Questões de Concurso Público UFPE 2015 para Assistente em Administração

Foram encontradas 8 questões

Q510803 Português
TEXTO 1

Palavras emprestadas

A leitora Mafalda, sob o título “Sugestão de crônica”, mandou-me um e-mail protestando contra a invasão de expressões estrangeiras no dia a dia do brasileiro. Enviou até fotos de vitrines dos arredores de sua casa na região da Rua Oscar Freire.

Visionária, a leitora sonhava que eu pudesse contribuir para “mudar o uso do inglês nas ruas”, motivar algum político “a comprar essa briga” e dizia ser isso uma questão de patriotismo. Não acha?

Não acho, leitora, leitores. Com jeito vou tentar explicar.

Quando me alfabetizei, em 1943, havia cerca de 40.000 palavras dicionarizadas no português, segundo Domício Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras. Hoje, são mais de 400.000; alguns filólogos estimam em 600.000. Ora, leitora, de onde brotaram tantas palavras? Dos novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das gírias, dos estrangeirismos.

Já vê, cara Mafalda, que a consequência dos estrangeirismos não é o empobrecimento da língua, e sim o seu enriquecimento. Nós nos irritamos com os abusos, sim, como acontece com qualquer outro abuso.

A questão do estrangeirismo se aclara com a pergunta: com quem a pessoa quer se comunicar? Se usa palavras que muitas pessoas não entendem, não vai se comunicar com elas. Mesmo usando só o português. No caso das frases em inglês na Rua Oscar Freire, aqueles comerciantes não estão querendo se comunicar com quem não as entende.

Existe quem use a expressão estrangeira por pedantismo, quando há termo equivalente brasileiro. Mas por que impedir alguém de ser pedante? É um direito dele. Há quem use por ser modismo, mas por que ir contra a moda? Ela passa.

Na maioria dos casos, usa-se o estrangeirismo por necessidade. Há palavras estrangeiras inevitáveis, porque designam coisas novas com mais exatidão e rapidez: air bag, shopping center, e-mail, flash, slide, outdoor, marketing, videogame e milhares de outras.

Centenas delas ficaram bem à vontade quando aportuguesadas: uísque, futebol, lanchonete, gol, chique, garçom, sanduíche - e por aí vai. Muitas ficaram bem bacaninhas no nosso dia a dia, mesmo usadas do jeito que chegaram: jeans, show, shopping, topless, manicure, vitrine...

Ou seja, o povo falante há de peneirar o que merece permanência.

(Ivan Ângelo. Revista Veja. São Paulo: Abril, 25 mai. 2011. Adaptado.)

O Texto 1, no desenvolvimento global de seu tema, pretende :
Alternativas
Q510804 Português
TEXTO 1

Palavras emprestadas

A leitora Mafalda, sob o título “Sugestão de crônica”, mandou-me um e-mail protestando contra a invasão de expressões estrangeiras no dia a dia do brasileiro. Enviou até fotos de vitrines dos arredores de sua casa na região da Rua Oscar Freire.

Visionária, a leitora sonhava que eu pudesse contribuir para “mudar o uso do inglês nas ruas”, motivar algum político “a comprar essa briga” e dizia ser isso uma questão de patriotismo. Não acha?

Não acho, leitora, leitores. Com jeito vou tentar explicar.

Quando me alfabetizei, em 1943, havia cerca de 40.000 palavras dicionarizadas no português, segundo Domício Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras. Hoje, são mais de 400.000; alguns filólogos estimam em 600.000. Ora, leitora, de onde brotaram tantas palavras? Dos novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das gírias, dos estrangeirismos.

Já vê, cara Mafalda, que a consequência dos estrangeirismos não é o empobrecimento da língua, e sim o seu enriquecimento. Nós nos irritamos com os abusos, sim, como acontece com qualquer outro abuso.

A questão do estrangeirismo se aclara com a pergunta: com quem a pessoa quer se comunicar? Se usa palavras que muitas pessoas não entendem, não vai se comunicar com elas. Mesmo usando só o português. No caso das frases em inglês na Rua Oscar Freire, aqueles comerciantes não estão querendo se comunicar com quem não as entende.

Existe quem use a expressão estrangeira por pedantismo, quando há termo equivalente brasileiro. Mas por que impedir alguém de ser pedante? É um direito dele. Há quem use por ser modismo, mas por que ir contra a moda? Ela passa.

Na maioria dos casos, usa-se o estrangeirismo por necessidade. Há palavras estrangeiras inevitáveis, porque designam coisas novas com mais exatidão e rapidez: air bag, shopping center, e-mail, flash, slide, outdoor, marketing, videogame e milhares de outras.

Centenas delas ficaram bem à vontade quando aportuguesadas: uísque, futebol, lanchonete, gol, chique, garçom, sanduíche - e por aí vai. Muitas ficaram bem bacaninhas no nosso dia a dia, mesmo usadas do jeito que chegaram: jeans, show, shopping, topless, manicure, vitrine...

Ou seja, o povo falante há de peneirar o que merece permanência.

(Ivan Ângelo. Revista Veja. São Paulo: Abril, 25 mai. 2011. Adaptado.)

Conforme o autor do Texto 1, a solução para o problema analisado tem como protagonista:
Alternativas
Q510805 Português
TEXTO 1

Palavras emprestadas

A leitora Mafalda, sob o título “Sugestão de crônica”, mandou-me um e-mail protestando contra a invasão de expressões estrangeiras no dia a dia do brasileiro. Enviou até fotos de vitrines dos arredores de sua casa na região da Rua Oscar Freire.

Visionária, a leitora sonhava que eu pudesse contribuir para “mudar o uso do inglês nas ruas”, motivar algum político “a comprar essa briga” e dizia ser isso uma questão de patriotismo. Não acha?

Não acho, leitora, leitores. Com jeito vou tentar explicar.

Quando me alfabetizei, em 1943, havia cerca de 40.000 palavras dicionarizadas no português, segundo Domício Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras. Hoje, são mais de 400.000; alguns filólogos estimam em 600.000. Ora, leitora, de onde brotaram tantas palavras? Dos novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das gírias, dos estrangeirismos.

Já vê, cara Mafalda, que a consequência dos estrangeirismos não é o empobrecimento da língua, e sim o seu enriquecimento. Nós nos irritamos com os abusos, sim, como acontece com qualquer outro abuso.

A questão do estrangeirismo se aclara com a pergunta: com quem a pessoa quer se comunicar? Se usa palavras que muitas pessoas não entendem, não vai se comunicar com elas. Mesmo usando só o português. No caso das frases em inglês na Rua Oscar Freire, aqueles comerciantes não estão querendo se comunicar com quem não as entende.

Existe quem use a expressão estrangeira por pedantismo, quando há termo equivalente brasileiro. Mas por que impedir alguém de ser pedante? É um direito dele. Há quem use por ser modismo, mas por que ir contra a moda? Ela passa.

Na maioria dos casos, usa-se o estrangeirismo por necessidade. Há palavras estrangeiras inevitáveis, porque designam coisas novas com mais exatidão e rapidez: air bag, shopping center, e-mail, flash, slide, outdoor, marketing, videogame e milhares de outras.

Centenas delas ficaram bem à vontade quando aportuguesadas: uísque, futebol, lanchonete, gol, chique, garçom, sanduíche - e por aí vai. Muitas ficaram bem bacaninhas no nosso dia a dia, mesmo usadas do jeito que chegaram: jeans, show, shopping, topless, manicure, vitrine...

Ou seja, o povo falante há de peneirar o que merece permanência.

(Ivan Ângelo. Revista Veja. São Paulo: Abril, 25 mai. 2011. Adaptado.)

Ainda conforme o Texto 1, se o vocabulário de uma língua se amplia é devido a que:
Alternativas
Q510806 Português
TEXTO 1

Palavras emprestadas

A leitora Mafalda, sob o título “Sugestão de crônica”, mandou-me um e-mail protestando contra a invasão de expressões estrangeiras no dia a dia do brasileiro. Enviou até fotos de vitrines dos arredores de sua casa na região da Rua Oscar Freire.

Visionária, a leitora sonhava que eu pudesse contribuir para “mudar o uso do inglês nas ruas”, motivar algum político “a comprar essa briga” e dizia ser isso uma questão de patriotismo. Não acha?

Não acho, leitora, leitores. Com jeito vou tentar explicar.

Quando me alfabetizei, em 1943, havia cerca de 40.000 palavras dicionarizadas no português, segundo Domício Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras. Hoje, são mais de 400.000; alguns filólogos estimam em 600.000. Ora, leitora, de onde brotaram tantas palavras? Dos novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das gírias, dos estrangeirismos.

Já vê, cara Mafalda, que a consequência dos estrangeirismos não é o empobrecimento da língua, e sim o seu enriquecimento. Nós nos irritamos com os abusos, sim, como acontece com qualquer outro abuso.

A questão do estrangeirismo se aclara com a pergunta: com quem a pessoa quer se comunicar? Se usa palavras que muitas pessoas não entendem, não vai se comunicar com elas. Mesmo usando só o português. No caso das frases em inglês na Rua Oscar Freire, aqueles comerciantes não estão querendo se comunicar com quem não as entende.

Existe quem use a expressão estrangeira por pedantismo, quando há termo equivalente brasileiro. Mas por que impedir alguém de ser pedante? É um direito dele. Há quem use por ser modismo, mas por que ir contra a moda? Ela passa.

Na maioria dos casos, usa-se o estrangeirismo por necessidade. Há palavras estrangeiras inevitáveis, porque designam coisas novas com mais exatidão e rapidez: air bag, shopping center, e-mail, flash, slide, outdoor, marketing, videogame e milhares de outras.

Centenas delas ficaram bem à vontade quando aportuguesadas: uísque, futebol, lanchonete, gol, chique, garçom, sanduíche - e por aí vai. Muitas ficaram bem bacaninhas no nosso dia a dia, mesmo usadas do jeito que chegaram: jeans, show, shopping, topless, manicure, vitrine...

Ou seja, o povo falante há de peneirar o que merece permanência.

(Ivan Ângelo. Revista Veja. São Paulo: Abril, 25 mai. 2011. Adaptado.)

Para a compreensão dos sentidos do texto, além do vocabulário, são muito importantes certos recursos gramaticais. Observe, nas alternativas seguintes, os comentários que são feitos e identifique aquela em que o comentário está corretamente formulado.
Alternativas
Q510808 Português
TEXTO 2

O que é trabalho escravo.

A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de alguém possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões.

Há fazendeiros que, a fim de derrubar matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os ‘contratadores de empreitada’, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.

Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

(Disponível em: WWW.reporterbrasil.org.br/conteudo.php?id=4. Acesso em 15 de agosto de 2012. Fragmento).

O Texto 2 se inicia nos seguintes termos: “A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de alguém possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões”. Nesse parágrafo, a expressão sublinhada é altamente relevante porque:
Alternativas
Respostas
1: E
2: B
3: C
4: E
5: D