Questões de Concurso Público Prefeitura de Sabará - MG 2017 para AEB - Assistente Social
Foram encontradas 11 questões
Ano: 2017
Banca:
CONSULPLAN
Órgão:
Prefeitura de Sabará - MG
Prova:
CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - AEB - Assistente Social |
Q1699605
Português
Texto associado
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Preconceito à velhice
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Assim, a velhice ganha, aos poucos, o estigma da vergonha, como se as rugas fossem cicatrizes socialmente
inadmissíveis, os cabelos brancos, sinais de degradação, a aposentadoria, ociosidade vergonhosa, as limitações próprias
da idade, incompetência.
Fiquei chocado quando, em Estocolmo, uma amiga, assistente social, me contou que trabalhava num asilo, uma
espécie de apart-hospital, onde as famílias depositavam seus idosos. Não há exagero no verbo. A função de minha
amiga era visitar os aniversariantes, já que, em geral, suas famílias jamais apareciam e nem sequer telefonavam. [...]
Algumas universidades facultam a eles o livre acesso a seus cursos, sem exigência de vestibular e frequência
regular. Também empresas têm dado preferência a idosos na ocupação de certos cargos. No entanto, falta muito para
que os nossos idosos sintam-se de fato valorizados, respeitados e, sobretudo, venerados, como ocorre nas aldeias
indígenas. Ali, quando morre um velho, é toda uma biblioteca que desaparece. Pois é através da memória que a história
é registrada e transmitida, embalada numa sabedoria que o nosso academicismo cartesiano custa a apreender. Bons
tempos aqueles em que, em Minas, pedíamos a bênção dos mais velhos. E tínhamos todo o tempo do mundo para ouvir
suas experiências e ensinamentos. Como a minha avó Zina que, aos 90 anos, narrava sua mocidade em Ouro Preto com
um brilho adolescente nos olhos.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Frei Betto (fragmento). Disponível em: http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp
?lang=PT&cod=6169.)
De acordo com as informações e ideias do autor:
Ano: 2017
Banca:
CONSULPLAN
Órgão:
Prefeitura de Sabará - MG
Prova:
CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - AEB - Assistente Social |
Q1699608
Português
Texto associado
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Preconceito à velhice
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Assim, a velhice ganha, aos poucos, o estigma da vergonha, como se as rugas fossem cicatrizes socialmente
inadmissíveis, os cabelos brancos, sinais de degradação, a aposentadoria, ociosidade vergonhosa, as limitações próprias
da idade, incompetência.
Fiquei chocado quando, em Estocolmo, uma amiga, assistente social, me contou que trabalhava num asilo, uma
espécie de apart-hospital, onde as famílias depositavam seus idosos. Não há exagero no verbo. A função de minha
amiga era visitar os aniversariantes, já que, em geral, suas famílias jamais apareciam e nem sequer telefonavam. [...]
Algumas universidades facultam a eles o livre acesso a seus cursos, sem exigência de vestibular e frequência
regular. Também empresas têm dado preferência a idosos na ocupação de certos cargos. No entanto, falta muito para
que os nossos idosos sintam-se de fato valorizados, respeitados e, sobretudo, venerados, como ocorre nas aldeias
indígenas. Ali, quando morre um velho, é toda uma biblioteca que desaparece. Pois é através da memória que a história
é registrada e transmitida, embalada numa sabedoria que o nosso academicismo cartesiano custa a apreender. Bons
tempos aqueles em que, em Minas, pedíamos a bênção dos mais velhos. E tínhamos todo o tempo do mundo para ouvir
suas experiências e ensinamentos. Como a minha avó Zina que, aos 90 anos, narrava sua mocidade em Ouro Preto com
um brilho adolescente nos olhos.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Frei Betto (fragmento). Disponível em: http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp
?lang=PT&cod=6169.)
Ao citar o hábito de indígenas em relação aos idosos, é empregada uma metáfora que
Ano: 2017
Banca:
CONSULPLAN
Órgão:
Prefeitura de Sabará - MG
Prova:
CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - AEB - Assistente Social |
Q1699609
Português
Texto associado
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Preconceito à velhice
Hoje, custa assumir a velhice. A mercantilização da aparência humana descobriu o elixir da eterna juventude. Fortunas são movimentadas para prolongar a nossa juventude ou, pelo menos, a ilusão de que ela é perene: cirurgias plásticas, academias de malhação, pílulas energéticas, bebidas revitalizadoras, alimentos dietéticos etc.
Assim, a velhice ganha, aos poucos, o estigma da vergonha, como se as rugas fossem cicatrizes socialmente
inadmissíveis, os cabelos brancos, sinais de degradação, a aposentadoria, ociosidade vergonhosa, as limitações próprias
da idade, incompetência.
Fiquei chocado quando, em Estocolmo, uma amiga, assistente social, me contou que trabalhava num asilo, uma
espécie de apart-hospital, onde as famílias depositavam seus idosos. Não há exagero no verbo. A função de minha
amiga era visitar os aniversariantes, já que, em geral, suas famílias jamais apareciam e nem sequer telefonavam. [...]
Algumas universidades facultam a eles o livre acesso a seus cursos, sem exigência de vestibular e frequência
regular. Também empresas têm dado preferência a idosos na ocupação de certos cargos. No entanto, falta muito para
que os nossos idosos sintam-se de fato valorizados, respeitados e, sobretudo, venerados, como ocorre nas aldeias
indígenas. Ali, quando morre um velho, é toda uma biblioteca que desaparece. Pois é através da memória que a história
é registrada e transmitida, embalada numa sabedoria que o nosso academicismo cartesiano custa a apreender. Bons
tempos aqueles em que, em Minas, pedíamos a bênção dos mais velhos. E tínhamos todo o tempo do mundo para ouvir
suas experiências e ensinamentos. Como a minha avó Zina que, aos 90 anos, narrava sua mocidade em Ouro Preto com
um brilho adolescente nos olhos.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Frei Betto (fragmento). Disponível em: http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp
?lang=PT&cod=6169.)
Acerca da construção do 3º§ do texto está correta a afirmação:
Ano: 2017
Banca:
CONSULPLAN
Órgão:
Prefeitura de Sabará - MG
Prova:
CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - AEB - Assistente Social |
Q1699610
Português
Texto associado
A dona do ar
Quando completou três anos de idade, em 1922, Rosa Helena Schorling, conhecida como Rosita, ganhou de
presente um velocípede de madeira construído pelo pai. Aos 12, o brinquedo havia ficado para trás e seu principal meio
de transporte era um Opel 1896 de fabricação alemã e direção do lado direito. Aos 19, tornou-se a oitava brasileira apta
a pilotar aviões e, aos 21, se tornou a primeira mulher a saltar de paraquedas no País.
Hoje, por força de seus 94 anos, caminha mais devagar, mas olha o céu do mesmo modo como olhava quando
avistou, pela primeira vez, o imenso balão prateado Graf Zeppelin, que sobrevoou o território capixaba em 1932,
inaugurando o tráfego aéreo entre a Europa e a América Latina. O acordo feito com o pai era o seguinte: primeiro Rosa
Helena terminaria os estudos no tradicional colégio de freiras em que aprendia letras, ciências, piano e costura. Depois,
tão logo conquistasse o canudo de professora-normalista, estaria autorizada a estudar aviação.
O trato foi cumprido. Em 1938, começou o curso, orientada a observar o terreno e sentir a altitude e os comandos.
“No ar, eu me sinto livre como em nenhum outro lugar”, define a aviadora que o presidente Getúlio Vargas chamava de
“capixaba endiabrada”.
Diante do xeque-mate de um noivo que a mandou escolher entre voar e o casamento, ficou com o avião. Aos 35
anos, por causa da morte do pai, Rosita voltou ao interior para cuidar da mãe e trabalhar como professora. As crianças,
curiosas, a enchiam de perguntas sobre suas peripécias no ar. Casou-se anos depois, na década de 1960, e teve um
único filho. O bebê, no entanto, viveu apenas cinco meses e 16 dias. “Perdi muita gente”, lamenta. O pai, sem dúvida,
foi o maior incentivador. Um dia, o general que presidia o Aeroclube do Brasil quis conhecer a família da aluna. Diante
do pai de Rosita, João Ricardo Schorling, perguntou:
– E se alguma coisa acontecer a ela?
Decidido como a filha, Schorling respondeu prontamente:
– Então ela terá a morte dos seus sonhos.
(Ana Laura Nahas. Vida simples, janeiro de 2014.)
Nos três últimos parágrafos do texto ocorre a transcrição de um diálogo através do discurso direto. Acerca deste
trecho do texto é correto afirmar que
Ano: 2017
Banca:
CONSULPLAN
Órgão:
Prefeitura de Sabará - MG
Prova:
CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - AEB - Assistente Social |
Q1699611
Português
Texto associado
A dona do ar
Quando completou três anos de idade, em 1922, Rosa Helena Schorling, conhecida como Rosita, ganhou de
presente um velocípede de madeira construído pelo pai. Aos 12, o brinquedo havia ficado para trás e seu principal meio
de transporte era um Opel 1896 de fabricação alemã e direção do lado direito. Aos 19, tornou-se a oitava brasileira apta
a pilotar aviões e, aos 21, se tornou a primeira mulher a saltar de paraquedas no País.
Hoje, por força de seus 94 anos, caminha mais devagar, mas olha o céu do mesmo modo como olhava quando
avistou, pela primeira vez, o imenso balão prateado Graf Zeppelin, que sobrevoou o território capixaba em 1932,
inaugurando o tráfego aéreo entre a Europa e a América Latina. O acordo feito com o pai era o seguinte: primeiro Rosa
Helena terminaria os estudos no tradicional colégio de freiras em que aprendia letras, ciências, piano e costura. Depois,
tão logo conquistasse o canudo de professora-normalista, estaria autorizada a estudar aviação.
O trato foi cumprido. Em 1938, começou o curso, orientada a observar o terreno e sentir a altitude e os comandos.
“No ar, eu me sinto livre como em nenhum outro lugar”, define a aviadora que o presidente Getúlio Vargas chamava de
“capixaba endiabrada”.
Diante do xeque-mate de um noivo que a mandou escolher entre voar e o casamento, ficou com o avião. Aos 35
anos, por causa da morte do pai, Rosita voltou ao interior para cuidar da mãe e trabalhar como professora. As crianças,
curiosas, a enchiam de perguntas sobre suas peripécias no ar. Casou-se anos depois, na década de 1960, e teve um
único filho. O bebê, no entanto, viveu apenas cinco meses e 16 dias. “Perdi muita gente”, lamenta. O pai, sem dúvida,
foi o maior incentivador. Um dia, o general que presidia o Aeroclube do Brasil quis conhecer a família da aluna. Diante
do pai de Rosita, João Ricardo Schorling, perguntou:
– E se alguma coisa acontecer a ela?
Decidido como a filha, Schorling respondeu prontamente:
– Então ela terá a morte dos seus sonhos.
(Ana Laura Nahas. Vida simples, janeiro de 2014.)
Dentre as expressões destacadas a seguir, todas apresentam a mesma indicação quanto ao sentido que representam
na frase em que estão inseridas, com EXCEÇÃO de: