Questões de Concurso Público Prefeitura de Roseira - SP 2022 para Professor de Língua Portuguesa

Foram encontradas 3 questões

Q2400834 Português

Confidência do Itabirano


  1. “Alguns anos vivi em Itabira.
  2. Principalmente nasci em Itabira
  3. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
  4. Noventa por cento de ferro nas calçadas.
  5. Oitenta por cento de ferro nas almas.
  6. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
  7. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
  8. vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
  9. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
  10. é doce herança itabirana.
  11. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
  12. esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
  13. este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
  14. este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
  15. este orgulho, esta cabeça baixa...
  16. Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
  17. Hoje sou funcionário público.
  18. Itabira é apenas uma fotografia na parede.
  19. Mas como dói!”


ANDRADE, Carlos Drummond de. Confidência do itabirano. In:_____. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. p. 101-2.

No texto acima o autor fala do lugar em que viveu, e para isso, é feito o uso de alguns recursos, como: estilísticos, gramaticais e recursos de pontuações que contribuem para a compreensão e interpretação textual, sendo assim, marque a alternativa correta.


I-É utilizada pelo poeta uma linguagem conotativa, na qual alguns versos foram elaborados no sentido figurado.

II-O poema apresenta um sentido denotativo, com ausência de figuras de linguagem que traz uma compreensão singular.

III-O poeta traz elementos comuns da vida cotidiana, apresenta sentimentos melancólicos no decorrer do poema e para tais características faz uso de figuras de linguagem.

IV-No poema é usada uma linguagem informal, sem necessidade de recursos estilísticos para construção de sentidos.


Sobre as opções acima é correto afirma que:

Alternativas
Q2400846 Português

Leia o texto abaixo para responder as questões 22 e 23.


A escola que não ensina


Os índices de educação no Brasil continuam a trazer más surpresas. Muitos falam no aumento da quantidade de crianças e jovens que vão às escolas. Mas por trás desse avanço do ingresso de alunos ainda estão muitas distorções. O IBGE revelou na semana passada que mais de 2,1 milhões de estudantes, com idade entre sete e 14 anos, podem ser considerados analfabetos. Em outras palavras: são jovens que frequentam ou estão matriculados em instituições de ensino, mas não estão aprendendo. O quadro é desolador: basta verificar que este número corresponde a 87,2% dos 2,4 milhões de analfabetos que o Brasil tem na faixa de idade entre sete e 14 anos. Os outros 300 mil estão à margem, absolutamente fora do sistema de ensino. Nos números do instituto dá para se notar ainda que cerca de 30% das crianças com sete anos matriculadas nas escolas não sabem ler e escrever. Essa é considerada a idade fundamental na trajetória de formação dos jovens. E logo nessa faixa etária os números não são nada animadores. Em especial quando se olha para a parte de cima do mapa. A desigualdade social e regional do País tem impacto forte nas estatísticas. No Nordeste do Brasil, o índice dos analfabetos de sete anos sobe para 44%. No Norte, para 39,6%.

O que o trabalho do IBGE traduz essencialmente é que as autoridades, o Estado e o sistema como um todo têm falhado no objetivo básico da educação. Seja pelo conteúdo didático inadequado, seja pela falta de investimentos na formação dos professores, pela má qualidade das estruturas educacionais ou pelo conjunto dessas deficiências. A educação, como todos sabem, é a pedra fundamental no desenvolvimento de qualquer país. E o Brasil tem demorado a fazer o salto de padrão nessa área – podendo vir a comprometer todo o resto. O orçamento destinado pelo governo para tirar o atraso, que vem de décadas de descaso, está longe do ideal. A sociedade, em um grande mutirão que reúna a iniciativa pública e privada, tem que se mobilizar para reverter essa realidade. E um dos caminhos é afastar da frente a ideia da escola que não ensina, que serve apenas como fachada de marketing para interesses eleitoreiros. Já seria um bom começo.


Carlos José Marques, (Revista Época) EDIÇÃO Nº 2710 22/12

O texto acima “A escola que não ensina”, é classificado como:

Alternativas
Q2400856 Português

Observe a charge abaixo e responda:


Imagem associada para resolução da questão

http://www.mundoeducacao.com/upload/conteudo/tirinha-da- mafalda(1).jpg


No terceiro quadrinho a fala do personagem poderia ser substituída mantendo o sentido por:

Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: D