Questões de Concurso Público CEFET-MG 2021 para Pedagogo
Foram encontradas 49 questões
Ano: 2021
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
Provas:
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Arquiteto e Urbanista
|
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Pedagogo |
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Contador |
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Médico - Área Cardiologista |
Q1839855
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.
Por que um elétron não pode levar uma multa de trânsito?
Basicamente, os físicos têm duas ferramentas para entender como
funciona o universo. Nas grandes escalas, as das estrelas, dos planetas e,
em geral, do mundo que percebemos a olho nu, a teoria da relatividade
geral funciona perfeitamente. A coisa se complica quando descemos
às escalas microscópicas. Para entender o comportamento estranho
de partículas como os elétrons é necessária a mecânica quântica, que
explica um mundo com o qual não temos relação direta e é muito
pouco intuitivo para nós.
Uma forma de entender a diferença entre os dois mundos é oferecida
por Germán Sierra com uma piada. Para que o departamento de trânsito
nos multe quando cometemos uma infração ao dirigir, é necessário
que ele tenha uma foto na qual se possa ver onde estamos e com que
velocidade vamos. Como no nosso caso se aplica a física de Newton,
podemos levar a multa, mas isso não acontece com os elétrons. Com
eles, regidos pela mecânica quântica, seria preciso escolher entre saber
sua velocidade ou sua posição, algo que tornaria impossível passar-lhes uma multa de trânsito. O exemplo mostra as diferentes regras
que afetam os dois mundos e explica por que, às vezes, as explicações
populares sobre a física quântica, apoiadas em metáforas baseadas no
mundo real, podem ser confusas.
A mais famosa dessas metáforas é o experimento mental proposto por
Erwin Schrödinger em 1935. Nele, um gato foi colocado em uma caixa de
aço juntamente com uma pequena quantidade de material radioativo.
A quantidade era tão pequena que só havia 50% de possibilidades de
que durante a hora seguinte um dos átomos se desintegrasse. Se isso
ocorresse, seria ativado um mecanismo que encheria a caixa de ácido
cianídrico e o gato morreria. De acordo com os princípios da mecânica
quântica, durante o período que durasse o experimento, o gato estaria
vivo e morto ao mesmo tempo, resultado de um fenômeno conhecido
como superposição. No entanto, essa circunstância mudaria quando
abríssemos a caixa para acabar com a incerteza. Nesse momento, de volta à realidade da física clássica, o gato estaria ou vivo ou morto. Na
verdade, o gato fazia o papel de uma partícula microscópica à qual
se aplicam regras diferentes das aplicadas para um animal. Um gato
jamais estará vivo e morto ao mesmo tempo.
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/15/
ciencia/1552647865_813343.html?rel=listapoyo. Acesso em: 30 ago. 2021.
O título do texto é retomado como um exemplo que ilustra a
Ano: 2021
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
Provas:
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Arquiteto e Urbanista
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Q1839856
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.
Por que um elétron não pode levar uma multa de trânsito?
Basicamente, os físicos têm duas ferramentas para entender como
funciona o universo. Nas grandes escalas, as das estrelas, dos planetas e,
em geral, do mundo que percebemos a olho nu, a teoria da relatividade
geral funciona perfeitamente. A coisa se complica quando descemos
às escalas microscópicas. Para entender o comportamento estranho
de partículas como os elétrons é necessária a mecânica quântica, que
explica um mundo com o qual não temos relação direta e é muito
pouco intuitivo para nós.
Uma forma de entender a diferença entre os dois mundos é oferecida
por Germán Sierra com uma piada. Para que o departamento de trânsito
nos multe quando cometemos uma infração ao dirigir, é necessário
que ele tenha uma foto na qual se possa ver onde estamos e com que
velocidade vamos. Como no nosso caso se aplica a física de Newton,
podemos levar a multa, mas isso não acontece com os elétrons. Com
eles, regidos pela mecânica quântica, seria preciso escolher entre saber
sua velocidade ou sua posição, algo que tornaria impossível passar-lhes uma multa de trânsito. O exemplo mostra as diferentes regras
que afetam os dois mundos e explica por que, às vezes, as explicações
populares sobre a física quântica, apoiadas em metáforas baseadas no
mundo real, podem ser confusas.
A mais famosa dessas metáforas é o experimento mental proposto por
Erwin Schrödinger em 1935. Nele, um gato foi colocado em uma caixa de
aço juntamente com uma pequena quantidade de material radioativo.
A quantidade era tão pequena que só havia 50% de possibilidades de
que durante a hora seguinte um dos átomos se desintegrasse. Se isso
ocorresse, seria ativado um mecanismo que encheria a caixa de ácido
cianídrico e o gato morreria. De acordo com os princípios da mecânica
quântica, durante o período que durasse o experimento, o gato estaria
vivo e morto ao mesmo tempo, resultado de um fenômeno conhecido
como superposição. No entanto, essa circunstância mudaria quando
abríssemos a caixa para acabar com a incerteza. Nesse momento, de volta à realidade da física clássica, o gato estaria ou vivo ou morto. Na
verdade, o gato fazia o papel de uma partícula microscópica à qual
se aplicam regras diferentes das aplicadas para um animal. Um gato
jamais estará vivo e morto ao mesmo tempo.
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/15/
ciencia/1552647865_813343.html?rel=listapoyo. Acesso em: 30 ago. 2021.
Ao afirmar que “um gato jamais estará vivo e morto ao mesmo tempo”,
o autor do texto
Ano: 2021
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
Provas:
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Arquiteto e Urbanista
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Q1839857
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.
A disputa judicial de cobrança de seguro entre um motociclista residente
em Palmas que se acidentou no município de Pugmil e sofreu invalidez
permanente e uma companhia de seguros paulista gerou a produção
de uma petição e uma decisão em forma de poesia em processo que
tramita na 4ª Vara Cível de Palmas.
Após a seguradora ajuizar uma ação conhecida como exceção de
competência, defendendo que a ação de cobrança ajuizada pelo
motociclista não poderia tramitar na Comarca de Palmas e, sim, na
de Paraíso, que abrange Pugmil, o advogado da vítima contestou a
seguradora em versos.
O advogado defendeu a opção legal do motociclista em cobrar o
seguro em Palmas, cidade onde reside, e pediu ao juiz que rejeitasse a
ação da seguradora.
"O autor sobre o evento sete vem falar
Que lesado foi ao acidentar
Por isso, procurou onde a demanda ajuizar
Preferiu o domicílio do réu sem vacilar
Sendo competência territorial pôde optar
Seja, onde há sucursal ou onde morar
Isso é jurisprudencial não precisa reafirmar
Ademais, o réu sabe que deve pagar,
Aqui ou em outro lugar [...]”.
Ele explicou à Diretoria do Centro de Comunicação, do Tribunal de
Justiça, que a petição em verso se inspirou no lendário habeas corpus de
Ronaldo Cunha Lima, poeta e ex-senador, enviado a um juiz em versos.
Também revelou que a intenção foi valorizar a língua portuguesa e
suas formas literárias, sem deixar de seguir as diretrizes do Código de
Processo Civil brasileiro ou ofender a outra parte no processo.
Para a surpresa do advogado, o juiz Zacarias Leonardo mesclou prosa
(adotada na parte do relatório da decisão) e poesia (na parte em que fundamenta sua decisão) para negar a procedência da ação da
empresa.
"Em versos e jurisprudências responde o excepto;
Não pode ser acolhida a exceção; acertado pontua;
O juízo competente é do domicílio do autor ou do local do fato;
Esqueceu-se a excipiente não ser escolha sua.
A lei contemplou o domicílio do autor ou o local do acidente;
Assim é mais fácil para a vítima do sinistro, pensou o legislador;
Em sua casa, com sua gente ou onde se feriu o requerente;
Pareceu mais propício buscar lenitivo e reparo à sua dor;
Mas, onde mora o requerente? Perquire o judicante;
Mora em Palmas e se feriu quando no interior se encontrava;
Em seu parágrafo único, o artigo cem (100) soluciona o embate;
O foro do domicílio do autor era escolha que bastava.
A contestação não parece de canastrão;
Pelo contrário, sem respaldo legal e sem assento;
Parece, isto sim, a exceção, uma medida de protelação;
Coisa de instituição financeira querendo ganhar tempo. [...]”.
Disponível em: https://www.tjto.jus.br/index.php/listagem-noticias/3544-curiosidadeadvogadopeticionaem-versos-e-juiz-decide-em-prosa-e-poesia. Acesso em: 07 set.
2021.
O caráter inusitado do evento relatado no texto deve-se à
Ano: 2021
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
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Q1839858
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.
A disputa judicial de cobrança de seguro entre um motociclista residente
em Palmas que se acidentou no município de Pugmil e sofreu invalidez
permanente e uma companhia de seguros paulista gerou a produção
de uma petição e uma decisão em forma de poesia em processo que
tramita na 4ª Vara Cível de Palmas.
Após a seguradora ajuizar uma ação conhecida como exceção de
competência, defendendo que a ação de cobrança ajuizada pelo
motociclista não poderia tramitar na Comarca de Palmas e, sim, na
de Paraíso, que abrange Pugmil, o advogado da vítima contestou a
seguradora em versos.
O advogado defendeu a opção legal do motociclista em cobrar o
seguro em Palmas, cidade onde reside, e pediu ao juiz que rejeitasse a
ação da seguradora.
"O autor sobre o evento sete vem falar
Que lesado foi ao acidentar
Por isso, procurou onde a demanda ajuizar
Preferiu o domicílio do réu sem vacilar
Sendo competência territorial pôde optar
Seja, onde há sucursal ou onde morar
Isso é jurisprudencial não precisa reafirmar
Ademais, o réu sabe que deve pagar,
Aqui ou em outro lugar [...]”.
Ele explicou à Diretoria do Centro de Comunicação, do Tribunal de
Justiça, que a petição em verso se inspirou no lendário habeas corpus de
Ronaldo Cunha Lima, poeta e ex-senador, enviado a um juiz em versos.
Também revelou que a intenção foi valorizar a língua portuguesa e
suas formas literárias, sem deixar de seguir as diretrizes do Código de
Processo Civil brasileiro ou ofender a outra parte no processo.
Para a surpresa do advogado, o juiz Zacarias Leonardo mesclou prosa
(adotada na parte do relatório da decisão) e poesia (na parte em que fundamenta sua decisão) para negar a procedência da ação da
empresa.
"Em versos e jurisprudências responde o excepto;
Não pode ser acolhida a exceção; acertado pontua;
O juízo competente é do domicílio do autor ou do local do fato;
Esqueceu-se a excipiente não ser escolha sua.
A lei contemplou o domicílio do autor ou o local do acidente;
Assim é mais fácil para a vítima do sinistro, pensou o legislador;
Em sua casa, com sua gente ou onde se feriu o requerente;
Pareceu mais propício buscar lenitivo e reparo à sua dor;
Mas, onde mora o requerente? Perquire o judicante;
Mora em Palmas e se feriu quando no interior se encontrava;
Em seu parágrafo único, o artigo cem (100) soluciona o embate;
O foro do domicílio do autor era escolha que bastava.
A contestação não parece de canastrão;
Pelo contrário, sem respaldo legal e sem assento;
Parece, isto sim, a exceção, uma medida de protelação;
Coisa de instituição financeira querendo ganhar tempo. [...]”.
Disponível em: https://www.tjto.jus.br/index.php/listagem-noticias/3544-curiosidadeadvogadopeticionaem-versos-e-juiz-decide-em-prosa-e-poesia. Acesso em: 07 set.
2021.
Em sua decisão, o juiz
Ano: 2021
Banca:
CEFET-MG
Órgão:
CEFET-MG
Provas:
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Arquiteto e Urbanista
|
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Pedagogo |
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Contador |
CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Médico - Área Cardiologista |
Q1839859
Português
Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.
Sou impaciente; agora compreendo que pretendia injetar feminismo
em minha mãe contra a vontade dela, sem levar em conta que ela
vinha de outra época. Pertenço à geração de transição entre nossas
mães e nossas filhas e netas, geração que imaginou e impulsionou a
revolução mais importante do século vinte. Seria possível alegar que a
Revolução Russa de 1917 foi a mais notável, mas a do feminismo foi
mais profunda e duradoura, afetou metade da humanidade, estendeu-se e tocou milhões de pessoas e é a esperança mais sólida de que
a civilização em que vivemos possa ser substituída por outra mais
evoluída. Isso fascinava minha mãe. Ela tinha sido criada com outro
axioma de vovô Agustín: mais vale o ruim que se conhece do que o
bom por conhecer.
ALLENDE, Isabel. Mulheres de minha alma. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021.
p. 27.
Quanto às formas verbais contidas nesse excerto, observa-se que:
I. Os verbos no presente “sou”, “compreendo” e “pertenço” expressam
situações de validade permanente.
II. O emprego de “pretendia” e “seria” denota ações passadas.
III. A locução verbal “tinha sido criada” pode ser substituída pela
forma composta “estava sendo criada”, sem alterações sintáticas e
semânticas.
IV. O ponto de referência que ordena a temporalidade dessa narrativa
é o presente nas formas verbais e no advérbio “agora”.
Está correto o que se afirma apenas em