Questões de Concurso Público Prefeitura de Itiquira - MT 2022 para Químico

Foram encontradas 25 questões

Q2134144 História e Geografia de Estados e Municípios

Leia o verso a seguir.

Planície Central

A planície separa e também junta

os espaços do tempo na pergunta.

Ao longo do Araguaia o peixe-boto

não sabe distinguir nenhum nem outro.

Suas margens se espraiam, lado a lado,

para abraçar as siglas no cerrado.


Fonte: TELLES, G. M. Planície Central. Revista da Academia matogrossense de letras, Mato Grosso, Ano 98, 2019, p. 207.

Qual estado fronteiriço com o Mato Grosso é representado no verso?

Alternativas
Q2134145 História e Geografia de Estados e Municípios

Leia o texto a seguir.

Em todo o mundo, 91% dos 1,5 bilhão de hectares de terras cultiváveis estão sob monoculturas de trigo, arroz, milho, algodão e soja. Realidade parecida caracteriza a agricultura no estado de Mato Grosso, em que, entre 2019 e 2020, em um total de 17 milhões de hectares de cultivo, 98% era de cana-de-açúcar, algodão, milho, soja e 2% de feijão e arroz (CONAB, 2021).

Fonte: CABRAL, C.; CAETANO, E. Territorialização do modo de produção camponês: produção associada, agroecológica e de saberes na comunidade tradicional São Manoel do Pari, Mato Grosso, Brasil. Élisée, v. 11, n. 02, 2022, p. 10.


O que se prejudica com a forma de produção agrícola apresentada no texto?

Alternativas
Q2134146 História e Geografia de Estados e Municípios

Leia o texto a seguir.


A acelerada urbanização gera um efeito econômico de concentração e atração tanto de capitais como de força de trabalho nova – migrantes não mais tanto da região Sul e sim da região Nordeste –, tornando possível a abertura de uma nova fronteira não mais apenas agrícola, porém, sobretudo, urbana. A indústria pesada (metalúrgica, siderúrgica, química) não vai comandar a urbanização em Mato Grosso, é a agroindústria.


Fonte: VOLOCHKO, D. Da extensão do campo à centralização do urbano: elementos para o debate da produção do espaço em Mato Grosso. Revista Mato-Grossense de Geografia, Cuiabá, n. 16, p. 18- 38, jan./jun. 2013, p 27.


Qual efeito o modelo de urbanização apresentado causou na economia?

Alternativas
Q2154850 Português

TEXTO 1


A espiritualidade das pedras

Meu Deus, como ter um "eu" cansa! Os místicos têm razão. Não é necessário ser um "crente" para ver isso, basta ter algum senso de ridículo para ver o quão cansativo é satisfazer o "eu". E a modernidade é toda uma sinfonia (ou melhor, uma "diafonia", contrário da sinfonia) para este pequeno "eu" infantil.

Outro dia, contemplava pessoas num aeroporto embarcando para os EUA com malas vazias para poder comprar um monte de coisas lá. Que vergonha. É o tal do "eu" que faz isso. Ele precisa comprar, adquirir, sentir-se tendo vantagem em tudo. O "eu" sente um "frisson" num outlet baratinho em Miami. [...]

A filosofia inglesa tem uma expressão muito boa que é "wants", para se referir a nossas necessidades a serem satisfeitas. Poderíamos traduzir de modo livre por "quereres". O "eu" é um poço sem fundo de "wants". Isso me deprime um tanto.

Como dizia acima, a modernidade é toda feita para servir ao pequeno autoritário, o "eu": ele exige mais sucesso, mais autoestima, mais saúde, mais dinheiro, mais beleza, mais celulares, mais viagens, mais consumo, mais direitos, mais rapidez, mais eficiência, mais atenção, mais reconhecimento, mais equilíbrio, melhor alimentação, mais espiritualidade para que ele não se sinta um materialista grosseiro. [...]

Outra armadilha típica do mundinho do "eu" é a idolatria do desejo. A filosofia sempre problematizou o desejo como modo de escravidão, e isso nada tem a ver com a dita repressão cristã (que nem foi o cristianismo que inventou) do desejo. [...]

O "eu" falante inunda o mundo com seu ruído. O "eu" mais discreto tece um silêncio que desperta o interesse em conhecê-lo. Mas hoje vivemos num mundo da falação de si, como numa espécie de contínuo striptease da alma. O corpo nu é mais interessante do que a alma que se oferece. Por isso toda poesia sincera é ruim (Oscar Wilde). O "eu" deve agir como as mulheres quando fecham as pernas em sinal de pudor e vergonha.

A alta literatura espiritual, oriental ou ocidental, há muito compreende o ridículo do culto ao "eu". Uma leveza peculiar está presente em narrativas gregas (neoplatonismo), budistas (o "eu" como prisão) ou místicas (cristã, judaica ou islâmica).

Conceitos como "aniquilamento" (anéantissement, comum em textos franceses entre os séculos 14 e 17), "desprendimento" (abegescheidenheit, em alemão medieval) e "aphalé panta" (grego antigo) descrevem exatamente esse processo de superação da obsessão do "eu" por si mesmo. A leveza nasce da sensação de que atender ao "eu" é uma prisão maior do que atender ao mundo, porque do "eu" nunca nos libertamos quando queremos servi-lo. Ele está em toda parte como um deus ressentido.

Por isso, um autor como Nikos Kazantzakis, em seu primoroso "Ascese", diz que apenas quando não queremos nada, quando não desejamos nada é que somos livres. Muito próximo dele, o filósofo epicurista André Comte-Sponville, no seu maior livro, "Tratado do Desespero e da Beatitude", defende o "des-espero" como superação de uma vida pautada por expectativas. 

Entre as piores expectativas está a da vida eterna. Espero que ao final o descanso das pedras nos espere. Amém.

PONDÉ, Luiz Felipe. A espiritualidade das pedras. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 de julho de 2013.

No último parágrafo do texto, a natureza essencial da palavra “amém” é 
Alternativas
Q2154862 Filosofia

Leia o texto a seguir.

No essencial, em sua acepção mais apropriada, a ideia de liberdade coincide com a dos direitos do homem. O que quer dizer, finalmente, ser livre senão conhecer os direitos do homem? Pois conhecê-los é defendê-los.


Fonte: VOLTAIRE apud CASSIRER, Ernst. A filosofia do iluminismo. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992, p. 336.


Qual prática condiz com a noção de liberdade apresentada?

Alternativas
Respostas
21: B
22: C
23: D
24: B
25: A