Questões de Concurso Público CEFET-MG 2022 para Tecnólogo - Formação em Audiovisual

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Q1914130 Português

Me chamem de velha


Desde que a juventude virou não mais uma fase da vida, mas uma vida inteira, temos convivido com essas tentativas de tungar a velhice também no idioma. Vale tudo. Asilo virou casa de repouso, como se isso mudasse o significado do que é estar apartado do mundo. Velhice virou terceira idade e, a pior de todas, “melhor idade”.

Chamar de idoso aquele que viveu mais é arrancar seus dentes na linguagem. Velho é uma palavra com caninos afiados – idoso é uma palavra banguela. Velho é letra forte. Idoso é fisicamente débil, palavra que diz de um corpo, não de um espírito. Idoso fala de uma condição efêmera, velho reivindica memória acumulada. Idoso pode ser apenas “ido”, aquele que já foi. Velho é – e está.

Basta evocar a literatura para perceber a diferença. Alguém leria um livro chamado “O idoso e o mar”? Não. Como idoso o pescador não lutaria com aquele peixe. Imagine então essa obra-prima de Guimarães Rosa, do conto “Fita Verde no Cabelo”, submetida ao termo “idoso”: “Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam…”.

Velho é uma conquista. Idoso é uma rendição.

BRUM, Eliane. Disponível em: https://geledes.org.br. Acesso em: 02 mar. 2022.

No terceiro parágrafo, a citação de um trecho do conto de Guimarães Rosa é um recurso argumentativo utilizado para demonstrar
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Q1914131 Português

Pai Nosso que estás nos céus

Neste dia 19 de abril

Nos livre das professoras e professores que

pintam seus alunos com canetinhas hidrocor

Nos livre das escolas que colocam cocares de

papel nas crianças

Pai Nosso, que estás nos céus

Não deixem as professoras ensinarem para as

crianças que o Dia do Índio é uma homenagem

aos povos originários

Mantenha longe de Nós aqueles que repetem

as palavras:

Índio, Oca, Tribo, Selvagem, Pureza e Exótico

Afaste de Nós os bu-bu-bu feito com a mão na

boca

Senhor, perdoem aqueles que por

desconhecimento nos fazem uma imagem

estereotipada

Mas livre-os do desconhecimento e do

preconceito que os fazem acreditar que ainda

somos os indígenas de 1500

Amém! 

Nessa campanha do artista indígena Denilson Baniwa, os recursos verbais e os não verbais empregados têm por objetivo
Alternativas
Q1914132 Português

Pai Nosso que estás nos céus

Neste dia 19 de abril

Nos livre das professoras e professores que

pintam seus alunos com canetinhas hidrocor

Nos livre das escolas que colocam cocares de

papel nas crianças

Pai Nosso, que estás nos céus

Não deixem as professoras ensinarem para as

crianças que o Dia do Índio é uma homenagem

aos povos originários

Mantenha longe de Nós aqueles que repetem

as palavras:

Índio, Oca, Tribo, Selvagem, Pureza e Exótico

Afaste de Nós os bu-bu-bu feito com a mão na

boca

Senhor, perdoem aqueles que por

desconhecimento nos fazem uma imagem

estereotipada

Mas livre-os do desconhecimento e do

preconceito que os fazem acreditar que ainda

somos os indígenas de 1500

Amém! 

Para escrever o poema da campanha, o autor se vale de um recurso intertextual que
Alternativas
Q1914133 Português
Os gráficos elaborados com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2016 e 2019, respectivamente, revelam que,
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Q1914134 Português

Como o empreendedorismo surge nesse contexto de novas formas de trabalho e sua reorganização na atualidade, com o surgimento de novas tecnologias e por que o chama de "mito"?


Essa proposta, digamos, de "empresariamento" da nossa vida, só existe por uma conjugação de fatores.

Primeiro: há um desemprego estrutural de grande proporção em escala global, ainda que ele seja diferenciado entre os países. No Brasil, se formos contabilizar o desemprego, mais desalento, mais subutilização, nós chegamos a 28 milhões de trabalhadores. Se acrescentarmos a informalidade, esses dados explodem.

Em uma sociedade na qual o desemprego, o subemprego e a precarização são imensos, há um chão social que permite que o empreendedorismo ganhe força.

Segundo: isso ocorre em um ideário neoliberal. Um mundo onde a desregulamentação do trabalho, a perda de direitos sociais, é um “modus operandi” das corporações. É preciso desregulamentar o trabalho e reduzir os custos.

E isso se dá em um momento em que o mundo tecnológico vive uma impulsão profunda. A cada momento, a cada dia, a cada segundo, um novo invento. Não importando se esse invento tem um sentido humano social ou não. O que importa é que ele seja uma vantagem de um grupo de corporações em relação à outra.

E o terceiro elemento: o Estado vem cada vez mais se desobrigando de qualquer tipo de seguridade social, desde o fracasso do Estado de bem-estar social na Europa e dos Estados do tipo keynesiano em várias partes do mundo.

Nesse momento é que ganha corpo a ideia falaciosa, mistificadora, do empreendedor. É uma das poucas alternativas que o mundo do trabalho oferece frente à corrosão dos direitos e garantias sociais. É isso ou o desemprego completo. 

É por isso que o empreendedorismo é poderoso ideologicamente, porque é isso ou nada. Ao mesmo tempo, a maioria expressiva dos empreendedores vive aos solavancos.

Entrevista com o sociólogo Ricardo Antunes, em 14 set. 2019. Disponível em: https://uol.com.br/ empregos-e-carreiras. Acesso em: 02 abr.2022. 

A afirmação que apresenta um ponto de vista oposto ao defendido pelo entrevistado é
Alternativas
Respostas
6: E
7: A
8: D
9: A
10: A