Questões de Concurso Público Prefeitura de Aracaju - SE 2021 para Auditor de Tributos Municipais - Tecnologia da Informação
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2021
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Aracaju - SE
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Geral
|
CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Tecnologia da Informação |
Q1863434
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
Quais são as consequências dessa pandemia no que diz
respeito à reflexão sobre igualdade, interdependência global e
nossas obrigações uns com os outros? O vírus não discrimina.
Por conta da forma pela qual se move e ataca, ele demonstra que
a comunidade humana é igualmente precária. Ao mesmo tempo,
contudo, o fracasso por parte de certos Estados ou regiões em se
prepararem adequadamente de antemão, o fechamento de
fronteiras e a chegada de empreendedores ávidos para capitalizar
em cima do sofrimento global, tudo isso atesta a velocidade com
a qual a desigualdade radical e a exploração capitalista
encontram formas de reproduzir e fortalecer seus poderes no
interior das zonas de pandemia. Um cenário que já podemos
imaginar é a produção e comercialização de uma vacina eficaz
contra a covid-19. Nós certamente veremos os ricos e os
plenamente assegurados correrem para garantir acesso a qualquer
vacina quando ela se tornar disponível. A desigualdade social e
econômica garantirá a discriminação. O vírus por si só não
discrimina, mas nós humanos certamente o fazemos, moldados e
movidos como somos pelos poderes casados do nacionalismo, do
racismo, da xenofobia e do capitalismo. Parece provável que
passaremos a ver, no próximo ano, um cenário doloroso no qual
algumas criaturas humanas afirmam seu direito de viver ao custo
de outras, reinscrevendo a distinção espúria entre vidas passíveis
e não passíveis de luto, isto é, entre aqueles que devem ser
protegidos contra a morte a qualquer custo e aqueles cujas vidas
não valem o bastante para serem salvaguardadas da doença e da
morte.
Judith Butler. O capitalismo tem seus limites.
Internet: (com adaptações)
No texto CB1A1-I, a autora
Ano: 2021
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Aracaju - SE
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CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Tecnologia da Informação |
Q1863437
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
Quais são as consequências dessa pandemia no que diz
respeito à reflexão sobre igualdade, interdependência global e
nossas obrigações uns com os outros? O vírus não discrimina.
Por conta da forma pela qual se move e ataca, ele demonstra que
a comunidade humana é igualmente precária. Ao mesmo tempo,
contudo, o fracasso por parte de certos Estados ou regiões em se
prepararem adequadamente de antemão, o fechamento de
fronteiras e a chegada de empreendedores ávidos para capitalizar
em cima do sofrimento global, tudo isso atesta a velocidade com
a qual a desigualdade radical e a exploração capitalista
encontram formas de reproduzir e fortalecer seus poderes no
interior das zonas de pandemia. Um cenário que já podemos
imaginar é a produção e comercialização de uma vacina eficaz
contra a covid-19. Nós certamente veremos os ricos e os
plenamente assegurados correrem para garantir acesso a qualquer
vacina quando ela se tornar disponível. A desigualdade social e
econômica garantirá a discriminação. O vírus por si só não
discrimina, mas nós humanos certamente o fazemos, moldados e
movidos como somos pelos poderes casados do nacionalismo, do
racismo, da xenofobia e do capitalismo. Parece provável que
passaremos a ver, no próximo ano, um cenário doloroso no qual
algumas criaturas humanas afirmam seu direito de viver ao custo
de outras, reinscrevendo a distinção espúria entre vidas passíveis
e não passíveis de luto, isto é, entre aqueles que devem ser
protegidos contra a morte a qualquer custo e aqueles cujas vidas
não valem o bastante para serem salvaguardadas da doença e da
morte.
Judith Butler. O capitalismo tem seus limites.
Internet: (com adaptações)
No trecho “Parece provável que passaremos a ver, no próximo
ano, um cenário doloroso no qual algumas criaturas humanas
afirmam seu direito de viver ao custo de outras, reinscrevendo a
distinção espúria entre vidas passíveis e não passíveis de luto”, a
palavra “espúria” poderia, sem alteração dos sentidos originais
do texto, ser substituída por
Ano: 2021
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Aracaju - SE
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CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Geral
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Q1863439
Português
Texto associado
Texto CB1A1-II
De um dia para o outro, parecia que a peste se tinha
instalado confortavelmente no seu paroxismo e incorporava aos
seus assassinatos diários a precisão e a regularidade de um bom
funcionário. Em princípio, segundo a opinião de pessoas
competentes, era bom sinal. O gráfico da evolução da peste, com
sua subida incessante, parecia inteiramente reconfortante ao
Dr. Richard. Daqui em diante, só poderia decrescer. E ele
atribuía o mérito disso ao novo soro de Gastei, que acabava de
obter, com efeito, alguns êxitos imprevistos. As formas
pulmonares da infecção, que já se tinham manifestado,
multiplicavam-se agora nos quatro cantos da cidade. O contágio
tinha agora probabilidade de ser maior, com essa nova forma de
epidemia. Na realidade, as opiniões dos especialistas tinham
sempre sido contraditórias sobre esse ponto. Havia, no entanto,
outros motivos de inquietação em consequência das dificuldades
de abastecimento, que cresciam com o tempo. A especulação
interviera e oferecia, a preços fabulosos, os gêneros de primeira
necessidade que faltavam no mercado habitual. As famílias
pobres viam-se, assim, em uma situação muito difícil. A peste,
que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu ministério,
deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo
jogo normal dos egoísmos, tornava, ao contrário, mais acentuado
no coração dos homens o sentimento da injustiça. Restava, é bem
verdade, a igualdade irrepreensível da morte, mas, esta, ninguém
queria. Os pobres que sofriam de fome pensavam, com mais
nostalgia ainda, nas cidades e nos campos vizinhos, onde a vida
era livre e o pão não era caro. Difundira-se uma divisa que se lia,
às vezes, nos muros ou se gritava à passagem do prefeito: “Pão
ou ar”. Essa fórmula irônica dava o alarme de certas
manifestações logo reprimidas, mas cuja gravidade todos
percebiam.
Albert Camus. A peste. Internet: (com adaptações).
No texto CB1A1-II, o narrador