Questões de Concurso Público SEC-BA 2022 para Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: Filosofia
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Provas:
FCC - 2022 - SEC-BA - Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: Filosofia
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FCC - 2022 - SEC-BA - Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: Geografia |
FCC - 2022 - SEC-BA - Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: História |
FCC - 2022 - SEC-BA - Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: Sociologia |
Q2113161
Filosofia
No século XVII já eram fabricados autômatos que despertavam interesse e admiração pela complexidade e perfeição de
movimentos. O pensador francês René Descartes reflete então sobre a possibilidade de ser fabricado um autômato a tal ponto
semelhante a um ser humano que tornasse quase impossível a tarefa de diferenciar o homem da máquina. Para distingui-los,
sugere dois critérios. Máquinas poderiam até proferir palavras obedecendo a comandos, mas nunca arranjar as palavras para
responder ao sentido de tudo quanto se disser na sua presença. E, do mesmo modo, ainda que máquinas pudessem vir a
desempenhar algumas tarefas de modo muito superior aos seres humanos, contudo, falhariam infalivelmente em algumas
outras, pelas quais se descobriria que não agem pelo conhecimento.
(DESCARTES, René. Discurso do Método, Parte V, § 10)
Traduz os argumentos do filósofo para o nosso tempo o que se encontra em:
(DESCARTES, René. Discurso do Método, Parte V, § 10)
Traduz os argumentos do filósofo para o nosso tempo o que se encontra em:
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Professor Padrão P - Grau III - Ciências Humanas: Filosofia |
Q2113175
Filosofia
Texto associado
A diferença entre ele com os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um
cego. O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava sucedendo. Então ela viu: o
cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles. Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam
jantar − o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mastigava goma na escuridão [...]. O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas,
sofrendo espantada [...] mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas
para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite − tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um
cego mascando goma despedaçava tudo isso.
(LISPECTOR, Clarice. “Amor”, Laços de Família. São Paulo: Rocco, 1998)
Do ponto de vista da experiência filosófica, o que ocorreu com Ana revela que