Questões de Concurso Público Prefeitura de Lajedo - PE 2022 para Professor de Ensino Fundamental II - Português

Foram encontradas 6 questões

Q1884024 Literatura
Analise as afirmativas a seguir:

I. A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes, como, por exemplo: “Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada” (a frieza está associada ao tato e não à visão).
II. A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional, como, por exemplo: quase morri de estudar.
III. A metonímia é a omissão de significados de palavras compostas, feita através da substantivação de um verbo no infinitivo. Um exemplo de metonímia pode ser visto em: costumava ler Shakespeare / aprecio a sua voz.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1884025 Literatura
Analise as afirmativas a seguir:

I. A perífrase é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique como, por exemplo: “o rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 5 quilômetros” (o rugido do leão é ouvido a uma distância de 5 quilômetros).
II. A catacrese representa o uso privilegiado de um termo específico devido a uma obrigação retórica ou à imposição do estilo. Um exemplo de catacrese pode ser visto em: embarcou há pouco no avião, pois o termo “embarcar” é colocar-se a bordo de um barco, sendo esse o termo específico também para o avião.
III. Uma metáfora representa uma sobreposição de termos técnicos com o objetivo de provocar no leitor uma miscelânea de sentimentos, como se pode perceber nos seguintes exemplos: a vida é um moinho / você fala como uma arara.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1884042 Literatura
Texto para a questão

Grande Sertão: Veredas


Disponível em https://bit.ly/3o5wGdj, consultado em janeiro de 2022. Com adaptações.

 A obra “Grande Sertão: Veredas” é um grande romance escrito por Guimarães Rosa, no qual Riobaldo, um exjagunço que, já envelhecido e afastado das funções, põe-se em prosa com um visitante, letrado e urbano, cuja voz não aparece, e que deseja conhecer o sertão mineiro. A obra é narrada em primeira pessoa e Riobaldo é aquele que conta a sua história e a trajetória dos seus pensamentos, refazendo as lembranças dos caminhos percorridos e trazendo à luz novas reminiscências.

De maneira não linear, como no fluxo da memória e das conversas ao pé da fogueira, o narrador conta a história da vingança contra Hermógenes, jagunço traidor, e envereda-se pelo labirinto dos sendeiros que o levaram à jagunçagem, aos recônditos do sertão e a espaços pouco conhecidos do Brasil.

As paisagens por onde transitou Riobaldo apontam marcadamente para os lugares geográficos correspondentes aos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Não obstante, o sertão de Rosa, ao mesmo tempo, é e não é real. Não é só sertão geográfico, mas projeção da alma: Grande Sertão: Veredas é a alma de Riobaldo.

Esse sertão é do tamanho do mundo — ali estão os problemas locais, o coronelismo, o jaguncismo, as diferenças sociais. A eles acoplam-se os problemas universais. O sertão de Riobaldo é o palco de sua vida e suas inquietações; todos os episódios que relata são permeados de reflexões sobre o bem e o mal, a guerra e a paz, a alegria e a tristeza, a liberdade e o medo — os paradoxos de que é composta sua própria história e, também, a história de toda a humanidade.

Como nomear e identificar o bem e o mal no sistema jagunço, em que impera a violência e a luta pelo poder? Pelas memórias de Riobaldo, surgem centenas de personagens e informações, inúmeras falas sertanejas, vozes do povo perante uma estrutura de heranças coloniais que não se soluciona.

Também central é o tema do amor, encarnado na personagem de Diadorim, que interpola as lembranças de Riobaldo e que também não se soluciona. Diadorim é colega jagunço de Riobaldo, e em meio a esse universo viril e estruturalmente machista, a homossexualidade não é tolerável. Assim, ao passo em que suscita o desejo de Riobaldo, levanta também o incômodo e a não aceitação do personagem com aquilo que sente. É o conflito, novamente, entre o bem e o mal, em que Diadorim representa o diabólico, aquilo que Riobaldo rejeita, e ao mesmo tempo deseja. 
Leia o texto 'Grande Sertão: Veredas' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. A obra “Grande Sertão: Veredas” apresenta ao leitor problemas locais vivenciados por Riobaldo, como o jaguncismo, o coronelismo e as diferenças sociais, de acordo com as informações presentes no texto.
II. O texto em análise afirma que na obra “Grande Sertão: Veredas”, Riobaldo narra a sua história e a trajetória dos seus pensamentos em primeira pessoa. Ainda de acordo com o texto, esse personagem refaz as lembranças dos caminhos percorridos e traz à luz novas reminiscências.
III. O narrador de “Grande Sertão: Veredas” é um ex-jagunço já envelhecido e afastado das suas funções, de acordo com o texto. Na obra, ele se põe em prosa com um visitante que deseja conhecer o sertão mineiro, como fica claro na análise do texto.

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Q1884046 Literatura
Texto para a questão

Monteiro Lobato

Por Daniela Diana, disponível em https://bit.ly/3IJUqM8. Trecho adaptado.

Como escritor literário, Monteiro Lobato situa-se entre os autores regionalistas do Pré-Modernismo e destaca-se nos gêneros conto e fábula.

Geralmente, o universo retratado pelo escritor são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Paraíba, no momento da crise do plantio do café.

Monteiro Lobato foi um contador de histórias, preso ainda a certos modelos realistas. Dono de um estilo cuidadoso, não perdeu a oportunidade para criticar certos hábitos brasileiros, como a cópia de modelos estrangeiros, nossa submissão ao capitalismo internacional etc. Sua ação, além do círculo literário, como intelectual polêmico, estende-se também ao plano da luta política e social. Moralista e doutrinador, aspirava o progresso material e mental do povo brasileiro. 

Com a publicação de “O Escândalo do Petróleo” (1936), Lobato denunciou o jogo de interesses motivados pela extração do petróleo. Com isso, promoveu uma crítica às autoridades brasileiras.

Jeca Tatu

Jeca Tatu, personagem do livro Urupês, é um tipo caipira acomodado e miserável. Com esse personagem, Lobato realizou uma crítica ao Brasil agrário, atrasado, cheio de vícios e vermes.

Com barba por fazer, Jeca Tatu é um homem bastante pobre, desanimado e aparentemente preguiçoso. Ele vive com sua mulher, dois filhos e é sempre acompanhado pelo seu cão. Mais tarde, se descobriu que Jeca Tatu tinha amarelão e, assim, que vivia sem vontade de trabalhar e desanimado em consequência da doença. 
Leia o texto 'Monteiro Lobato' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. O texto alega que Monteiro Lobato foi um escritor que cultivou um estilo cuidadoso nas suas obras e, ao mesmo tempo, exerceu a crítica a certos hábitos brasileiros, como a nossa submissão ao capitalismo internacional e a cópia de modelos estrangeiros.
II. Jeca Tatu, de acordo com o texto, é um personagem caracterizado por ser um tipo caipira, muito pobre e acomodado. Esse personagem representa uma crítica de Monteiro Lobato ao Brasil escravagista e dependente da exploração de minerais de baixo valor, afirma a autora.
III. A autora do texto em análise afirma claramente que Monteiro Lobato é um autor regionalista do Pré-Modernismo, com produções de destaque nos gêneros fábula e conto.

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Alternativas
Q1884047 Literatura
Texto para a questão

Monteiro Lobato

Por Daniela Diana, disponível em https://bit.ly/3IJUqM8. Trecho adaptado.

Como escritor literário, Monteiro Lobato situa-se entre os autores regionalistas do Pré-Modernismo e destaca-se nos gêneros conto e fábula.

Geralmente, o universo retratado pelo escritor são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Paraíba, no momento da crise do plantio do café.

Monteiro Lobato foi um contador de histórias, preso ainda a certos modelos realistas. Dono de um estilo cuidadoso, não perdeu a oportunidade para criticar certos hábitos brasileiros, como a cópia de modelos estrangeiros, nossa submissão ao capitalismo internacional etc. Sua ação, além do círculo literário, como intelectual polêmico, estende-se também ao plano da luta política e social. Moralista e doutrinador, aspirava o progresso material e mental do povo brasileiro. 

Com a publicação de “O Escândalo do Petróleo” (1936), Lobato denunciou o jogo de interesses motivados pela extração do petróleo. Com isso, promoveu uma crítica às autoridades brasileiras.

Jeca Tatu

Jeca Tatu, personagem do livro Urupês, é um tipo caipira acomodado e miserável. Com esse personagem, Lobato realizou uma crítica ao Brasil agrário, atrasado, cheio de vícios e vermes.

Com barba por fazer, Jeca Tatu é um homem bastante pobre, desanimado e aparentemente preguiçoso. Ele vive com sua mulher, dois filhos e é sempre acompanhado pelo seu cão. Mais tarde, se descobriu que Jeca Tatu tinha amarelão e, assim, que vivia sem vontade de trabalhar e desanimado em consequência da doença. 
Leia o texto 'Monteiro Lobato' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:

I. A obra “O Escândalo do Petróleo” foi publicada por Monteiro Lobato com o objetivo de desconstruir o jogo de interesses relacionados à extração do petróleo na região Sul do nosso país. A economia ao redor da exploração desse combustível fóssil causou a ampliação do número de brasileiros na linha da miséria, de acordo com a autora do texto.
II. As populações do Vale do Paraíba, os vilarejos decadentes, a crítica a certos hábitos do povo brasileiro e o momento histórico da crise do plantio do café são elementos presentes nas obras de Monteiro Lobato, afirma o texto.
III. Viver desanimado e sem vontade de trabalhar são características do personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, causadas por uma doença denominada amarelão, que acomete a todos os moradores de cidades do interior, de acordo com as informações do texto.

Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: D
4: C
5: B