Questões de Concurso Público Câmara dos Deputados 2007 para Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho
Foram encontradas 7 questões
Ano: 2007
Banca:
FCC
Órgão:
Câmara dos Deputados
Provas:
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem Geral
|
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho |
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem de Emergência |
Q2255333
Português
Texto associado
Ciência e esoterismo
A astrologia é muito mais popular do que a astronomia.
Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal
ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que
para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está
sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc.
também são extremamente populares.
Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê
dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que
chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer
uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de
seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com
conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre
você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico
encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor
emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse
sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma
auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo
de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa
própria psique, talvez catalisada mas não controlada por
poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar
nossa existência.
Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e
argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no
mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”.
Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente
fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais
estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente
manter a cabeça aberta para o inesperado.
O problema com o esoterismo é que não temos
nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos
realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos,
depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações
estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a
sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do
cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o
sentido de um segmento do texto em:
Ano: 2007
Banca:
FCC
Órgão:
Câmara dos Deputados
Provas:
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem Geral
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FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho |
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem de Emergência |
Q2255334
Português
Texto associado
Ciência e esoterismo
A astrologia é muito mais popular do que a astronomia.
Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal
ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que
para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está
sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc.
também são extremamente populares.
Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê
dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que
chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer
uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de
seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com
conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre
você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico
encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor
emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse
sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma
auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo
de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa
própria psique, talvez catalisada mas não controlada por
poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar
nossa existência.
Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e
argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no
mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”.
Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente
fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais
estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente
manter a cabeça aberta para o inesperado.
O problema com o esoterismo é que não temos
nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos
realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos,
depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações
estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a
sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do
cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
No segundo parágrafo, para dar força ao aspecto pessoal,
privado, que vê como causa da atração pelo esoterismo, o
autor
Ano: 2007
Banca:
FCC
Órgão:
Câmara dos Deputados
Provas:
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem Geral
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FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem de Emergência |
Q2255337
Português
Texto associado
Ciência e esoterismo
A astrologia é muito mais popular do que a astronomia.
Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal
ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que
para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está
sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc.
também são extremamente populares.
Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê
dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que
chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer
uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de
seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com
conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre
você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico
encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor
emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse
sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma
auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo
de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa
própria psique, talvez catalisada mas não controlada por
poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar
nossa existência.
Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e
argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no
mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”.
Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente
fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais
estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente
manter a cabeça aberta para o inesperado.
O problema com o esoterismo é que não temos
nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos
realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos,
depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações
estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a
sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do
cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considere as seguintes afirmações:
I. A astrologia é uma prática muito popular. II. As colunas de jornal sobre astrologia são bastante consultadas. III. A astronomia não desperta o mesmo interesse que a astrologia.
Essas afirmações articulam-se numa redação clara, correta e coerente no seguinte período:
I. A astrologia é uma prática muito popular. II. As colunas de jornal sobre astrologia são bastante consultadas. III. A astronomia não desperta o mesmo interesse que a astrologia.
Essas afirmações articulam-se numa redação clara, correta e coerente no seguinte período:
Ano: 2007
Banca:
FCC
Órgão:
Câmara dos Deputados
Provas:
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem Geral
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FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho |
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem de Emergência |
Q2255338
Português
Texto associado
Da incoerência de nossas ações
Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso
tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que
existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em
determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações.
Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será
possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua
existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se
sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o
caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por
trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro
precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a
flecha e executa os movimentos necessários; nossas
resoluções se perdem porque não temos um objetivo
predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um
porto de chegada previsto. (...)
Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em
seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a
esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias.
Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o
queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o
camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos
em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e
inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio
manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como
os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência,
segundo o vento.
(Montaigne, Ensaios)
Nossas ações são incoerentes, segundo Montaigne,
Ano: 2007
Banca:
FCC
Órgão:
Câmara dos Deputados
Provas:
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem Geral
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FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem do Trabalho |
FCC - 2007 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Enfermeiro - Enfermagem de Emergência |
Q2255339
Português
Texto associado
Da incoerência de nossas ações
Não é de espantar, diz um autor antigo, que o acaso
tenha tanta força sobre nós, pois por causa dele é que
existimos. Quem não orientou sua vida, de um modo geral, em
determinado sentido, não pode tampouco dirigir suas ações.
Não tendo tido nunca uma linha de conduta, não lhe será
possível coordenar e ligar uns aos outros os atos de sua
existência. De que serve fazer provisões de tintas se não se
sabe que pintar? Ninguém determina do princípio ao fim o
caminho que pretende seguir na vida: só nos decidimos por
trechos, na medida em que vamos avançando. O arqueiro
precisa antes escolher o alvo; só então prepara o arco e a
flecha e executa os movimentos necessários; nossas
resoluções se perdem porque não temos um objetivo
predeterminado. O vento nunca é favorável a quem não tem um
porto de chegada previsto. (...)
Nossa maneira habitual de fazer as coisas está em
seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a
esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias.
Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o
queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o
camaleão. O que nos propomos em dado momento, mudamos
em seguida e voltamos atrás, e tudo não passa de oscilação e
inconstância. “Somos conduzidos como títeres que um fio
manobra”, afirmou Horácio. Não vamos, somos levados como
os objetos que flutuam, ora devagar, ora com violência,
segundo o vento.
(Montaigne, Ensaios)
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o
sentido de uma expressão ou frase do texto em: