Questões de Concurso Público FUB 2023 para Técnico em Radiologia
Foram encontradas 6 questões
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234886
Português
Texto associado
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir
logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é aquele de quem muitos
têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz
grosserias, piadas inconvenientes. Crianças têm medo de
palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados
existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na
realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras,
milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais,
campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio
do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando
por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por
que a comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um
tratamento que não nega nem destitui a existência do pior, mas
que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim,
introduzimos que o horizonte do que o palhaço escuta é a
tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro,
que se mostra como uma repetição insensata sempre. O palhaço é
um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade
exagerando as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição
a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro é escutar o que
realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de
ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o
que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar
o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele
deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas.
O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
No trecho “o horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição insensata” (décimo período), a substituição de “se mostra” por mostra-se comprometeria a correção gramatical do trecho.
No trecho “o horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição insensata” (décimo período), a substituição de “se mostra” por mostra-se comprometeria a correção gramatical do trecho.
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234894
Português
Texto associado
Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir
logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é aquele de quem muitos
têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz
grosserias, piadas inconvenientes. Crianças têm medo de
palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas
fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados
existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na
realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras,
milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais,
campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas,
relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio
do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando
por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por
que a comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um
tratamento que não nega nem destitui a existência do pior, mas
que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim,
introduzimos que o horizonte do que o palhaço escuta é a
tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e
impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro,
que se mostra como uma repetição insensata sempre. O palhaço é
um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade
exagerando as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição
a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro é escutar o que
realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de
ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o
que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar
o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele
deveríamos pensar e dizer.
Christian Dunker e Cláudio Thebas.
O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
No trecho “Escutar o que realmente está sendo dito” (último período), a substituição de “o que” por o qual manteria a correção gramatical do texto.
No trecho “Escutar o que realmente está sendo dito” (último período), a substituição de “o que” por o qual manteria a correção gramatical do texto.
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234899
Português
Texto associado
O papel fundante da memória dos mortos para o
desenvolvimento da cultura teve algo de acidental, pois o
mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos
comportamentos dos ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem
partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa
espécie. Isso não aconteceu sem contradições, é claro. Com o
amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a
Papua-Nova Guiné, em distintos momentos e lugares,
floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto
os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se
garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a
queima dos pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres.
A Igreja Católica até hoje considera que os restos mortais dos
santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi,
portanto, impulsionada pelos afetos positivos e negativos em
relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos
conhecimentos carregados pelos avós e pais falecidos que
transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro
círculo virtuoso simbólico. Não é exagero dizer que o motor
essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos mortos. A
crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou
a um acúmulo acelerado de conhecimentos empíricos sobre o
mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e
práticas. Ainda que apoiada em coincidências e superstições de
todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa racionalidade.
Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou
não da eficácia dos símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história da ciência e do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo).
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a” empregado no trecho “levou a um acúmulo” (antepenúltimo período do segundo parágrafo).
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234900
Português
Texto associado
O papel fundante da memória dos mortos para o
desenvolvimento da cultura teve algo de acidental, pois o
mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos
comportamentos dos ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem
partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa
espécie. Isso não aconteceu sem contradições, é claro. Com o
amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a
Papua-Nova Guiné, em distintos momentos e lugares,
floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto
os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se
garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a
queima dos pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres.
A Igreja Católica até hoje considera que os restos mortais dos
santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi,
portanto, impulsionada pelos afetos positivos e negativos em
relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos
conhecimentos carregados pelos avós e pais falecidos que
transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro
círculo virtuoso simbólico. Não é exagero dizer que o motor
essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos mortos. A
crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou
a um acúmulo acelerado de conhecimentos empíricos sobre o
mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e
práticas. Ainda que apoiada em coincidências e superstições de
todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa racionalidade.
Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou
não da eficácia dos símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história da ciência e do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
Sem prejuízo dos sentidos originais do texto e de sua correção gramatical, no segundo período do segundo parágrafo, o adjetivo “carregados” poderia ser substituído por carregada, caso em que passaria a concordar com o termo “memória”.
Sem prejuízo dos sentidos originais do texto e de sua correção gramatical, no segundo período do segundo parágrafo, o adjetivo “carregados” poderia ser substituído por carregada, caso em que passaria a concordar com o termo “memória”.
Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
FUB
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Biologia
|
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico de Laboratório - Área: Química |
CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Técnico em Radiologia |
Q2234901
Português
Texto associado
O papel fundante da memória dos mortos para o
desenvolvimento da cultura teve algo de acidental, pois o
mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos
comportamentos dos ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem
partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando
perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa
espécie. Isso não aconteceu sem contradições, é claro. Com o
amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a
Papua-Nova Guiné, em distintos momentos e lugares,
floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos
espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto
os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se
garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a
queima dos pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres.
A Igreja Católica até hoje considera que os restos mortais dos
santos são valiosas relíquias religiosas.
A propagação dos memes de entidades espirituais foi,
portanto, impulsionada pelos afetos positivos e negativos em
relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos
conhecimentos carregados pelos avós e pais falecidos que
transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro
círculo virtuoso simbólico. Não é exagero dizer que o motor
essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos mortos. A
crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou
a um acúmulo acelerado de conhecimentos empíricos sobre o
mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e
práticas. Ainda que apoiada em coincidências e superstições de
todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa racionalidade.
Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou
não da eficácia dos símbolos religiosos.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história da ciência e do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
No trecho “Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas” (antepenúltimo período do primeiro parágrafo), a substituição de “que” por quanto preservaria os sentidos e a correção gramatical do texto.
No trecho “Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas” (antepenúltimo período do primeiro parágrafo), a substituição de “que” por quanto preservaria os sentidos e a correção gramatical do texto.