Questões de Concurso Público Prefeitura de Orobó - PE 2019 para Enfermeiro

A queimadura é uma lesão dos tecidos orgânicos decorrente de um agente causador, a extensão da superfície corpórea queimada e a profundidade ou grau, podendo ser causadas por: agentes químicos como: álcali, ácidos, álcool; agentes físicos: soluções inflamáveis, matéria líquida ou sólida em alta temperatura, exposição ao fogo, corrente elétrica, radiação solar, nucleares e agentes biológicos: águaviva, urtiga, etc.

Podem ser descritas de acordo com a profundidade, sendo classificada como de primeiro grau, quando as lesões celulares ocorrem na derme, em que menos de 15% da superfície corporal é atingida. De segundo grau, quando compromete a epiderme apenas, médio ou médio queimado, entre 15 e menos de 40% da pele coberta, e de terceiro grau, quando acomete todas as camadas epidérmicas e dérmicas, e grave ou grande queimado, que representa mais de 40% do corpo queimado.

No processo fisiológico, primeiramente, ocorre necrose eosinofílica e, paulatinamente, edema e intensa congestão hemorrágica, com os tecidos evoluindo do esbranquiçado para escara acinzentada, ficando preta logo em seguida. Inicia-se o tecido de granulação 10 dias depois; em cerca de três semanas, há propagação fibroblástica e cicatricial, com começo das estenoses.

Os processos de recomposição epidérmica e a própria capacidade do organismo reconstruir-se podem ser alcançados com maior rapidez por meio de cuidados como: desbridamento, limpeza e higiene local. Esse processo divide-se, ordenadamente, por fechamento primário da ferida e cicatrização por segunda intenção.

Processo de cuidados com queimados passou por várias inovações, em busca da qualidade reconstrutiva para a autoimagem do indivíduo e redução da dor durante o processo de cicatrização. Em 1956, foi criado o banco de pele da Unidade de Queimaduras do Hospital das Clínicas de São Paulo. Os enxertos autólogos e enxertos homólogos eram conservados em um refrigerador quando não usados no dia da colheita. Somente em 1997, o transplante de órgãos e tecidos humanos foi regulamentado, no Brasil ,por meio da Lei nº 9434, instituindo critérios para a retirada de órgãos e tecidos de doadores in vivo ou post-mortem.