Questões de Concurso Público TRT - 2ª REGIÃO (SP) 2014 para Analista Judiciário - Tecnologia da Informação

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Q472277 Português
                                          Diante do futuro


            Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de suas obras estas palavras:
            “Porventura sei eu se viverei amanhã, se viverei mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo, trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente, estende- se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o futuro as resgatará - e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha liberdade - é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu
pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo, dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho, mais espero.”


                              * Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês.
                              (PRADO, Antonio Arnoni (org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)


Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Alternativas
Q472279 Português
                                          Diante do futuro


            Que me importa o presente? No futuro é que está a existência dos verdadeiros homens. Guyau*, a quem não me canso de citar, disse em uma de suas obras estas palavras:
            “Porventura sei eu se viverei amanhã, se viverei mais uma hora, se a minha mão poderá terminar esta linha que começo? A vida está por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo, trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente, estende- se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse consumo seja uma perda estéril, imponho-me privações, contando que o futuro as resgatará - e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possível a minha liberdade - é o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu
pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo, dispõe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder não é equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho, mais espero.”


                              * Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês.
                              (PRADO, Antonio Arnoni (org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)


A construção da frase eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar  permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por
Alternativas
Q472287 Português
                                    Sobre a publicação de livros

            Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restrições na publicação de livros. Veja-se o que dizia o filósofo Voltaire, em 1777:
            “Não vos parece, senhores, que em se tratando de livros, só se deve recorrer aos tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas só poderá fazê-lo por meio de livros: que os imprima, então, mas que responda por sua obra. Se ela for ruim, será desprezada; se for provocadora, terá sua réplica; se for criminosa, o autor será punido; se for boa, será aproveitada, mais cedo ou mais tarde.”


(Voltaire, O preço da justiça. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 56)

Por falha estrutural de redação, impõe-se reescrever a seguinte frase:
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: E