Questões de Concurso Público Prefeitura de Araçagi - PB 2019 para Médico Psiquiatra

Na anamnese psiquiátrica a ser aplicada ao paciente com ideias autodestrutivas não interessa conhecer/avaliar se a pessoa apresenta um plano definido para cometer suicídio; nem investigar se a pessoa possui os meios e os métodos para o suicídio; nem verificar se a pessoa fixou alguma data para cometer suicídio.

Os fatores de risco para o suicídio comportam elementos demográficos, como a idade; elementos sociais, como o estado civil; elementos psiquiátricos, como transtornos afetivos; elementos médicos, como complexo HIV/AIDS; elementos relacionados ao comportamento autodestrutivo, como tentativa suicida anterior, além de elementos ligados à história familiar, como história familiar de suicídio, os quais interessa pesquisar adequadamente na coleta da história clínica.

Na avaliação psiquiátrica para a determinação do risco suicida, apenas o exame psiquiátrico do paciente é suficiente, vez que os familiares, acaso consultados, pouco podem contribuir, junto ao psiquiatra, para a descrição e/ou avaliação da gravidade da ideação suicida vivenciada pelo paciente, sendo dispensáveis entrevistas com cônjuges, parentes, familiares ou amigos, principalmente por conta da possibilidade de quebra do sigilo profissional médico-paciente.

A entrevista psiquiátrica e a observação detalhada do paciente não são os principais instrumentos de conhecimento da psicopatologia, considerando-se o uso imprescindível, em Psiquiatria, da propedêutica armada.

Em Psiquiatria Clínica, “exame psíquico” é também chamado de “exame do estado mental” ou “psicodiagnóstico”.

Em Psiquiatria Clínica, a habilidade do Examinador não é evidenciada pelas perguntas que evita fazer, por aquelas que faz e pela decisão de quando e como falar ou calar-se.

São todas condutas prescritas e não proscritas durante a entrevista psiquiátrica, de parte do entrevistador/examinador, para qualquer que seja o objetivo ou finalidade: manter atitude interessada, escutar atentamente o paciente, eventualmente tecendo comentários valorativos sobre seu comportamento.

Condição geral de higiene corporal, roupas e acessórios não fornecem indícios a serem levados em consideração no diagnóstico presuntivo de um transtorno mental.

Na prática cotidiana da Psiquiatria Clínica, é prescindível o exame físico do portador de transtorno mental, uma vez que ao psiquiatra deve interessar, precipuamente, o Exame Mental.

Exames Psicométricos, como a mensuração do Quociente Intelectual (QI), quando de realização exequível, sobretudo objetivando refinamento diagnóstico/prognóstico, notadamente nas suspeitas de Retardo Mental e/ou Demência, devem ser aplicados – embora a sua aplicação seja área de atuação exclusiva do Psicólogo.

Delirium é termo inatual e pouco adequado para designar a maior parte das síndromes confusionais agudas.

Os quadros de agitação psicomotora ocorrem exclusivamente no Transtorno Bipolar e nos Transtornos Psicóticos induzidos pelo uso de psicodislépticos, da mesma forma que o mutismo é um dos sintomas ditos “negativos”, comuns em algumas formas de Esquizofrenia.

Enquanto uma ilusão é a distorção perceptiva de um objeto real e concreto, percepção anobjetal denomina-se Alucinação.

A ansiedade é a queixa básica dos Transtornos de Ansiedade, sendo sintoma exclusivo das nosologias psiquiátricas.

Os Transtornos da Orientação dizem respeito, exclusivamente, a Espaço e Tempo, ou seja, Desorientação Topográfica e Cronológica, respectivamente.

nos Transtornos Esquizofrênicos, as alucinações cinestésicas, senestésicas e sinestésicas são as mais comuns.

a Distração não decorre de excesso de tenacidade, com baixa vigilância, ou excessiva vigilância, com baixa tenacidade.

quando ocorre excessiva vigilância, com baixa tenacidade, ou excesso de tenacidade, com baixa vigilância, dão-se, em geral, as Distrações.

em doenças orgânicas, raramente ocorrem, como manifestações clínicas, sintomas psiquiátricos (quadros alucinatórios, quadros delirantes, quadros de agitação psicomotora).

sendo a tristeza uma forma de depressão, deve ser abordada, psicofarmacológica e preferencialmente, mediante uso de Inibidores da Recaptação Seletiva de Serotonina.