Questões de Concurso Público TCE-RS 2014 para Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos
Foram encontradas 10 questões
Ano: 2014
Banca:
FCC
Órgão:
TCE-RS
Prova:
FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos |
Q1640761
Português
Texto associado
Atenção: A questão refere-se ao texto
seguinte.
Velhas cartas
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez...” Sinto
um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço
de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando
a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a
uma pessoa. Passo os olhos por essas linhas antigas, elas dão
notícias de amigos, contam uma ou outra coisa do Rio e tenho
curiosidade de ver como ela se despedia de mim. É do jeito
mais simples: “A saudade de...”
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são
quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas como isso
está longe! Sinto-me um pouco humilhado, pensando como certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais
na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a
primeira coisa que faço, como prometi, escrever para você,
mesmo porque durante a viagem pensei demais em você...”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não
faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra redonda;
ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome. E esse casal,
santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos
pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”.
E esse amigo como era amigo! Entretanto, nenhum de
nós dois se lembrou mais de procurar o outro. (...) As cartas
mais queridas, as que eram boas ou ruins demais, eu as rasguei há muito. Não guardo um documento sequer das pessoas
que mais me afligiram e mais me fizeram feliz. Ficaram apenas,
dessa época, essas cartas que na ocasião tive pena de rasgar e
depois não me lembrei de deitar fora. A maioria eu guardei para
responder depois, e nunca o fiz. Mas também escrevi muitas
cartas e nem todas tiveram resposta.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro:
Record, 1978. p. 271/272)
Lendo cartas antigas e já esquecidas, o cronista se dá
conta de que
Ano: 2014
Banca:
FCC
Órgão:
TCE-RS
Prova:
FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos |
Q1640762
Português
Texto associado
Atenção: A questão refere-se ao texto
seguinte.
Velhas cartas
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez...” Sinto
um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço
de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando
a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a
uma pessoa. Passo os olhos por essas linhas antigas, elas dão
notícias de amigos, contam uma ou outra coisa do Rio e tenho
curiosidade de ver como ela se despedia de mim. É do jeito
mais simples: “A saudade de...”
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são
quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas como isso
está longe! Sinto-me um pouco humilhado, pensando como certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais
na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a
primeira coisa que faço, como prometi, escrever para você,
mesmo porque durante a viagem pensei demais em você...”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não
faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra redonda;
ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome. E esse casal,
santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos
pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”.
E esse amigo como era amigo! Entretanto, nenhum de
nós dois se lembrou mais de procurar o outro. (...) As cartas
mais queridas, as que eram boas ou ruins demais, eu as rasguei há muito. Não guardo um documento sequer das pessoas
que mais me afligiram e mais me fizeram feliz. Ficaram apenas,
dessa época, essas cartas que na ocasião tive pena de rasgar e
depois não me lembrei de deitar fora. A maioria eu guardei para
responder depois, e nunca o fiz. Mas também escrevi muitas
cartas e nem todas tiveram resposta.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro:
Record, 1978. p. 271/272)
Considere as seguintes afirmações:
I. Ao ler a primeira carta antiga do maço que guardara, o autor se surpreende com a lembrança agradecida que a amada guardara de um preciso gesto seu, e que agora ressurge com toda a clareza. II. A humilhação que o autor experimenta, ao ler cartas que não datam de mais de dois ou três anos, deve-se ao fácil esquecimento a que relegara pessoas amigas. III. Ao revisitar cartas antigas, o autor se dá conta de que deitara fora as cartas que julgava menos importantes, lamentando ter guardado as que avivavam as mais duras lembranças.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
I. Ao ler a primeira carta antiga do maço que guardara, o autor se surpreende com a lembrança agradecida que a amada guardara de um preciso gesto seu, e que agora ressurge com toda a clareza. II. A humilhação que o autor experimenta, ao ler cartas que não datam de mais de dois ou três anos, deve-se ao fácil esquecimento a que relegara pessoas amigas. III. Ao revisitar cartas antigas, o autor se dá conta de que deitara fora as cartas que julgava menos importantes, lamentando ter guardado as que avivavam as mais duras lembranças.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
Ano: 2014
Banca:
FCC
Órgão:
TCE-RS
Prova:
FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos |
Q1640764
Português
Texto associado
Atenção: A questão refere-se ao texto
seguinte.
Velhas cartas
“Você nunca saberá o bem que sua carta me fez...” Sinto
um choque ao ler esta carta antiga que encontro em um maço
de outras. Vejo a data, e então me lembro onde estava quando
a recebi. Não me lembro é do que escrevi que fez tanto bem a
uma pessoa. Passo os olhos por essas linhas antigas, elas dão
notícias de amigos, contam uma ou outra coisa do Rio e tenho
curiosidade de ver como ela se despedia de mim. É do jeito
mais simples: “A saudade de...”
Agora folheio outras cartas de amigos e amigas; são
quase todas de apenas dois ou três anos atrás. Mas como isso
está longe! Sinto-me um pouco humilhado, pensando como certas pessoas me eram necessárias e agora nem existiriam mais
na minha lembrança se eu não encontrasse essas linhas rabiscadas em Londres ou na Suíça. “Cheguei neste instante; é a
primeira coisa que faço, como prometi, escrever para você,
mesmo porque durante a viagem pensei demais em você...”
Isto soa absurdo a dois anos e meio de distância. Não
faço a menor ideia do paradeiro dessa mulher de letra redonda;
ela, com certeza, mal se lembrará do meu nome. E esse casal,
santo Deus, como era amigo: fazíamos planos de viajar juntos
pela Itália; os dias que tínhamos passado juntos eram “inesquecíveis”.
E esse amigo como era amigo! Entretanto, nenhum de
nós dois se lembrou mais de procurar o outro. (...) As cartas
mais queridas, as que eram boas ou ruins demais, eu as rasguei há muito. Não guardo um documento sequer das pessoas
que mais me afligiram e mais me fizeram feliz. Ficaram apenas,
dessa época, essas cartas que na ocasião tive pena de rasgar e
depois não me lembrei de deitar fora. A maioria eu guardei para
responder depois, e nunca o fiz. Mas também escrevi muitas
cartas e nem todas tiveram resposta.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro:
Record, 1978. p. 271/272)
Há passagens que evidenciam perplexidade do cronista,
tal como se pode perceber quando se lê
Ano: 2014
Banca:
FCC
Órgão:
TCE-RS
Prova:
FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos |
Q1640769
Português
Texto associado
Atenção: A questão refere-se ao
texto seguinte.
Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos,
afirmemos que a tal da educação para a cidadania “supõe a boa
convivência no espaço público, entre outras coisas", não temos
conseguido praticar tal ensinamento com os mais novos,
sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas
escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que
fazer para evitar que seus alunos se confrontem com grosseria
e que aprendam a compartilhar respeitosamente o espaço
comum. O instrumento mais utilizado pela escola ainda é a
punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse
sentido são difíceis de ser encontradas no espaço escolar.
Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no
espaço público porque não a praticamos. Ora, como ensinar o
que não sabemos, como esperar algo diferente dos mais novos,
se eles não mais têm exemplos de comportamento adulto que
os orientem?
(Adaptado de: SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014)
A afirmação de que a educação para a cidadania supõe o
bom convívio no espaço público é
Ano: 2014
Banca:
FCC
Órgão:
TCE-RS
Prova:
FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Técnico em Processamento de Dados - Conhecimentos Básicos |
Q1640770
Português
Texto associado
Atenção: A questão refere-se ao
texto seguinte.
Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos,
afirmemos que a tal da educação para a cidadania “supõe a boa
convivência no espaço público, entre outras coisas", não temos
conseguido praticar tal ensinamento com os mais novos,
sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas
escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que
fazer para evitar que seus alunos se confrontem com grosseria
e que aprendam a compartilhar respeitosamente o espaço
comum. O instrumento mais utilizado pela escola ainda é a
punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse
sentido são difíceis de ser encontradas no espaço escolar.
Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no
espaço público porque não a praticamos. Ora, como ensinar o
que não sabemos, como esperar algo diferente dos mais novos,
se eles não mais têm exemplos de comportamento adulto que
os orientem?
(Adaptado de: SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014)
Estes dois segmentos relacionam-se numa oposição de
sentido: