Questões de Concurso Público Câmara de Bandeirantes - SC 2016 para Contador (a)

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Q755455 Português

Texto para responder a questão a seguir.

                    O NAVIO NEGREIRO - Castro Alves

                                          Parte IV

Era um sonho dantesco... O tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar do açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...


Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:

Outras, moças... mas nuas, espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs.


E ri-se a orquestra, irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Se o velho arqueja... se no chão resvala,

Ouvem-se gritos... o chicote estala.

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

Um de raiva delira, outro enlouquece...

Outro, que de martírios embrutece,

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra

E após, fitando o céu que se desdobra

Tão puro sobre o mar,

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:

"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!..."


E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da roda fantástica a serpente

Faz doudas espirais!

Qual num sonho dantesco as sombras voam...

Gritos, ais, maldições, preces ressoam!

E ri-se Satanás!... 


Disponível: www.poetacastroalves.blogspot.com.br Acesso: 02/12/2016.  

1. Os vocábulos orquestra e serpente foram usados metaforicamente e se referem, respectivamente, aos lamentos emitidos pelos negros maltratados e ao movimento do chicote. 2. O texto, com predomínio da linguagem coloquial, retrata o que se via e acontecia no interior de um navio negreiro. 3. As cores usadas no primeiro e no segundo verso ilustram a comiseração do homem branco para com o negro. 4. O poeta retrata o suplício da escravidão com a intenção de sensibilizar o interlocutor diante do sofrimento das “cenas” descritas.
Alternativas
Q755456 Português

Texto para responder a questão a seguir.

                    O NAVIO NEGREIRO - Castro Alves

                                          Parte IV

Era um sonho dantesco... O tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar do açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...


Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:

Outras, moças... mas nuas, espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs.


E ri-se a orquestra, irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Se o velho arqueja... se no chão resvala,

Ouvem-se gritos... o chicote estala.

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

Um de raiva delira, outro enlouquece...

Outro, que de martírios embrutece,

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra

E após, fitando o céu que se desdobra

Tão puro sobre o mar,

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:

"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!..."


E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da roda fantástica a serpente

Faz doudas espirais!

Qual num sonho dantesco as sombras voam...

Gritos, ais, maldições, preces ressoam!

E ri-se Satanás!... 


Disponível: www.poetacastroalves.blogspot.com.br Acesso: 02/12/2016.  

O poeta retrata o pavor, o sofrimento vivido na época da escravidão com tamanha riqueza para que o leitor possa recriar a cena. Com o poema, pode-se afirmar que a finalidade do poeta/poema era:
Alternativas
Q755457 Português

Texto para responder a questão a seguir.

                    O NAVIO NEGREIRO - Castro Alves

                                          Parte IV

Era um sonho dantesco... O tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar do açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...


Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:

Outras, moças... mas nuas, espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs.


E ri-se a orquestra, irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Se o velho arqueja... se no chão resvala,

Ouvem-se gritos... o chicote estala.

E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

Um de raiva delira, outro enlouquece...

Outro, que de martírios embrutece,

Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra

E após, fitando o céu que se desdobra

Tão puro sobre o mar,

Diz do fumo entre os densos nevoeiros:

"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!

Fazei-os mais dançar!..."


E ri-se a orquestra irônica, estridente...

E da roda fantástica a serpente

Faz doudas espirais!

Qual num sonho dantesco as sombras voam...

Gritos, ais, maldições, preces ressoam!

E ri-se Satanás!... 


Disponível: www.poetacastroalves.blogspot.com.br Acesso: 02/12/2016.  

“Qual num sonho dantesco as sombras voam...” A figura de linguagem expressa nos termos sublinhados é denominada hipérbole. Das assertivas abaixo somente uma apresenta essa mesma figura. Marque-a:
Alternativas
Q755458 Português
O adjetivo referente à locução adjetiva DE VERÃO é:
Alternativas
Q755459 Português
O emprego da palavra porque está correto em todas as sentenças abaixo, exceto em:
Alternativas
Respostas
1: D
2: A
3: A
4: C
5: C