Questões de Concurso Público CEETEPS 2023 para Agente Técnico e Administrativo (Auxiliar Administrativo)

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Q2104998 Português
Leia a tirinha para responder à questão.





https://tinyurl.com/y5ecwvnt Acesso em: 18.11.2022.
O período “se ver um ovni, sorria e acene” é inadequado ao padrão culto da língua. Para o adequar à norma padrão, sem mudar o sentido original, seria correto
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Q2105002 Português
Leia o texto para responder à questão.

“Vocês me desculpem, sou uma desaletrada, mas agora tomei gosto por dizer as coisas, por contar a minha história”, diz Lindacy Menezes, 64 anos, doméstica, ao revelar a descoberta da literatura. Criada por uma dona de um bordel no Recife, a pernambucana vive na favela da Rocinha, Rio, desde os anos 70. Era uma das mais animadas vozes de um encontro do projeto Você é o que lê, na Garagem das Letras, centro cultural de moradores da comunidade carioca.

“Desaletrada, nem sabia o que era texto, o que era poema”, disse Lindacy, antes de mandar os seus versos para a plateia. Convidado especial do evento, o jornalista e escritor Zuenir Ventura, autor de Cidade Partida, clássico moderno sobre a violência brasileira, escuta atentamente a prosódia e comenta: “Isso é Guimarães Rosa!”.

A menina criada no cabaré da zona portuária recifense é uma narradora de primeira. Há cinco anos soube de uma ofi cina da Festa Literária das Periferias (Flup) e resolveu mandar umas linhas para concorrer a uma vaga. Ditou “umas besteirinhas” para a sua fi lha – não sabia usar o computador – e foi selecionada. “Depois disso, não parei e não paro nunca mais.” Aguarde o livro com a saga dessa mulher. Estarei na fila de autógrafos.

Há uma fome de contar histórias naquele cenário onde muitos becos e vielas estão manchados de sangue. Sangue de gente muito jovem. Meninos imprensados entre policiais e traficantes. É preciso contar para que não vingue apenas o relato oficial dos boletins de ocorrência.  

[...]

Outra obra de ficção do Estado, com auxílio do departamento de mentiras municipais, é o funcionamento da Biblioteca Parque. Aberta em 2012, sob influência e modelo dos centros de leitura de Bogotá e Medellín (Colômbia), fechou as portas na cara da comunidade desde o ano passado. A alegação é de falta de recursos para bancar os funcionários.

[...]

Bibliotecárias contaram o efeito devastador do fechamento do espaço cultural que reunia centenas de moradores atraídos pelos livros, pela DVD-teca, pelo cineteatro, estúdio de gravações, internet comunitária, cozinha-escola, etc.; um desastre social, resumiram, mais uma tragédia carioca e brasileiríssima. Dinheiro para as balas do extermínio da juventude periférica, é sempre bom lembrar, nunca falta.  


Xico Sá, “A Desaletrada da Rocinha”. In: Crônicas para ler em qualquer lugar. Todavia. Adaptado.
A passagem “Ditou ‘umas besteirinhas’ para a sua filha – não sabia usar o computador – e foi selecionada.”, está corretamente reescrita, preservando o sentido original, em
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Q2105006 Português
Leia o texto para responder à questão.

“Vocês me desculpem, sou uma desaletrada, mas agora tomei gosto por dizer as coisas, por contar a minha história”, diz Lindacy Menezes, 64 anos, doméstica, ao revelar a descoberta da literatura. Criada por uma dona de um bordel no Recife, a pernambucana vive na favela da Rocinha, Rio, desde os anos 70. Era uma das mais animadas vozes de um encontro do projeto Você é o que lê, na Garagem das Letras, centro cultural de moradores da comunidade carioca.

“Desaletrada, nem sabia o que era texto, o que era poema”, disse Lindacy, antes de mandar os seus versos para a plateia. Convidado especial do evento, o jornalista e escritor Zuenir Ventura, autor de Cidade Partida, clássico moderno sobre a violência brasileira, escuta atentamente a prosódia e comenta: “Isso é Guimarães Rosa!”.

A menina criada no cabaré da zona portuária recifense é uma narradora de primeira. Há cinco anos soube de uma ofi cina da Festa Literária das Periferias (Flup) e resolveu mandar umas linhas para concorrer a uma vaga. Ditou “umas besteirinhas” para a sua fi lha – não sabia usar o computador – e foi selecionada. “Depois disso, não parei e não paro nunca mais.” Aguarde o livro com a saga dessa mulher. Estarei na fila de autógrafos.

Há uma fome de contar histórias naquele cenário onde muitos becos e vielas estão manchados de sangue. Sangue de gente muito jovem. Meninos imprensados entre policiais e traficantes. É preciso contar para que não vingue apenas o relato oficial dos boletins de ocorrência.  

[...]

Outra obra de ficção do Estado, com auxílio do departamento de mentiras municipais, é o funcionamento da Biblioteca Parque. Aberta em 2012, sob influência e modelo dos centros de leitura de Bogotá e Medellín (Colômbia), fechou as portas na cara da comunidade desde o ano passado. A alegação é de falta de recursos para bancar os funcionários.

[...]

Bibliotecárias contaram o efeito devastador do fechamento do espaço cultural que reunia centenas de moradores atraídos pelos livros, pela DVD-teca, pelo cineteatro, estúdio de gravações, internet comunitária, cozinha-escola, etc.; um desastre social, resumiram, mais uma tragédia carioca e brasileiríssima. Dinheiro para as balas do extermínio da juventude periférica, é sempre bom lembrar, nunca falta.  


Xico Sá, “A Desaletrada da Rocinha”. In: Crônicas para ler em qualquer lugar. Todavia. Adaptado.
O termo “vingue” (4º parágrafo) pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por 
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Q2105011 Português
Leia a letra da música para responder à questão.


Ando devagar _______ já tive pressa
E levo esse sorriso
_______ já chorei demais

Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

[...]

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz


Tocando em Frente, Almir Sater; Renato Teixeira.
Leia a passagem:
Hoje me sinto mais forte / Mais feliz ... / Só levo a certeza /De que muito pouco sei /Ou nada sei
Reescrevendo a passagem na primeira pessoa do plural, em prosa, e substituindo o advérbio “hoje” pela expressão “naquela época”, teremos
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Respostas
1: E
2: E
3: C
4: C