Questões de Concurso Público TRT - 8ª Região (PA e AP) 2016 para Analista Judiciário - Odontologia

A gengiva no meio do dente, a qual o paciente se referiu, é o tecido conjuntivo da alteração pulpar, que tem características gerais de tecidos inflamados em fase aguda, com predominância de linfócitos, plasmócitos e macrófagos associados a fibroblastos e vasos sanguíneos neoformados, além de mastócitos.

Nesse tipo de lesão, a neoformação vascular proporciona um rico suplemento sanguíneo e possibilita uma resistência a infecções quando associada à defesa do indivíduo jovem. Essa situação pode justificar o fato de a polpa jovem não sofrer necrose após uma exposição, mas sofrer hiperplasia.

No caso relatado, o tecido granulomatoso confere a característica de reversibilidade da polpa, uma vez que as fibras nervosas pulpares controlam o fluxo sanguíneo e participam do processo inflamatório neurogênico.

Essa forma aguda de inflamação pulpar, provocada pela cárie, produziu um tecido de granulação hiperplásico que invade a câmara pulpar, preenchendo toda a cavidade cariosa.

Além da possível sensação de pressão durante a mastigação, esse pólipo pulpar possui, em geral, sintomatologia dolorosa espontânea, severa, contínua, exacerbada em posição horizontal.

Deve-se prescrever antibiótico e anti-inflamatório por cinco a sete dias antes da remoção definitiva da lesão em razão de a colonização bacteriana ter-se estendido para a porção mais apical do canal, envolvendo os tecidos periapicais.

Deve-se remover parte do tecido pulpar e aplicar um curativo à base de óxido de zinco e eugenol, com efeito analgésico e anti-inflamatório. Essa medicação servirá como proteção pulpar indireta, sobre a qual será confeccionada a restauração estética.

Deve-se extrair o elemento 46 e utilizar um mantenedor de espaço fixo confeccionado com cerômero reforçado por fibra de vidro pré-impregnado, cimentado com cimento resinoso, possibilitando, dessa forma, um tratamento reabilitador no futuro, após a concretização do crescimento dento facial do paciente.

Deve-se submeter o paciente à remoção completa da polpa dentária. Consequentemente, o dente perderá toda a sua capacidade de transmitir estímulos térmicos e mecânicos, preservando apenas sua capacidade proprioceptiva oriunda do periodonto.

Deve-se remover o pólipo pulpar com broca esférica diamantada em alta rotação sob isolamento absoluto, e utilizar hemostático para contenção do sangramento. Em seguida, deve-se fazer pulpotomia e utilizar formocresol diluído, com ação bactericida e propriedades de fixação da polpa.