconciliáveis depois quando, da infância, outra coisa não existir além do
homem envelhecido. Seria possível, sim, preservar o amigo de infância se possível fosse preservar e manter a infância. O ar e a luz
de suas manhãs. As cores do casario. Os cânticos e o incenso das novenas. A beleza, a coragem e as esperanças do menino.
(Adaptado de: Antônio Maria. Vento vadio. Todavia, 2001, edição digital)
O narrador tece uma hipótese no seguinte segmento: