Questões de Concurso Público SESAU-AL 2021 para Médico - Especialidade: Oftalmologia
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O tratamento cirúrgico da catarata reduz o risco de ângulo estreito, pois a lente artificial fina aprofunda a câmara anterior e causa achatamento da íris e alargamento do ângulo da câmara, porém a cirurgia de catarata não altera o risco de fechamento agudo do ângulo.
A pressão intraocular elevada, ou um gradiente de pressão translaminar elevado, é o único fator de risco modificável para glaucoma de ângulo aberto que foi identificado até o momento.
Os agonistas alfa2-adrenérgicos diminuem a secreção do humor aquoso e aumentam o fluxo uveoscleral; eles são seguros em crianças menores de 12 anos, pois, ao contrário dos betabloqueadores, como o timolol, não são metabolizados pela enzima monoamina oxidase.
A espessura da córnea influencia a medida da pressão intraocular: uma córnea fina pode diminuir artificialmente a pressão medida; no entanto, isso é válido apenas para desvios muito grandes na espessura da córnea, já que a espessura corneana normalmente flutua em torno de 40 μm ao longo do dia.
Os análogos da prostaglandina melhoram o fluxo uveoscleral e trabecular, e seus efeitos colaterais incluem redução da gordura periorbitária, aumento da pigmentação da íris e da pele periocular; as condições sistêmicas que limitam o uso de análogos da prostaglandina incluem a asma brônquica e condições cardiovasculares graves.
A base do diagnóstico de glaucoma é a gonioscopia, que pode revelar alterações glaucomatosas, como perda de tecido na borda neurorretiniana, aumento da escavação do nervo óptico, hemorragias na borda do disco óptico, estreitamento da camada de fibras do nervo óptico e atrofia do tecido parapapilar (a zona beta).
Em relação ao tema do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
A oclusão completa da artéria central da retina — essencialmente uma artéria terminal — resulta em isquemia das células ganglionares da retina, seguida rapidamente por seu infarto; as artérias ciliorretinianas, presentes em cerca de 20% dos olhos, são artérias colaterais à artéria central da retina que poupam as áreas da retina interna que irrigam.
Em relação ao tema do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
É prematuro concluir que o tratamento da OACR é sempre inútil, porque muitas oclusões são incompletas, com fluxo arterial retiniano residual reduzido, mas persistente, que pode permitir a sobrevivência retiniana interna por mais que 15 minutos.
Em relação ao tema do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
A OACR mais comum é de origem embólica; uma grande fração dos êmbolos é de colesterol ou de cálcio, que geralmente respondem à terapia de anticoagulação e trombólise.
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A trombólise intra-arterial seletiva para OACR apresenta benefício significativo e valor terapêutico comprovado, e as complicações hemorrágicas são desprezíveis, porém as dificuldades técnicas impedem o uso rotineiro dessa prática.
Em relação ao tema do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
A redução da pressão intraocular é amplamente reconhecida como ineficaz na OACR e não deve ser tentada, pois seu fundamento como modalidade terapêutica em aumentar a perfusão da artéria central da retina para a retina interna não se comprovou, além de apresentar efeitos adversos e desvantagens potenciais que se sobrepõem a esse fundamento.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Entre as etiologias prováveis, destacam-se a idiopática, sarcoidose e esclerose múltipla (EM), podendo complicar-se com edema macular ou vasculite retiniana, sendo o edema macular um elemento-chave do prognóstico visual desse tipo de uveíte.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Esse tipo de inflamação afeta predominantemente o vítreo, apresentando-se com células vítreas e, muitas vezes, agregados branco-amarelados de células inflamatórias que se denominam snowballs e(ou) acúmulo de exsudatos amarelo-acinzentados na ora serrata conhecido como snowbanks.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
Entre os pacientes com EM, a prevalência de uveíte é cerca de 10 vezes maior do que na população em geral; além da inflamação intraocular, os sintomas visuais podem ser resultantes de lesões desmielinizantes das vias visuais ou de complicações visuais de drogas modificadoras de doença para EM.
Em relação ao caso clínico apresentado, julgue o item que se segue.
A uveíte posterior é o subtipo de uveíte mais comumente associado à EM, sendo uma consequência da desmielinização dos neurônios retinianos, porém não se sabe se a uveíte é uma das manifestações da EM ou um distúrbio coincidente.
Na retina humana, os bastonetes estão completamente ausentes do centro foveal; eles começam a superar os cones além de cerca de 300 μm do centro foveal (1 grau central) e atingem o pico em densidade a cerca de 3 mm de excentricidade, onde superam os cones em aproximadamente 20:1.
A visão em cores está ausente em condições escotópicas, quando apenas um único tipo de célula fotorreceptora, os bastonetes, está ativo; no entanto, os bastonetes interagem com os sinais dos cones para influenciar a percepção das cores na luz mesópica.
Os sinais mediados pela melanopsina, identificados como substrato para definir os ritmos circadianos, não influenciam a percepção das cores.
Como o número de tipos de fotorreceptores espectralmente distintos prediz a dimensionalidade da visão de cores, as interações entre a rodopsina dos bastonetes, a melanopsina das células ganglionares da retina e os pigmentos dos cones, todos diferentes em sensibilidade espectral, podem produzir visão tetra ou pentacromática genuína em humanos.
As células ganglionares que expressam melanopsina são incapazes de respostas intrínsecas à luz; elas dependem dos fotorreceptores para fornecer sinais que definem a fase do ritmo circadiano e para auxiliar na condução do reflexo pupilar à luz que envolve projeções para o pretectum.