Questões de Concurso Público CEFET-RJ 2014 para Técnico em Assuntos Educacionais

Num curso de natação, as aulas começavam com a simulação do nado, fora da piscina. Os aprendizes exercitavam os movimentos dos braços e pernas. Um aluno, no entanto, já sabia nadar. Ele solicitou ao professor que fosse dispensado dos primeiros exercícios e começasse o treino direto na água. O professor, porém, argumentou: “Talvez você saiba nadar dentro da água. Mas, fora da água, você não sabe”. E o aluno não foi dispensado dos exercícios de simulação.
                 CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Porto Alegre: Artmed, 2006, p.13-15. Adaptado.

Considerando-se a história acima, conclui-se que:

O diálogo se converte, portanto, em uma exigência para qualquer um que deseje averiguar quais normas, regulamentos e instituições são justos. Mas esse diálogo que, em princípio, afeta pessoas concretas, exige ao mesmo tempo a compreensão das diferentes bagagens culturais dos interlocutores, na medida em que constituem signos de sua identidade. [...] Por isso, o diálogo não é um modismo, mas uma exigência.
         CORTINA, Adela. Cidadãos do mundo: para uma teoria da cidadania. SP: Edições Loyola, 2005, p.168.

Qual proposta educacional está baseada na concepção de diálogo apresentada por Adela Cortina, de acordo com o trecho acima?

Considere as seguintes características:

• exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola;
• explicita o papel social da escola;
• define caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo;
• aglutina crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico;
• constitui-se em compromisso coletivo;
• precisa ser concebido com base nas diferenças existentes entre os professores, equipe técnico-administrativa, pais, alunos e representantes da comunidade local.

Tais características se referem a:

A essência do homem é, na sua realidade, o conjunto de relações sociais. O círculo constitui-se em instância de mediação entre singulares. O professor que participa do contato com outros fica outro, transforma transformando-se e disso adquire consciência. O requisito do respeito pela autonomia do formando e da autonomia do círculo está intimamente ligado ao princípio da responsabilização a que esta modalidade apela. Dada a sua organização, o círculo é um verdadeiro núcleo de democracia participativa, no qual a responsabilidade é a responsabilidade de todos, e onde cada elemento é individualmente responsável pelos atos coletivos.
                                PACHECO, José. Escola da Ponte.Rio de Janeiro: Vozes, 2008, p. 41.

A imagem do círculo descreve pedagogicamente a