Universitário que lê sem entender
Pesquisa no Canadá mostra que os leitores fluentes têm dificuldade de compreensão elementar
Os canadenses descobriram que até nas universidades
prolifera um tipo de leitor: o que lê bem e não entende. Estudo com
400 alunos da Universidade de Alberta mostrou um déficit de
compreensão não detectado em 5% de toda a população.
São pessoas que quando investem numa leitura, esquecem o
significado específico de uma passagem. Fazem uma
generalização, que se fixa na memória de curto prazo (capacidade
de armazenar informação para processamento imediato) e, ao se
concluir a leitura, esquecem o que estava dito no 1º parágrafo, por
exemplo. Manter e executar muitas instruções em série é um
sacrifício para elas, pois o hábito de leitura as fez assim.
Tais pessoas podem passar despercebidas em testes de precisão
de leitura, se tais sondagens se limitarem a identificar dificuldades
rudimentares de leitura. Para os pesquisadores, é útil a esse leitor
escrever a ideia principal de cada parágrafo ao lê-lo. E adquirir o
hábito de ler textos variados, que não sejam de uma única
especialidade.
REVISTA LÍNGUA. Ano 7. n. 78. abr 2012.