Questões de Concurso Público Colégio Pedro II 2018 para Professor - Português
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Uma das marcas mais típicas da narrativa machadiana é a expressão de uma mundividência em que a desilusão com a vida, com a sociedade e com o ser humano são as tônicas.
O Texto V apresenta, sutilmente, a visão desiludida do narrador em relação à existência humana e à vida, por meio da
No processo argumentativo desenvolvido no Texto VI, teses distintas entram em conflito.
Assinale a alternativa que apresenta as teses defendidas por Mundo Novo e Lutamos, respectivamente, sobre a manutenção das conquistas da Revolução, evitando-se futuros golpes de Estado.
“Para Catherine Kerbrat-Orecchioni (1986), o receptor de um enunciado percorre um caminho que vai do conteúdo explícito ao implícito eventual. Conforme a autora, não existem marcas de implícito, mas sempre se pode estabelecer uma ancoragem textual explícita para ele.” (ARGELIM, Regina Célia. “Polifonia e implícito como recursos argumentativos em textos midiáticos”. In: PAULIUKONIS, Maria Aparecida; GAVAZZI, Sigrid (Org.). Texto e discurso: mídia, literatura e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003, p.16.)
Tendo por base a citação acima, pode-se afirmar em relação ao Texto VI que, no fragmento “Mas agora já chega, o Comissário já não consegue mobilizar-me mais. E o que disse é verdade, tem razão.” (linhas 29-30), o subentendido está pautado em uma ancoragem de natureza
Uma das funções contemporâneas dos estudos literários é a revisão do cânone, dando publicidade às vozes sociais que foram recalcadas pela tradição por razões que nem sempre corresponderam à da qualidade estética. É o caso de Quarto de despejo, romance em forma de diário em que a favela não é apresentada por um intelectual consagrado, mas pela própria favelada.
No Texto VII, a percepção aguda da narradora quanto à opressão vivida nas relações sociais estabelecidas na favela põe em destaque o(a)
“Em resumo, que elementos distinguiriam essa literatura? Para além das discussões conceituais, alguns indicadores podem ser destacados: uma voz autoral afrodescendente, explícita ou não no discurso; temas afro-brasileiros; construções linguísticas marcadas por uma afro-brasilidade de tom, ritmo, sintaxe ou sentido; um projeto de transitividade discursiva, explícita ou não, com vistas ao universo recepcional; mas sobretudo, um ponto de vista ou lugar de enunciação política e culturalmente identificado à afrodescendência, como fim e começo.” (DUARTE, Eduardo de Assis. “Por um conceito de literatura afro-brasileira”. In: DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares (Org.). Literatura e afrodescendência: antologia crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2011, p. 385.)
Segundo o conceito defendido por Duarte, assim como Carolina Maria de Jesus, também constitui exemplo legítimo de literatura afro-brasileira