Thomas, de dois anos de idade, apresenta atraso de fala,
irritabilidade, autoagressividade, apego a objetos aparentemente
sem significado e insônia. A sua genitora começou a estranhar o
comportamento dele depois de ele ter completado um ano de
idade. Inicialmente, recorreu à atenção primária, mas foi
orientada a aguardar o desenvolvimento e procurar uma creche
para que a criança pudesse ter contato com outras crianças,
especialmente por morar apenas com a mãe e não ter outro
cuidador de referência na cidade. Sem melhora no quadro do
filho, a genitora buscou novamente atendimento, conforme
relatou: “Resolvi voltar ao postinho. Foi aí que me mandaram
procurar um lugar especializado para avaliarem meu filho e
começarem o tratamento” (sic). O genitor é dependente químico,
passando por internações recorrentes. De acordo com o relato da
genitora, “Ele é muito doido. Nunca me ajudou em nada. Conheci
limpo. Uma vez, começou a não dizer coisa com coisa, quebrar
tudo em casa, conversar sozinho, dizer que tinha gente atrás dele,
que estava sem controle dos próprios membros. Fiquei muito
assustada. Corri com ele pro hospital e avisei um colega a
respeito da situação — o único que ainda está com ele. Só
descobri isso depois! Ele me revelou a história da droga. Fui
fraca. Não suportei. Mas foi a saída que encontrei pra criar meu
filho, já que sou só aqui e não teria condições de cuidar dos dois.
Preciso me policiar pra não abarcar tudo com as pernas. Minha
depressão grave desde a época de adolescente é muito em função
disso” (sic).
A respeito da situação hipotética precedente, julgue o item a
seguir, com base nas contribuições da psicopatologia e da
psicologia da saúde, no DSM-5 e nas ações básicas de saúde.