Questões de Concurso Público SEFAZ-PI 2015 para Analista do Tesouro Estadual - Conhecimentos Gerais

Foram encontradas 13 questões

Q476125 Português
                                             A lanterninha

     Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
     A casa, com seus corredores, portas, móveis e ângulos que recebiam iluminação plena, passou a ser um lugar estranho, variável, em que só se viam seções de paredes e objetos, nunca a totalidade. E as seções giravam, desapareciam, trans- formavam-se. Isso me encantou. Eu descobria outra casa dentro da casa.
     A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
     A partir daí entronizei minha lanterninha em pequeno nicho colocado na estante, e dispensei-me de ler os tratados que me perturbavam a consciência. Todas as noites retiro-a de lá e mergulho no divino. Até que um dia me canse e tenha de inventar outra divindade.

                                                                            (ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.
                                                                                                Rio de Janeiro: José Olympio, 1985, p. 25)

Atente para a seguinte frase do texto:

A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que subvertia o real.

Uma nova, clara e correta redação revela adequada compreensão do que diz a frase acima em:
Alternativas
Q476126 Português
                                                          A lanterninha

     Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
     A casa, com seus corredores, portas, móveis e ângulos que recebiam iluminação plena, passou a ser um lugar estranho, variável, em que só se viam seções de paredes e objetos, nunca a totalidade. E as seções giravam, desapareciam, transformavam-se. Isso me encantou. Eu descobria outra casa dentro da casa.
     A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
     A partir daí entronizei minha lanterninha em pequeno nicho colocado na estante, e dispensei-me de ler os tratados que me perturbavam a consciência. Todas as noites retiro-a de lá e mergulho no divino. Até que um dia me canse e tenha de inventar outra divindade.


                                                                            (ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.
                                                                                                Rio de Janeiro: José Olympio, 1985, p. 25)

Nas expressões a luz é Deus (3o parágrafo) e mergulho no divino (4o parágrafo), ressalta-se um respeito religioso, o qual também está sugerido no seguinte segmento:
Alternativas
Q476128 Português
                                                     A lanterninha

    Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
    A casa, com seus corredores, portas, móveis e ângulos que recebiam iluminação plena, passou a ser um lugar estranho, variável, em que só se viam seções de paredes e objetos, nunca a totalidade. E as seções giravam, desapareciam, transformavam-se. Isso me encantou. Eu descobria outra casa dentro da casa.
    A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
    A partir daí entronizei minha lanterninha em pequeno nicho colocado na estante, e dispensei-me de ler os tratados que me perturbavam a consciência. Todas as noites retiro-a de lá e mergulho no divino. Até que um dia me canse e tenha de inventar outra divindade.


                                                                            (ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.
                                                                                                Rio de Janeiro: José Olympio, 1985, p. 25)

Atente para as seguintes frases:

I. Deram-me uma lanterna de bolso.

II. Passei a projetar a luz da lanterna nos cantos da casa.

III. Os cantos da casa não me eram mais familiares.

IV. A luz da lanterna transfigurava os cantos da casa.

As frases acima estão articuladas de modo claro, coerente e correto no seguinte período:
Alternativas
Respostas
7: B
8: A
9: D