Questões de Concurso Público Prefeitura de Joinville - SC 2024 para Auxiliar Escolar

Foram encontradas 2 questões

Q2366963 Português
Texto CB2A1


            As discussões sobre o uso da tecnologia na educação já acontecem há alguns anos e foram potencializadas após a pandemia de covid-19 e, mais recentemente, pelo Relatório de Monitoramento Global da Educação publicado pela UNESCO em 2023.

         A infoexclusão é um ponto de atenção no relatório. Embora o Brasil tenha iniciativas de distribuição de equipamentos de informática nas escolas, quem está conectado à Internet não necessariamente está digitalmente incluído. Além da democratização do acesso e disponibilização de infraestrutura, é necessário o multiletramento.

              Nesse contexto, a visão dicotômica dos smartphones como heróis ou vilões deve ser discutida. O relatório da UNESCO revela que um em cada quatro países já proibiu ou restringiu o uso de smartphones nas salas de aulas, alegando dispersão e prejuízos para a aprendizagem. Além disso, preocupam questões éticas, como gravação de aulas ou uso de imagens sem autorização, falta de controle ao que os alunos possam acessar, cyberbullying, exposição a conteúdos inapropriados, acesso a fake news, entre outras.

             No entanto, simplesmente proibir o uso de smartphones nas escolas segue na contramão do que vislumbramos para a formação dos estudantes nos dias atuais. Eles precisam aprender a evitar o uso nocivo da tecnologia, desenvolvendo noções básicas em favor do seu uso acadêmico e cidadão.

               Enfrentamos na contemporaneidade inúmeros desafios no que se refere à tecnologia aplicada à educação. Entretanto, vislumbramos, a partir do uso ético e criativo da tecnologia educacional, uma potência que não pode ser desconsiderada.


Érica Ramos Rocha Silva. Possibilidades da tecnologia na educação. Internet: <www.correio24horas.com.b>  (com adaptações).
De acordo com as ideias veiculadas no texto CB2A1, é necessário
Alternativas
Q2366966 Português
Texto CB2A2


            No caso de uma criança com menos de dez anos — entenda-se aqui o nível de maturidade, e não a idade —, o professor deve preocupar-se principalmente para que ela não seja importunada no seu brincar e nas suas experiências. Ensiná-la não faz sentido, pois, nessa idade narcisista, ela responde a cada interferência fugindo da realização da atividade. Nessa idade, desenhar e pintar são os seus principais meios de expressão.

          A partir dos 10 anos, a criança começa a ficar insatisfeita com seus modos de expressão; o ambiente mais amplo ganha sentido para ela — não mais como aquele que existia em sua fantasia, mas como é na realidade —, e só então pode ser instaurado o “ensino da forma”, que não deve, porém, encobrir a sua espontaneidade expressiva. As técnicas de desenho e pintura devem ser apresentadas à criança conforme suas necessidades. Tamanhos, relações entre tamanhos (proporção), ritmo, claro, escuro, escultura, espaço, cor e o valor de expressão do exagero, da sutileza e da composição. Os elementos com os quais a criança opera são por natureza os mesmos da “grande arte” e levam a criança, por si mesma, a ter consciência deles, abrindo o caminho da “grande arte” para ela.


Friederike Brandeis. O desenhar das crianças.
In: Cadernos CEDES, v. 42, n.º 116, 2022, p. 122 (com adaptações).
De acordo com as ideias do texto CB2A2, julgue os itens a seguir.

I Conforme a perspectiva exposta no texto, não há razão para ensinar técnicas de desenho e pintura a crianças com nível de maturidade abaixo do de dez anos.

II Infere-se do texto que, antes dos dez anos, crianças confundem o mundo exterior com seu mundo interior.

III O texto recomenda o ensino de técnicas de desenho e pintura, de modo sistemático e padronizado, às crianças com idade a partir dos dez anos.

Assinale a opção correta. 
Alternativas
Respostas
1: D
2: C