Questões de Concurso Público Prefeitura de Feira de Santana - BA 2018 para Professor - Língua Portuguesa

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Q1100617 Português
Com base no texto a seguir, responda às questões 47 e 48.

As janelas

    Quem olha, de fora, através de uma janela aberta, não vê jamais tantas coisas quanto quem olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais deslumbrante do que uma janela iluminada por uma vela. O que se pode ler à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa atrás de uma vidraça. Nesse buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida.
    Além das vagas do teto, percebo uma mulher madura, enrugada mesmo, pobre, sempre inclinada sobre qualquer coisa e que nunca sai de casa. Por seu rosto, por seus vestidos, por seus gestos, por quase nada eu refaço a história dessa mulher, ou antes, sua legenda e, às vezes, conto a mim mesmo, chorando, essa história.
    Se tivesse sido um pobre velho, eu, também, refaria a dele, facilmente.
    E me deito orgulhoso de ter vivido e sofrido nos outros como se fosse em mim mesmo.
    Talvez vocês me dirão: “Estás certo de que esta fábula seja verdadeira?” Que importa o que possa ser a realidade situada fora de mim, se ela me ajuda a viver, a sentir que existo e o que sou?

BAUDELAIRE
Disponível em: <https://iedamagri.files.wordpress.com/2014/07/bau-delaire-spleen-de-paris.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2018
Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito do gênero tragédia.
Alternativas
Q1100618 Português
Com base no texto a seguir, responda às questões 47 e 48.

As janelas

    Quem olha, de fora, através de uma janela aberta, não vê jamais tantas coisas quanto quem olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais deslumbrante do que uma janela iluminada por uma vela. O que se pode ler à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa atrás de uma vidraça. Nesse buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida.
    Além das vagas do teto, percebo uma mulher madura, enrugada mesmo, pobre, sempre inclinada sobre qualquer coisa e que nunca sai de casa. Por seu rosto, por seus vestidos, por seus gestos, por quase nada eu refaço a história dessa mulher, ou antes, sua legenda e, às vezes, conto a mim mesmo, chorando, essa história.
    Se tivesse sido um pobre velho, eu, também, refaria a dele, facilmente.
    E me deito orgulhoso de ter vivido e sofrido nos outros como se fosse em mim mesmo.
    Talvez vocês me dirão: “Estás certo de que esta fábula seja verdadeira?” Que importa o que possa ser a realidade situada fora de mim, se ela me ajuda a viver, a sentir que existo e o que sou?

BAUDELAIRE
Disponível em: <https://iedamagri.files.wordpress.com/2014/07/bau-delaire-spleen-de-paris.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2018
O texto “As janelas” é
Alternativas
Respostas
3: B
4: C