Questões de Concurso Público Prefeitura de Teresina - PI 2016 para Assistente Técnico de Saúde –Técnico em Saneamento

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Q710693 Português

Atenção: Considere o texto a seguir para responder à questão.

Quando as crianças saírem de férias

    Tenho certeza absoluta de que em nenhum fim de junho passou pela cabeça da minha mãe o que ela faria com cinco crianças de férias dentro de casa, durante um mês. Férias eram sagradas, de 01 a 31 de julho, todos os anos. Lembro-me bem dela recolhendo os nossos uniformes do colégio e levando para lavar quando o primeiro dia de férias chegava. Só isso. As férias, propriamente ditas, eram por nossa conta.

    Quando vejo, nos telejornais, matérias e mais matérias que só faltam dizer que as férias de julho em casa com as crianças correm o risco de ser um verdadeiro inferno, penso na minha mãe. Os repórteres dão mil sugestões para preencher as vinte e quatro horas diárias das crianças, durante o mês inteirinho.

    As mães de hoje, descabeladas, começam a planejar: uma semana no acampamento, depois um dia vão ao cinema, no outro ao teatrinho, no terceiro à lanchonete, no quarto ao clube, no quinto ao parque, no sexto à casa dos avós, no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher.

    Nossas férias começavam cedo. Acordávamos às seis da manhã, comíamos um pão com manteiga, bebíamos um copo de leite e descíamos para o quintal. Era um espaço em que havia galinhas, coelhos, porquinhos-da-índia, cachorro, pombos, passarinhos, caixotes, carrinhos, cordas, árvores, tijolos, muros e muito mais.

    Nenhuma preocupação passava pela cabeça da minha mãe naqueles trinta e um dias de julho. De vez em quando ela entrava em ação quando um chegava com o joelho ralado, o cotovelo esfolado ou uma picada de abelha. Ela lavava o ferimento com água e sabão, passava mercúrio cromo e pronto, estávamos novinhos em folha.

    No dia 01 de agosto a cortina das férias se fechava. Na noite de 31 de julho, minha mãe abria o armário e tirava o uniforme de cada um, limpinho, cheirando a novo. E a vida continuava.

(Adaptado de: VILLAS, Alberto. Disponível em: www.cartacapital.com.br/cultura/quando-as-criancas-sairem-de-ferias)

As mães de hoje, descabeladas, começam a planejar: uma semana no acampamento, depois um dia vão ao cinema, no outro ao teatrinho, no terceiro à lanchonete, no quarto ao clube, no quinto ao parque, no sexto à casa dos avós, no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher. (3º parágrafo)

As reticências (...), no trecho acima, sinalizam

Alternativas
Q710694 Português

                   A rua

Toda rua tem seu curso

Tem seu leito de água clara

Por onde passa a memória

Lembrando histórias de um tempo

Que não acaba


De uma rua, de uma rua

Eu lembro agora

Que o tempo, ninguém mais

Ninguém mais canta

Muito embora de cirandas

(Oi, de cirandas)

E de meninos correndo

Atrás de bandas


Atrás de bandas que passavam

Como o rio Parnaíba

O rio manso

Passava no fim da rua

E molhava seus lajedos

Onde a noite refletia

O brilho manso

O tempo claro da lua

            (...)

            (NETO, Torquato. Disponível em: www.jornaldepoesia.jor.br/tor.html#rua.)

No poema,
Alternativas
Q710695 Português

      Torquato Neto foi um menino tímido que, desde cedo, ainda nos bancos escolares, já lia os poetas Castro Alves, Olavo Bilac, Fagundes Varela, Gonçalves Dias. Aos 14 anos, descobriu Machado de Assis. Em 1959, seguindo os passos de outro poeta piauiense, Mário Faustino, decidiu cursar o científico em Salvador. Não podia imaginar a opulência que o esperava. A Salvador do início dos anos 1960 vivia grande agitação cultural. Lina Bo Bardi, Joaquim Koellreutter e Glauber Rocha eram só as figuras mais nobres num cenário em que surgia uma arte considerada “agressiva e de vanguarda”.


(Adaptado de: CASTELLO, José. Torquato, uma figura em pedaços. Disponível em: www.jornaldepoesia.jor.br/castel19.html) 

O texto chama a atenção para
Alternativas
Respostas
4: B
5: A
6: C