Questões de Concurso Público INSS 2022 para Técnico do Seguro Social - (GEX Guarulhos)
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2022
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
INSS
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2022 - INSS - Técnico do Seguro Social - (GEX Guarulhos) |
Q2001892
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
As pessoas que driblaram o desemprego trabalhando por
conta própria desde o início da pandemia estão ganhando 31%
menos em comparação com as que optaram por esse tipo de
trabalho dois anos antes da covid-19. Entre estas, o rendimento
médio mensal era de R$ 2.074, enquanto, entre aquelas, o
rendimento é de R$ 1.434. Os dados, publicados no Boletim
Emprego em Pauta, são do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e foram
obtidos a partir de uma análise comparativa que levou em conta
os resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ao final de 2021, o número de trabalhadores por conta
própria havia crescido 6,6%. A maioria não tem nenhuma
proteção social, o que confirma a precarização do trabalho até
mesmo para quem conseguiu se manter no mercado por conta
própria. Três em cada quatro pessoas que trabalham por conta
própria deixam de contribuir para a previdência social, ou seja,
apenas 12,7% desses trabalhadores conseguem pagar a
contribuição previdenciária para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), para terem alguma segurança no futuro com a
aposentadoria e outros benefícios. Entre os mais antigos, o
percentual era de 58,3%.
Os técnicos do DIEESE sugerem as seguintes hipóteses
para explicar esse percentual menor de inscrição no cadastro
nacional da pessoa jurídica (CNPJ) entre aqueles que começaram
a trabalhar mais recentemente por conta própria: a baixa
remuneração e a incerteza do negócio, assim como a preocupação
com o endividamento que a regularização do trabalho pode gerar.
Internet: <www.cut.org.br> (com adaptações).
Em relação às ideias do texto CB1A1-I, julgue os seguintes itens.
O vocábulo “obtidos” (terceiro período do primeiro
parágrafo) e o vocábulo “crescido” (primeiro período
do segundo parágrafo) constituem adjetivos nos contextos
sintáticos em que se inserem, haja vista a concordância dos
referidos termos, respectivamente, com “dados” (terceiro
período do primeiro parágrafo) e com “número” (primeiro
período do segundo parágrafo).
Ano: 2022
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
INSS
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2022 - INSS - Técnico do Seguro Social - (GEX Guarulhos) |
Q2001893
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
As pessoas que driblaram o desemprego trabalhando por
conta própria desde o início da pandemia estão ganhando 31%
menos em comparação com as que optaram por esse tipo de
trabalho dois anos antes da covid-19. Entre estas, o rendimento
médio mensal era de R$ 2.074, enquanto, entre aquelas, o
rendimento é de R$ 1.434. Os dados, publicados no Boletim
Emprego em Pauta, são do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e foram
obtidos a partir de uma análise comparativa que levou em conta
os resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ao final de 2021, o número de trabalhadores por conta
própria havia crescido 6,6%. A maioria não tem nenhuma
proteção social, o que confirma a precarização do trabalho até
mesmo para quem conseguiu se manter no mercado por conta
própria. Três em cada quatro pessoas que trabalham por conta
própria deixam de contribuir para a previdência social, ou seja,
apenas 12,7% desses trabalhadores conseguem pagar a
contribuição previdenciária para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), para terem alguma segurança no futuro com a
aposentadoria e outros benefícios. Entre os mais antigos, o
percentual era de 58,3%.
Os técnicos do DIEESE sugerem as seguintes hipóteses
para explicar esse percentual menor de inscrição no cadastro
nacional da pessoa jurídica (CNPJ) entre aqueles que começaram
a trabalhar mais recentemente por conta própria: a baixa
remuneração e a incerteza do negócio, assim como a preocupação
com o endividamento que a regularização do trabalho pode gerar.
Internet: <www.cut.org.br> (com adaptações).
Em relação às ideias do texto CB1A1-I, julgue os seguintes itens.
Seria mantida a correção gramatical do último período do
segundo parágrafo caso a forma verbal “era” fosse
flexionada no plural — eram —, dada a possibilidade de
concordância verbal com a expressão de porcentagem que
aparece logo em seguida.
Ano: 2022
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
INSS
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2022 - INSS - Técnico do Seguro Social - (GEX Guarulhos) |
Q2001901
Português
Texto associado
Ora, graças a Deus, lá se foi mais um. Um ano, quero
dizer. Menos um na conta, mais uma prestação paga. E tem quem
fique melancólico. Tem quem deteste ver à porta a cara do
mascate em cada primeiro do mês, cobrando o vencido. Quando
compram fiado, têm a sensação de que o homem deu de presente,
e se esquecem das prestações, que serão, cada uma, uma facada.
Nem se lembram dessa outra prestação que se paga a toda hora,
tabela Price insaciável comendo juros de vida, todo dia um
pouquinho mais; um cabelo que fica branco, mais um milímetro
de pele que enruga, uma camada infinitesimal acrescentada à
artéria que endurece, um pouco mais de fadiga no coração, que
também é carne e se cansa com aquele bater sem folga. E o olho
que enxerga menos, e o dente que caria e trata de abrir lugar
primeiro para o pivô, depois para a dentadura completa.
O engraçado é que muito poucos reconhecem isso.
Convencem-se de que a morte chega de repente, que não houve
desgaste preparatório, e nos apanha em plena flor da juventude,
ou em plena frutificação da maturidade; se imaginam uma rosa
que foi colhida em plena beleza desabrochada. Mas a rosa, se a
não apanha o jardineiro, que será ela no dia seguinte, após o
mormaço do sol e a friagem do sereno? A hora da colheita não
interessa ― de qualquer modo, o destino dela era murchar,
perder as pétalas, secar, sumir-se.
A gente, porém, não pode pensar muito nessas coisas.
Tem que pensar em alegrias, sugestionar-se, sugestionar os
outros. Vamos dar festas, vamos aguardar o ano novo com
esperanças e risadas e beijos congratulatórios. Desejar uns aos
outros saúde, riqueza e venturas. Fazer de conta que não se sabe;
sim, como se a gente nem desconfiasse. Tudo que nos espera:
dentro do corpo o que vai sangrar, doer, inflamar, envelhecer. As
cólicas de fígado, as dores de cabeça, as azias, os reumatismos, as
gripes com febre, quem sabe o tifo, o atropelamento. Tudo
escondido, esperando. Sem falar nos que vão ficar tuberculosos,
nas mulheres que vão fazer cesariana. Os que vão perder o
emprego, os que se verão doidos com as dívidas, os que hão de
esperar nas filas ― que seremos quase todos. E os que, não
morrendo, hão de ver a morte lhes entrando de casa adentro,
carregando o filho, pai, amor, amizade. As missas de sétimo dia,
as cartas de rompimento, os bilhetes de despedida. E até guerra,
quem sabe? Desgostos, desgostos de toda espécie. Qual de nós
passa um dia, dois dias, sem um desgosto? Quanto mais um ano!
Rachel de Queiroz. Um ano de menos.
In: O Cruzeiro, Rio de Janeiro, dez./1951 (com adaptações).
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se seguem.
No trecho “os que hão de esperar nas filas”
(último parágrafo), o termo “hão” corresponde a uma forma
abreviada de haverão e, como tal, diz respeito ao tempo
futuro.