Questões de Concurso Público CEFET-MG 2022 para Enfermeiro

Foram encontradas 13 questões

Q1960739 Português
A questão refere-se ao texto a seguir.

O que pode um funk?

Ivana Bentes


  [...] Retomando essa figura meio arquetípica do Brasil, o funk feminino de Anitta incorporou as questões de gênero conjugando a malandragem com um feminino plural.

    Vai, Malandra, o clipe, traz verdadeiros memes visuais, culturais e musicais que valem por um tratado sociológico. Ainda não se escreveu, e faz falta, um tratado sobre os corpos pensantes das mulheres, para além do imaginário em torno da bunda, da raba, do bumbum, do traseiro da mulher brasileira, que virou um disparador de questões sensações! O corpo sexualizado na era da sua ressignificação pelas próprias mulheres!

    Um corpo que o funk, o samba, o biquíni de fita isolante, toda a cultura solar carioca já vem dizendo, tem tempo, que não precisa ser apenas objeto e signo de assujeitamento, toda vez que quiser se exibir.

   A bunda (e o corpo das mulheres) pode se deslocar da objetificação para a subjetivação! A bunda viva de Anitta com sua celulite sem photoshop é sujeito e não objeto. Se as mulheres fazem o que quiserem com seus corpos (a Marcha das Vadias explicou isso para a classe média), elas podem inclusive se “autoexplorarem”, ensina o funk. A bunda ostentação de Anitta no início do clipe já aponta para esse outro feminismo (de mulheres brancas, apenas? Acho que não!).


BENTES, Ivana. O que pode um funk? Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/anittavai-malandra-ivana-bentes/. Acesso em 28 abr. 2022.
Para compor seu artigo de opinião, Ivana Bentes faz uso de
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Q1960740 Português
A questão refere-se ao texto abaixo.


Já que minha fome não podia ser aplacada no jogo de interações sociais que eram inconcebíveis por minha própria condição – e compreendi isso mais tarde, essa compaixão nos olhos de minha salvadora, pois algum dia já se viu uma menina pobre penetrar na embriaguez da linguagem e nela se exercitar junto com os outros? –, ela o seria nos livros. Pela primeira vez toquei num livro. Eu tinha visto os maiores da turma olharem para traços invisíveis, como que movidos pela mesma força, e, mergulhado no silêncio, tirarem do papel morto alguma coisa que parecia viva.

Aprendi a ler sem ninguém saber. A professora ainda repetia as letras para as outras crianças, e eu já conhecia havia muito tempo a solidariedade que tece os sinais escritos, suas infinitas combinações e os sons maravilhosos que tinham me investido naquele local, no primeiro dia, quando ela dissera meu nome. Ninguém soube. Li como alucinada, primeiro escondido, depois, quando o tempo normal da aprendizagem me pareceu superado, na cara de todo mundo, mas tomando cuidado de dissimular o prazer e o interesse que tirava daquilo.

A criança fraca se tornara uma alma faminta.


BARBERY, Muriel. A elegância do ouriço. SP: Companhia das letras: 2008, p. 45. 
O texto inicia-se pela expressão “já que”, que tem como função
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Q1960741 Português
A questão refere-se ao texto abaixo.


Já que minha fome não podia ser aplacada no jogo de interações sociais que eram inconcebíveis por minha própria condição – e compreendi isso mais tarde, essa compaixão nos olhos de minha salvadora, pois algum dia já se viu uma menina pobre penetrar na embriaguez da linguagem e nela se exercitar junto com os outros? –, ela o seria nos livros. Pela primeira vez toquei num livro. Eu tinha visto os maiores da turma olharem para traços invisíveis, como que movidos pela mesma força, e, mergulhado no silêncio, tirarem do papel morto alguma coisa que parecia viva.

Aprendi a ler sem ninguém saber. A professora ainda repetia as letras para as outras crianças, e eu já conhecia havia muito tempo a solidariedade que tece os sinais escritos, suas infinitas combinações e os sons maravilhosos que tinham me investido naquele local, no primeiro dia, quando ela dissera meu nome. Ninguém soube. Li como alucinada, primeiro escondido, depois, quando o tempo normal da aprendizagem me pareceu superado, na cara de todo mundo, mas tomando cuidado de dissimular o prazer e o interesse que tirava daquilo.

A criança fraca se tornara uma alma faminta.


BARBERY, Muriel. A elegância do ouriço. SP: Companhia das letras: 2008, p. 45. 
Quanto ao processo de referenciação, observa-se que no trecho:

I. “não podia ser aplacada no jogo de interações sociais que eram inconcebíveis por minha própria condição”, que retoma a expressão “interações sociais”.
II. “e compreendi isso mais tarde”, isso retoma anaforicamente o período anterior.
III. “ela o seria nos livros”, ela retoma o sintagma nominal “uma menina pobre”.
IV. “quando ela dissera meu nome”, ela retoma o substantivo “professora”.

Estão corretas as afirmativas
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Q1960742 Português
Hino da Proclamação da República
  Letra de Medeiros e Albuquerque e música de Leopoldo Américo Miguez (1890)

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Disponível em: https://www.gov.br/.../hinos/hino-da-proclamacao-da-republica. Acesso em: 04 mai. 2022.

Na letra do hino da proclamação da república, a escravidão é
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Q1960743 Português
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Manual do Minotauro • Página 10 de 77 • Laerte

Na tirinha, o jogo temporal entre “cremos” e “crerão” denota
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Respostas
6: D
7: B
8: C
9: C
10: E