Questões de Concurso Público Prefeitura de Aroeiras - PB 2019 para Psicólogo
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2019
Banca:
CONTEMAX
Órgão:
Prefeitura de Aroeiras - PB
Prova:
CONTEMAX - 2019 - Prefeitura de Aroeiras - PB - Psicólogo |
Q1289434
Psicologia
A personalidade é aquilo que dá ordem e
congruência a todos os comportamentos diferentes
apresentados pelo indivíduo. Alguns teóricos
enfatizam a função da personalidade na mediação
do ajustamento do indivíduo. A personalidade
consiste nos esforços de ajustamento variados e, no
entanto, típicos, realizados pelo indivíduo. Em outras
definições, a personalidade é igualada aos aspectos
únicos ou individuais do comportamento. Nesse
caso, o termo designa aquilo que é distintivo no
indivíduo e o diferencia de todas as outras pessoas.
Finalmente, alguns teóricos consideram que a
personalidade representa a essência da condição
humana. Essas definições sugerem que a
personalidade se refere àquela parte do indivíduo
que é mais representativa da pessoa, não apenas
porque a diferencia dos outros, mas principalmente
porque é aquilo que a pessoa realmente é ( Feist &
Feist, 2008) isto posto, avalie as proposições de acordo
com as teorias da personalidade da psicologia:
I. Para Freud, existem elementos básicos na personalidade que impulsionam comportamentos, podendo determinar seus rumos: instintos ou pulsão, compreendidos como forças propulsoras da personalidade. Assim, a pulsão pode ser definida como uma forma de energia fisiológica capaz de ligar as necessidades do corpo aos desejos da mente.
II. Para Beck o condicionamento se subdivide em dois tipos, o respondente e o operante, o primeiro é o dito comportamento reflexo, podendo ser facilmente aprendido e manifestado, no entanto este depende do que acontece anteriormente ao comportamento, o que o difere do condicionamento operante, que depende do que ocorre depois que o comportamento termina. Já o reforço pode ser definido como um estímulo que pode aumentar a probabilidade de a resposta desejada ocorrer, podendo ser positivo ou negativo.
III. A teoria de Frederick Perls tem como foco a percepção do self, em sua congruência e incongruência, tal como é percebido, e a experiência real do organismo. Assim, fica evidente que a teoria centrada na pessoa, de Rogers, acredita que cada indivíduo tem dentro de si as potencialidades necessárias para saúde e crescimento criativo.
IV. Harry Stack Sullivan, o primeiro estadunidense a construir uma teoria da personalidade abrangente, acreditava que as pessoas desenvolviam suas personalidades em um contexto social. Sem os outros, afirmava Sullivan, os humanos não teriam nenhuma personalidade. “Uma personalidade nunca pode ser isolada da complexidade das relações interpessoais na qual vive o indivíduo e na qual ele apresenta o seu ser”.
Dentre as afirmativas são verdadeiras:
I. Para Freud, existem elementos básicos na personalidade que impulsionam comportamentos, podendo determinar seus rumos: instintos ou pulsão, compreendidos como forças propulsoras da personalidade. Assim, a pulsão pode ser definida como uma forma de energia fisiológica capaz de ligar as necessidades do corpo aos desejos da mente.
II. Para Beck o condicionamento se subdivide em dois tipos, o respondente e o operante, o primeiro é o dito comportamento reflexo, podendo ser facilmente aprendido e manifestado, no entanto este depende do que acontece anteriormente ao comportamento, o que o difere do condicionamento operante, que depende do que ocorre depois que o comportamento termina. Já o reforço pode ser definido como um estímulo que pode aumentar a probabilidade de a resposta desejada ocorrer, podendo ser positivo ou negativo.
III. A teoria de Frederick Perls tem como foco a percepção do self, em sua congruência e incongruência, tal como é percebido, e a experiência real do organismo. Assim, fica evidente que a teoria centrada na pessoa, de Rogers, acredita que cada indivíduo tem dentro de si as potencialidades necessárias para saúde e crescimento criativo.
IV. Harry Stack Sullivan, o primeiro estadunidense a construir uma teoria da personalidade abrangente, acreditava que as pessoas desenvolviam suas personalidades em um contexto social. Sem os outros, afirmava Sullivan, os humanos não teriam nenhuma personalidade. “Uma personalidade nunca pode ser isolada da complexidade das relações interpessoais na qual vive o indivíduo e na qual ele apresenta o seu ser”.
Dentre as afirmativas são verdadeiras:
Ano: 2019
Banca:
CONTEMAX
Órgão:
Prefeitura de Aroeiras - PB
Prova:
CONTEMAX - 2019 - Prefeitura de Aroeiras - PB - Psicólogo |
Q1289440
Psicologia
Texto associado
Estudo de caso (Brito & Duarte, 2004):
O nome adotado no Estudo de caso é
fictício. Helena, uma mulher de 53 anos de idade,
era casada com um administrador de empresa
desempregado e tinha três filhos, sendo duas
mulheres e um homem. Era a filha mais velha de
cinco irmãos. Descreveu o pai como uma pessoa
rígida, verbalmente abusiva, perfeccionista. Já a
mãe, descreveu como sendo uma pessoa dócil,
dependente, passiva, prestativa e sem ambições.
Relatou que se casou aos dezesseis anos
para sair de casa, pois até então, não tivera
liberdade. Só quando colocou uma aliança no
dedo” pôde sair só com o noivo, e, mesmo
assim, com longas admoestações do pai que
temia que ela se perdesse na vida. Depois que
concluiu o primeiro grau, empregou-se numa
empresa pública que estava para ser privatizada.
Esta questão deixou Helena indecisa se deveria
aposentar proporcionalmente ou não. Adiou a
decisão, pois gostava do trabalho e dos colegas.
Helena e a família estavam passando por
dificuldades financeiras devido à demissão do
marido. Esta situação a incomodava bastante,
pois o filho queria se casar e na sua avaliação o
momento não era propício. Recentemente Helena
experimentara uma ligeira tontura. Com o passar
do tempo sua tontura piorou e ela começou a
sentir o aumento de sua freqüência cardíaca,
juntamente com tremores e transpiração
excessiva. Sua respiração estava cada vez mais
ofegante, sentia a boca seca e dores e pressão
no peito.
Com o agravamento dessas
manifestações, ela deixara de sair de casa. Não ia
a bancos e supermercados, não fazia compras e
não ia à casa das filhas visitar os netos. Quando
um deles se machucou, ela correu, tirou o carro
da garagem, mas quando se viu na rua, teve a
sensação de que ia morrer. Voltou com o carro
para a garagem e solicitou ao esposo que a
levasse até o neto. Ainda assim, experimentou
um intenso pavor durante o trajeto, pavor esse
que se repetia a cada dia quando saía de casa
para o trabalho na companhia do marido. Helena
deixou de dirigir.
Após realizar exames médicos de rotina,
foi diagnosticada como sofrendo de distúrbio
neurovegetativo. A qual foi orientada a tomar a
medicação prescrita e não levar as coisas da vida
tão sério. Não satisfeita com o diagnóstico,
procurou um cardiologista e a seguir um
psiquiatra com o qual se tratou
farmacologicamente por seis meses sem
sucesso.
Procurou uma psicóloga, onde na ocasião
nas duas primeiras sessões do processo
terapêutico foram usadas para reunir
informações. A queixa inicial incluía descrições
de taquicardia, sudorese, tonturas, tremores,
perda de controle, sensações de morte iminente,
pavor e sufoco. Também relatou problemas no
sono, dificuldades de concentração, receio de
ficar só, e comportamentos de evitação que
incluíam a recusa em dirigir. Como parte da
avaliação, Helena respondeu ao Questionário de
História Vital (Lazarus, 1980) que confirmou os
eventos relatados na entrevista inicial.
Em seguida, Helena foi orientada a
praticar o relaxamento em casa pelo menos três
vezes ao dia. A hiperventilação foi usada na
presença da terapeuta para evocar os sinais característicos dos respondentes fisiológicos,
tais como palpitações, tremores, tonteiras,
sensações de falta de ar, vertigens e sudorese. A
aplicação desta técnica pode ser compreendida
através do fragmento de sessão abaixo:
T = Helena, gostaria de fazer uma
demonstração para ajudá-la a compreender os
sinais de ansiedade que tanto te incomodam.
C = Ah, não! Só de pensar nisso tudo,
tenho medo.
T =Isso poderia ajudá-la a controlar
aquelas sensações desagradáveis...
C = Ah, meu Deus! Eu não vou
conseguir...(começa a chorar)
Após várias considerações e hesitações, Helena
concordou.
Antes de realizar a técnica de hiperventilação, a
terapeuta aproximou-se de Helena, tomou-lhe a
mão e perguntou: Vamos começar?”.
T = Agora, gostaria que você respirasse
muito rápido, inalando o ar através da boca como
se estivesse realmente sem fôlego. Observe
como eu estou fazendo (a terapeuta começa,
então, a respirar pela boca demonstrando a
Helena como ela deveria proceder).
T = Está pronta?
C = Sim.
T = Então comece a respirar da maneira
que lhe demonstrei. Vamos iniciar juntas. Está
bem?
A terapeuta acompanhou Helena no
princípio do exercício de hiperventilação e a
encorajou a concluí-lo sozinha por um minuto e
meio a dois minutos. Ao final do exercício, soltou
sua mão e retornou ao seu lugar.
T = Muito bem. Agora, levante-se.
C = Oh, meu Deus? Estou ofegante.
Parece que vou desmaiar.
C = Meu coração bate muito forte, estou
tonta... Acho que se não estivesse sentada, iria
desmaiar aqui mesmo.
T = Penso que realmente é muito
desagradável para você sentir-se assim. Agora,
feche os olhos e comece a respirar lentamente,
suavemente... Isso... Muito bem! Continue assim,
respirando lenta e suavemente da maneira que
você aprendeu no relaxamento. Pausa... Você se
sentirá bem melhor. Pausa... Continue a respirar
assim: inalando o ar pelo nariz e exalando-o pela
boca... Pausa...
T = E, então? Como está se sentindo
agora?
C = Acho que se você não estivesse aqui
comigo, eu teria desmaiado.
T = Você não desmaiou. Isso já ocorreu
durante estes momentos em que experimentou
tais sensações?
C = Não, nunca desmaiei.
As sessões prosseguiram e Helena
começou a obter resultados verificando que os
pensamentos disfuncionais acerca do medo de
sair de caso estavam diminuindo e já conseguia
ir na padaria e em outros locais.
Qual a psicoterapia utilizada no caso de Helena?